Chicago não era uma cidade muito segura de se andar a noite. Os anos oitenta foi marcado por uma onda de assassinatos e crimes.
Viaturas da polícia vagavam as ruas durante a madrugada trazendo segurança para a população. Ou pelo menos era isso que eles tentavam passar.
- Mcarveney, está atrasado!
Sr.Wilson saiu do elevador furioso. Provavelmente, sua esposa Nancy Wilson deve te-lo feito cortar a grama do quintal novamente.
- Bom dia, senhor.
Disse Geórgia, a mais nova recepcionista .
A antiga recepcionista, Anita, foi demitida no dia do batismo do herdeiro do Sr.Wilson. Ela teve o descuido de encomendar os doces errados e a Sra.Wilson não gostou muito.
- Srta.Kingsley, meu cappuccino, por favor.
Georgia ja estava no final do corredor quando George gritou.
- ONDE ESTÁ O MCARVENEY?
Miles Macrveney atravessou o corredor em passos apressados. Sentou-se à mesa e retirou uma caixa de cigarros do bolso de sua calça.
- Bom dia senhor, está de bom humor hoje.
Disse Mcarveney com um sorriso maroto no rosto.
- Mcarveney, onde está o relatório? Já faz três dias que lhe foi requisitado tal função e até agora, nada!
Claramente, um homem de bom humor.
Miles acendeu um cigarro e deu uma tragada antes de dizer.
- Não está pronto ainda, senhor.
Wilson estava prestes a acender um cigarro quando Mcarveney disse tais palavras que o fizeram guardar o isqueiro.
- Por que não está pronto?
- Sr.Wilson, cá entre nós, sou o melhor agente dessa companhia.
Arqueando as sobrancelhas, George perguntou.
- Vou repetir a pergunta. Por que não está pronto?
Miles passou a mão no cabelo e deu mais uma tragada no cigarro.
- Não deveria cobrar tanto de mim. Sendo o melhor no que faço, devia me dar um desconto.
- Se fosse o melhor no que faz, teria feito o relatório e deixado na minha mesa na manhã de sexta passada!
Sr.Wilson massageou as têmporas e se levantou da cadeira andando em direção a janela da sala.
Tem os que dizem que George parou para avaliar a vista daquela manhã. Há outros que dizem estar tentando focar em outra coisa para evitar o soco que daria no agente.
- Com todo respeito , senhor, está me dando casos fáceis demais.
- Miles, você é o melhor agente que tenho. Te coloco em casos fáceis para não perdê-lo no meio de um confronto com gangues ou assaltantes de banco!
- Só há um jeito de descobrir...
Mcarveney sorriu e cruzou os braços.
- Não!
George negou o pedido de Miles apontando para o rosto do mesmo.
- Me de uma chance e eu provo que consigo resolver um caso grande.
Miles estava realmente convencido de que conseguiria resolver qualquer caso que o chefe lhe desse.
- Filho, não precisa me provar nada. Sei do que é capaz.
George se aproximou de Miles colocando a mão em seu ombro.
- Lembro de ter prometido ao seu pai que cuidaria de você. Se algo te acontecer, ele volta para me assombrar ouviu?
- Senhor, sei que sou capaz de resolver o caso do JJ.
- O caso do Johnny Jonhson? Está louco? Mandei meus melhores agentes atrás desse homem e eles voltarem em caixas...aos pedaços!
- Eles não tinham a mim.
O filha da mãe era realmente muito bom no que fazia.
As chances de fracasso eram baixas.
Tirando a parte de que a papelada com os dados de Johnny Johnson era escassa.
- Hm...muito bem. Lhe darei sete semanas para encontrá-lo.
Disse George acendendo finalmente seu cigarro.
- Obrigado senhor, não vai se arrepender.
Miles Macverney saiu radiante do escritório.
Estava ansioso para contar aos colegas que conseguiu o grande caso. Principalmente, a Bryan Key.
- AINDA QUERO AQUELE RELATÓRIO!
Gritou Sr.Wilson de seu escritório.
Antes do horário do almoço, Miles se dirigiu a secretária Polly e lhe pediu tudo que conseguiu encontrar sobre Johnny Johnson.
Enquanto Polly procurava os documentos, Mcarveney se juntou aos colegas no refeitório para o horário de almoço.
- Grande Mcarveney! Você conta ou eu conto?
Disse Freddy Lewis, grande amigo de Miles.
- Deixa eu me sentar Lewis, por favor.
Freddy deu dois tapinhas no ombro de Miles e sorriu pela grande vitória do amigo.
- O chefe te designou um trabalho novo, Mcarveney?
Perguntou Bryan key.
- Correto como sempre, SrKey.
Disse Miles após acender um cigarro e dar uma tragada.
- Já não fumou o bastante?
Perguntou Greg a miles.
Greg era parceiro de campo de Bryan. O que para Miles significava dois cérebros de ervilha perambulando pelas ruas.
- Como sabe quantos cigarros ele fumou?
Freddy arqueou uma sobrancelha ao perguntar.
- Sei que escutou minha conversa com o chefe.
Disse Miles olhando para Greg.
- Podia ter avisado antes, assim eu teria economizado tempo de ter vindo aqui contar a vocês idiotas.
- Miles Mcarveney. O famoso agente do FBI. O seu ego um dia irá cegá-lo, meu amigo. Acredite, terei o prazer de estar la quando abrirem vaga para ocupar o seu lugar.
Bryan deu uma última tragada no cigarro e o apagou na mesa. Se levantou junto de Greg e os dois saíram marchando refeitório a fora.
- Lewis, por que se sentou com eles?
- Ora Miles, para contar a todos a novidade. Meu melhor amigo dará á Johnny Johnson um mandato de prisão!
Freddy riu e brindou com Miles a grande promoção.