don't hate me.

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Esse sentimento surgiu de uma hora para a outra.

Não sabia como, nem quando, mas Atsushi sabia que havia se apaixonado por Akutagawa em algum momento. Agora tinha que lidar com as consequências de sua paixonite.

Se apaixonar nunca esteve em seus planos, e ainda mais por Akutagawa, um ser arrogante, sem piedade e, principalmente, sem coração. Com quem sempre recebeu e distribuiu ódio mútuo, agora queria receber e o entregar amor. E agora estava ali, sentado na sua cama ( que fica dentro de um armário ), pensando sobre ele.

“Jinko”

Jinko. O apelido que Akutagawa o deu para ser ofensivo, e que no começo teve esse efeito, mas agora que Atsushi o ama, sente arrepios, seu coração bate rápido e fica até sem ar, quando o chama desse jeito. E esse é um dos efeitos da paixão, pelo menos foi o que Dazai o falou.

Será que um dia ele vai retribuir meus sentimentos? Atsushi pensava. Se sentia em um labirinto onde todos os obstáculos e paredes o lembrava a Akutagawa. Se fechasse os olhos, podia enxergar a face do moreno perto da sua. Em várias noites, imaginou-se deitado com ele — até mesmo se deitando com ele — e era algo que deixava Nakajima extasiado. Já havia conversado sobre esse assunto com Dazai, sem o contar por quem estava apaixonado, pois confiava nele mais do que tudo, e mesmo assim imaginava que ele o falaria que era uma péssima pessoa para ele se apaixonar — acreditava que ele já sabia também.

E para a surpresa de Nakajima, Dazai já se apaixonou duas vezes. Não o contou os nomes das pessoas, mas disse que se estava apaixonado deveria dizer a pessoa para que não fosse tarde demais — e com esse conselho, trouxe uma leve suspeita que Osamu não ouviu a si mesmo.

Mas não havia como contar. Como iria dizer a pessoa mais fria, sem coração dessa terra que o amava? Como Ryūnosuke iria reagir? O que ele o diria? Com certeza são milhares de dúvidas que levam-o a uma resposta:

Ele o odiaria mais do que tudo.

Isso era o medo de Atsushi. O que o fazia passar dias e noites sem dormir ou conseguir se levantar da cama, e hoje era esse dia.

Deitado de barriga para cima, observando a prateleira que estava a cima de si. Não sentia vontade de nada, a não ser chorar. Era isso o que a paixão fazia com as pessoas?

Bom, se fosse, ele não estava ligando. Só iria dormir até se cansar, não queria saber de nada ou ninguém, iria se prender em suas fantasias e dormir. Fechou seus olhos, já sentiu o sono vir, e rapidamente sua mente apagou e o sono o tomou totalmente. Depois de algum tempo, abriu os olhos e se deu de cara com Akutagawa, sentado ao seu lado, segurando sua mão, observado os barcos no porto.

Isso era de verdade?

Ele precisava que fosse.

Olhou para Akutagawa mais uma vez, sentindo suas bochechas ficarem avermelhadas, ao perceber que os olhos de Ryūnosuke brilhavam com a luz do sol, tornando aquela escuridão em seu olhar, refletida pela luz. Era algo lindo de se enxergar.

Jinko? Está tudo bem? — ele perguntava, tocando o rosto do esbranquiçado com suas mãos gélidas, o que trouxe um leve arrepio no corpo de Atsushi. Por mais que entupisse Ryūnosuke de blusas e luvas, suas mãos sempre estariam geladas, e ninguém conseguia explicar o porquê de sempre serem assim.

Hã?! Quê?! C-claro, lógico que estou bem! P-por que não estaria? — o questionou e visivelmente o mostrou que estava nervoso, tanto por sua fala bagunçada, quanto pelas suas bochechas ruborizadas.

Você está muito bonito hoje, sabia? — Ryūnosuke se aproximava de seu rosto, acariciando de forma carinhosa, e o entregava um sorriso.

Estou? Você está mesmo dizendo isso? — ele o encarava de forma confusa. Aquilo é realidade? O que está acontecendo?

Estou meu amor, você não acredita? — falava, colocando a mecha de Atsushi atrás da orelha — Eu sempre te digo isso, você é tudo que eu quero e amo. — ele ia se aproximando cada vez mais, enquanto Nakajima se afastava. Aquele não era Akutagawa, aquele nunca seria Akutagawa.

Você não é o Akutagawa! — berrou, se afastando mais e mais.

Como não sou? Eu e você namoramos, querido. — perguntou, o encarando com o semblante sério.

O Akutagawa de verdade, nunca falaria assim! Ele não me chamaria de "querido", "amor" e ele não sorri!

— E como ele te chamaria?!

— JINKO! — e uma outra voz foi ouvida, e agora era realmente Ryūnosuke. Ele estava furiosos, e gritava sem parar — JINKO!!

E foi aí que Atsushi acordou.

E logo que abriu os olhos, percebeu que estava sendo enforcado pela besta do casaco de Ryūnosuke. Olhou em volta com dificuldade e viu o mesmo ajoelhado, com a porta do armário escancarada, com o semblante mais irritado possível.

Fez as garras de tigre aparecerem, e tentou cortar o Rashomon ao meio, coisa que não deu muito certo. Quando estava sentindo que ia desfalecer, Dazai apareceu, tocando o ombro esquerdo de Ryūnosuke, o que fez a besta se desfazer e o esbranquiçado acabando por se sentar rapidamente e começar a tossir com a mão na garganta.

Isso é jeito de acordar alguém, Akutagawa Kun? — Dazai, o encarava com um sorriso pequeno no rosto de olhos fechados — E você Atsushi Kun? Não era para estar já acordado? Temos uma missão para os dois.

Me desculpe, Dazai San. Não cometerei esse erro novamente. — respondeu Akutagawa, de cabeça baixa.

E-eu digo o mesmo Dazai San! — Nakajima disse.

Ok, ok, vá se arrumar, que daqui a pouco temos que ir para a Agência. — falava, saindo do quarto.

Não demore, Jinko de merda. — dizia, acompanhando Dazai para fora do quarto.

Pelo visto, o dia seria mais longo do que ele esperava.

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oi eu tava sumide né 😱
Então, eu viajei, e tive a ideia dessa Fic do nada, e bom, eu estou ultimamente um pouco ocupado por conta do colégio, que agora essa buceta tá das 7h até às 16h, então eu fico muito tempo na escola, e chego cansade, e bom, os capítulos de missão Impossível logo vão voltar, muita calma ok??? Porque eu também estou com saudade dessa Fic, logo vou postar próximo capítulo.
E sobre a fic da festa do pijama, sinceramente muito obrigado a todos que leram e gostaram! Agradeço a todos que acompanham há muito tempo Missao Impossível, e é isso! Muito obrigada!

Um grande beijo a vocês!

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