Vírus de amor e morte

Confusão generalizada

☣SARADA☣

Dizem que o mundo ficou uma merda depois que o vírus se espalhou. Não penso assim. Me parece que o mundo nunca foi bom, oque mudou foi o fato de que as pessoas passaram a serem mais guiadas por seus instintos mais obscuros, falo obscuros ao Invés de naturais porque nossos instintos naturais são sobreviver, buscar conhecimento, proteger nossos genes e buscar o maior bem-estar possível, não devorar sua própria família ou ficar vagando a esmo sem consciência.

É isso que zumbis fazem, devoraram humanos, são atraídos por qualquer ruído e ficam andando de um lado para o outro como se fossem galinhas, irônico essa comparação já que nós que não estamos infectados comemos frango, mas enfim, quer saber como o jogo virou ? Como os humanos foram jogados um degrau à baixo na cadeia alimentar ? Dizem que isso começou no laboratório de um louco chamado Orochimaru, pra mim pessoalmente isso começou no último ano novo.

☣DIA 1☣

- Filha você não vai mesmo querer ir na festa na casa dos seus tios ? Você sempre gostou de passar o reveillon com os Uzumakis - minha mãe questionou colocando um prato de panquecas fumegantes na minha frente.

Nossa cozinha é grande, toda branca com uma mobília elegante, graças ao salário dos meus pais. A mesa de vidro temperado onde está meu café da manhã também tem um jornal. Minha mãe trabalha no maior laboratório da cidade, no departamento de vírus, já meu pai é um militar respeitado, daqueles que botam medo em todo mundo, menos em mim e na minha mãe já que sabemos que ele pode ser um amorzinho.

- Eu tô querendo... mudanças. Dona Sakura. Acho que estamos muito grudados com os Uzumakis - Respondi de forma descontraída enquanto Sakura voltou para perto do fogão.

Eu poderia dizer que não quero passar o reveillon na casa do meu tio Naruto por causa do filho dele. Boruto. Mas admitir isso seria embaraçoso, não estou a fim de explicar para meus pais o clima estranho entre mim e Boruto desde o nosso último dia no colegio. Detesto admitir, mas eu gosto daquele hiperativo inteligente com olhos azuis que me enlouquecem.

O pior é que essa minha queda por ele perdura desde que éramos crianças, então tomei uma iniciativa, escrevi uma tola carta me confessando e no último dia de aula do ano pedi para a nosso colega Ada entrega-lá ao Boruto, ele até hoje simplesmente não me respondeu, então sim, estou me sentindo uma tola. Ada é uma estudante da nossa classe que diz gostar do Kawaki, o irmão do Boruto, isso parece incomodar a minha amiga Sumire, mas ela nega que se chateia com isso.

- Concordo com a nossa filinha - Meu pai entrou na cozinha pela porta à esquerda - Não é uma má ideia desgrudarmos da família daquele dobe do Naruto.

Ele já usava seu uniforme de trabalho, assim como a minha mãe que tinha seus cabelos rosados presos em um coque. Eu estou de pijama, uma blusa de alsa vermelha e um moletom preto.

- Valeu pai - acabei sorrindo enquanto Sasuke se sentava à minha frente na mesa - alguém aqui me entende - gesticulei para o meu pai com a intenção de provocar a minha mãe.

- Disponha - Meu pai piscou um olho pegando o jornal próximo dele.

- Tá legal seus engraçadinhos. A Sarada pode passar o reveillon em outro lugar - Minha mãe revirou os olhos entregando um prato de panquecas também para o marido.

- Então eu vou querer ir na casa da Sumire. Os pais dela viajaram e ela vai fazer uma festa - Falei decidida.

- Ok. Mas é melhor você ligar pra dar notícias - Meu pai respondeu.