O Imperador Demoníaco

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Uma explosão perturbou o sono daquele que descansava em sua cama, envolto em suas cobertas, sereno e pleno. As paredes de seu castelo vibravam pelo choque e impacto das energias destrutivas que jorravam sobre sua fortaleza.

O ser se levantou de sua cama, seu pálido corpo nu e musculoso realçou com a luminosidade dos raios solares que incidiam sobre este por dentre o suave véu de suas cortinas semiabertas.

Ele jogou um manto vistoso e brilhante por cima de seu corpo, seu cabelo branco como a neve e longo como fios de seda escorriam sobre o vermelho brilhoso do tecido, seus olhos negros como a noite acostumavam-se com a movimentação ao redor.

O soberano andou até a porta de seu quarto, esta abriu-se antes mesmo que sua mão tocasse a maçaneta.

Uma garota foi atirada em sua direção, ele a segurou com suavidade e a colocou de lado sem receios, ao mesmo tempo que aparou com a ponta de seu rabo demoníaco o ceifar de uma espada direcionada a sua cabeça.

"Ora ora, não sabem como é incomodo atrapalharem o sono de outra pessoa? E quão mal-educado é invadirem uma residência sem convite? Acho que estou precisando relembrar a vocês o motivo de eu ser o Imperador Demoníaco, a humanidade já esqueceu que não devem mexer comigo", o Imperador desapareceu com a espada do cavaleiro que o atacava e o segurou pelo pescoço: "Vamos dar uma volta cavaleiro, pelo que vi em suas memórias sua vila não fica muito longe daqui".

Sem cerimonias ele saiu voando pela janela, a fortaleza demoníaca continuava sob ataque de cerca de 50 cavaleiros e magos do reino de Magistrarium. O Imperador acenou negativamente com a cabeça, demonstrando sua insatisfação com tamanha ousadia de o atacarem: "Então essa era a força de elite que Magistrarium estava reunindo? Sendo bem sincero com você, cavaleiro, eu esperava mais quando fui informado que estavam pretendo me atacar tão precocemente, até fiz questão de remover vários dos feitiços de segurança para dar alguma chance a vocês, mas é isso que encontro?".

Com um estalar de dedos do Imperador todos os combatentes foram dizimados em cinzas virando moitas de flores coloridas. Os danos de sua fortaleza foram consertados no mesmo instante.

Os olhos do cavaleiro se arregalaram, quase saltando de suas órbitas: "Isso... isso é impossível, os magos e cavaleiros ali presentes deveriam ser capazes de resistir até mesmo a feitiços destrutivos de categoria armagedon, como é possível que com um estalo fossem destruídos?", o cavaleiro estava em estado de choque, seus colegas de tantos anos de treinamento haviam sido dizimados sem o mínimo de piedade ou esforço, como se fossem meras poeiras atrapalhando a beleza do jardim do Imperador.

"Diga-me, cavaleiro, qual seu nome e patente no exército de Magistrarium?", o ser não desviava de seu curso, seguindo com indiferença pelo céu, até seu destino.

"Eu sou Arthur Chiliam III, sou o Cavaleiro Real de Classe Armagedon do Reino de Magistrarium", apesar do medo e da eminência de sua morte, o cavaleiro ainda permanecia com sua honra e dignidade, não iria demonstrar sua fraqueza aquele que destruíra todos os exércitos mundiais sem utilizar nenhum exército.

"Muito bem, Sir Arthur, eu o respeito pela sua honra e dignidade, mas isso não lhe será útil no que está por vir, já estamos chegando na Vila de Alcaires, iremos fazer uma visita a sua família e amigos", o olhar do Imperador permanecia calmo e sereno, não expressava a emoção de alguém prestes a realizar uma chacina.

O terror tomou conta da face de Arthur: "Não, por favor, Imperador eu lhe imploro, mate-me, mas deixe que vivam, eu fui o único da vila que teve a ousadia e coragem de me levantar contra o senhor, eles não precisam ser punidos por tal crime".

O ser acenou desapontado: "Entenda uma coisa, Arthur, quando se quer ensinar alguém, você ataca aquilo que lhe é mais caro, vocês se esquecem disso ao me atacarem, não que haja algo que eu ame mais que meu poder, porém, ao atacarem de forma tão grotesca e brutal pela porta da frente de minha casa, vocês perdem todas as chances de vitória que poderiam ter. Veja, chegamos", o Imperador parou acima da Vila, a sobrevoando e segurou Arthur no ar utilizando magia de vento.

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