A situação parecia que ia de mau a pior, os berros e o som de bandos correndo começou a vir dos dois lados do corredor. Quantas pessoas tinham comparecido naquela bagaça de festa do colégio ?
- Droga. Tem um bandos de Z's vindo pra cá pelos dois lados do corredor - Falei descontente, e tirei o pente da minha pistola.
- Z's ? - Kawaki estranhou.
- Irmão to usando um termo mais curto pra economizar tempo... - Rapidamente peguei munição no bolso de trás da minha calça, e recarreguei minha arma - Zumbis ou Z's... da tudo na mesma coisa - Olhei ao redor -Oque temos pra nos defender ?
- Eu tenho um taco de beisebol com arame farpado - Kawaki levantou o taco, que antes eu não havia reparado graças a agitação e as lâmpadas falhando que atrapalhava muito a visão.
- Eu to cheia de flechas na minha aljava - Sumire revelou já pegando outra flecha roxa para por no arco.
Sarada tirou o pente de sua pistola, pegou munição em um bolso da calça e recarregou sua arma, como eu fizera.
- Eu tô com a munição pronta - A Uchiha informou.
- Ótimo. Vamos fazer um círculo e proteger as costas um do outro - Avisei indo para o centro do corredor, e os demais me seguiram - Quando os Z's chegaram não se afastem um do outro por nada. As luzes do corredor vão apagar de vez e vamos ficar quase no breu.
- Como vamos saber onde mirar ? - Sumire perguntou.
- Usando a audição além da visão. Mirem na direção de qualquer berro que ouvirem... E de qualquer choro - Respondi.
- Como assim Boruto. Porque atingir quem chorar ? - Kawaki cruzou as sobrancelhas.
- Crianças transformadas choram - Alertei.
- Elas atraem outros Z's. Então é melhor focar nelas - Sarada concluiu - Se deixarmos elas chorando os adultos transformados vão ouvir e seguir o som. Daí vamos acabar com a nossa munição nos zumbis mais velhos e a peste da criança transformada vai vir nos morder depois.
- Sasa. To com a impressão de que você passou de um pra mil muito rápido - Olhei para a morena.
- Aquela coisa - Sarada gesticulou com a arma para o zumbizinho com cabeça estourada no chão - Veio direto na minha direção quando viu que eu hesitei. E eu já tô me estressando com esses mortos que querem levantar sozinhos.
Assim que ela terminou de falar, os barulhos dos zumbis que se aproximavam aumentou. Corremos um para perto do outro, e fizemos o círculo mantendo os ombros colados. Eu e Sarada ficamos observando o fim direito do corredor, já Kawaki e Sumire observavam o esquerdo. O primeiro zumbi apareceu na entrada à esquerda, era um estudando magricela. O infectado correu na direção de Kawaki e Sumire, mas levou um golpe do meu irmão, que acertou a mandíbula do garoto com o taco arremessando ele para longe.
No mesmo momento eu atirei junto de Sarada em três transformados que vieram pela direita. Sumire flechou o olho de uma infectada loira que quase pegou Kawaki enquanto ele batia com o taco de beisebol na cabeça de um zumbi alto de óculos, um professor. Nesse instante, para o nosso desespero as luzes falharam por completo. A energia acabou no pior momento, mas já esperávamos aquilo. Ficamos apenas com a luz da lua, que entrava por janelas na parede à esquerda, para ajudar nossa visão.
Nossa esperança era saber usar os ouvidos. Foi oque fizemos. Miramos em qualquer berro que escutamos e acertamos qualquer cabeça que enxergamos com os olhos completamente brancos. Pela primeira vez alguns zumbis chegaram perto o suficiente de mim para eu conseguir sentir o cheiro deles, e sinceramente, acho que vou começar à usar máscaras para tampar o nariz. Continuamos nossa investida contra eles por minutos que parecerem horas, até finalmente não ouvirmos mais nenhum som.
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Vírus de amor e morte
Ciencia FicciónSarada e Boruto são filhos de grandes militares e cientistas. A garota morena esperta sempre gostou do loiro mistérioso de olhos tempestuosos, mas parecia que Boruto não a notava, essas e outras questões juvenis pareciam prioridade, até que em uma b...