Na manhã seguinte, Johnny Johnson apreciava em seu horário de almoço, um belíssimo salmão gratinado com arroz e anchovas.
- Johnson, seu tempo acabou.
Disse David Arvin, amigo de cela de Johnny.
- Não terminei.
- Dellinger está vindo Johnny!
Limpando a boca suavemente com o guardanapo, JJ se levantou com uma expressão séria e logo um sorriso tomou conta de seu rosto.
- Vamos, tá na hora.
Arvin acompanhou Johnny até uma escolta policial perto da porta de saída e lá mesmo, um abraço seguido de aperto de mão. Não uma despedida, mas sim um até logo.
- Te vejo lá fora, meu amigo.
Disse Arvin. Johnny sorriu e foi com a escolta até o lado de fora da penitenciária.
- Sr. Johnson! Uma palavra por favor!
- Johnny! Onde estão as provas da morte do Kevin Krüguer??
Jornalistas de Chicago foram até Las Vegas acompanhar o julgamento de JJ.
- Sr. Johnson.
Miles Mcarveney estendeu a mão à Johnny e com um soriso maroto, concluiu o gesto com um aperto de mãos.
- Incrível a sua ficha. Ninguém tem provas dos seus crimes, nenhuma testemunha, por mais que eu tenha certeza de que David Arvin paga uma dívida antiga com a lealdade a você.
Johnny Johnson estava feliz. Essa atenção era o combustível para suas façanhas e artimanhas. O conhecimento de suas habilidades.
- Você deve ser o detetive Mcarveney. Ouvi muito sobre você na prisão. Tem muitos amigos nervosos sabia?
Miles sorriu.
- O reconhecimento de minhas ações é o meu objetivo maior.
- Então temos muito em comum. É o senhor que vai me acompanhar até a prisão?
- Para a sua felicidade, sim.
Johnny sorriu e foi com Miles até o camburão da polícia.
Após três horas de viagem, os jornalistas na frente da penitenciária simbolizou a chegada.
- Dellinger, traga o prisioneiro.
O chefe de polícia Finnick foi na frente para concluir o cadastro do detento.
- Não estamos mais em LA, certo?
Miles apenas negou com a cabeça em resposta à pergunta de Johnny.
- Bem vindo a Chicago.
Disse um dos policiais que estavam acompanhando JJ até a entrada da penitenciária.
O cadastro foi feito e vários jornalistas esperavam em uma sala.
Johnny foi posicionado de pé na frente de uma parede branca e lá mesmo começaram as perguntas.
- Johnny! O que pretende fazer nesses 37 anos na prisão?
Perguntou uma jornalista.
- Não muita coisa, creio eu.
Os jornalistas riram e mais perguntas ecoaram pela sala.
- JJ! Posso te chamar assim?
- Claro, amor.
Respondeu Johnny a outra jornalista.
- Se arrepende de ter matado aquelas pessoas?
Um silêncio tomou conta do local por uns 10 segundos.
- Não.
A falação voltou e Johnny por conta própria decidiu sair dali.
Já em sua cela, Johnny recebeu a visita de ninguém mais e ninguém menos que Tales Potter.
- Meu amigo.
Tales cumprimentou Johnny e os dois foram para o pátio.
- O que fez dessa vez em?
Disse Potter acendendo um cigarro.
- Três políticos na rua Lindsay's, 16hrs e 16 minutos da tarde de Sábado.
Johnny Sorriu e acendeu um cigarro também.
- Soube que pegou 37 anos Johnny.
Tales balançou a cabeça negativamente.
- Não pretendo ficar muito tempo aqui.
Potter riu e deu uma tragada no cigarro.
- Eu imagino que não.
Ele se levantou e saiu andando tropeçando os pés.
- Johnson! Linha quatro!
Um policial gritou da porta de entrada do pátio e Johnny se levantou indo em direção ao mesmo.
Já de pé ao lado do telefone, uma voz familiar o chamou a atenção.
- Johnny?
- Johnson.
Respondeu.
- Ótimo. Aqui é David Arvin.
- Então é você que me ajudará no xadrez?
- Não sei se lembra de mim, mas o ajudei em Londres.
J.J pensou um pouco e logo se lembrou de um homem robusto alto com a barba mal feita se tremendo todo ao segurar uma pistola.
- Claro que me lembro Sr. Arvin!
Foi possível escutar a risada alegre de alívio atravessando a linha telefônica até os ouvidos de Johnny.
- Estou ligando para alertar que um agente da CIA ficará na sua cola por um tempo.
- Fala como se a CIA soubesse que vou sair daqui.
Johnny riu e olhou para o policial que o vigiava.
O oficial fez um Hi five com a mão. O que significava apenas cinco minutos no telefone.
Johnson fez o numero dez com as mãos e o oficial concordou com a cabeça.
- Amanhã de manhã terá um carro do correio em frente à delegacia. Ele saíra de lá meio dia e chegará ai por volta das 16:30.
- Essa é a minha carona, suponho eu.
- Correto.
- Okay. Alguma coisa que pode fazer por mim aqui dentro?
- Só tenho isso a oferecer.
J.J pensou em pedir ajuda de alguns policiais marcados. Mas pensou na adrenalina que seria sair de lá com apenas ajuda de um homem.
- Pois bem. Muitíssimo obrigado David.
Johnny desligou o telefone e voltou para sua cela.