Our Love Story

capítulo três;

﹙ jisung 16 anos  ⋆  chenle 17 anos ﹚

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Passaram-se três anos nas vidas de Jisung e Chenle, e infelizmente as coisas entre eles já não eram como dantes.

O Park andava demasiado distante do ômega e isso deixava o mais velho triste, desanimado e sem vontade de fazer o que quer que seja.

Nos primeiros dias do ano, eles ainda saíam juntos, passavam tempo juntos em casa um do outro, faziam as mesmas coisas de quando eram mais novos.

Mas ultimamente, quase todos os dias Chenle ia sozinho para a escola – só ia acompanhado alguns dias graças a Donghyuck e Renjun, uns amigos que tinha feito enquanto estava na paragem do autocarro numa das manhãs. Eles tinham um horário escolar um pouco diferente do seu, então algumas manhãs entravam mais tarde e não iam podiam fazer companhia ao Zhong.

Nas aulas, Chenle já não tinha a companhia do Park ao seu lado, agora ficava sozinho na sua mesa, pois Jisung tinha-se mudado para as mesas do fundo, ficando do lado do seu novo amigo, Jeno.

E todos os dias, o Zhong almoçava sozinho na escola e ia sozinho para casa, por vezes, as suas chamadas eram rejeitadas pelo alfa e já não ficavam os finais de semana em casa um do outro.

Agora, o ômega ficava os finais de semana no seu quarto, a escutar alguma música que gostasse e trocava algumas mensagens com Donghyuck e Renjun, que tentavam o distrair para o pequeno ômega não desanimar totalmente.

Mas para Chenle era impossível não desanimar, sentia falta de Jisung, e a saudade do seu melhor amigo aumentava gradativamente a cada dia que passava.

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— O número para o qual ligou tem o telefone desligado, por favor tente novamente mais tarde.

— Que saco Jisung! — esbravejou irritado, era a quarta vez que ligava ao alfa — Porque é que não me atendes? — questionara. A cada chamada perdida ou rejeitada o seu coração quebrava mais um pouco.

Chenle atirou o telemóvel para a cama irritado. Queria saber o motivo do alfa se ter afastado sem ter feito nada, não entendia o porquê de Jisung, do dia 'pra noite parar de estar consigo a toda hora sem dar uma mísera explicação.

O moreno sentou-se na cama, encarando o chão, sentia falta do alfa e queria que tudo voltasse ao normal, mas o – agora moreno – não lhe dirigia uma palavra e isso estava a destruí-lo de dentro para fora.

Pensou em passar pela casa do alfa, mas não queria fazer figura de idiota caso o mesmo não estivesse ou acabasse por o ignorar, então o chinês limitou-se a ligar aos seus amigos, chamando-os para irem a sua casa, afim de espairecer a cabeça e se distrair de tudo o que o fizesse pensar em Jisung.

Quando escutou o som da campainha, desceu as escadas e abriu a porta da entrada, dando espaço aos amigos para os mesmos entrarem na sua humilde residência.

Ambos o abraçaram mal a porta foi fechada, e disseram que iriam passar o resto do dia a assistir alguns filmes para, principalmente o Zhong se distrair, e Chenle concordou com a cabeça, deixando os amigos à vontade e indo buscar algo para os três comerem.

Umas horas mais tarde, após terminarem de assistir o filme escolhido, como estava tarde os amigos do ômega tiveram de ir para as suas casas, deixando o menor novamente sozinho em casa.

Já sozinho, Chenle decidiu que iria tomar um banho e dormir, como a sua mãe parecia que não iria chegar tão cedo, não iria fazer algo para comer – pois também não tinha fome.

Já com o banho tomado e vestido com o seu pijama, o ômega deitou-se na cama, encarando o teto. Sentia o seu peito doer de saudade e a confusão tomava conta da sua cabeça dia após dia, mas se Jisung não retronava as suas chamadas ou mensagens não poderia fazer nada a não ser continuar afastado do alfa,mesmo que o seu lobo gritasse para que o fosse confrontar e questionar o porquê de estar distante.

Em meio aos pensamentos, sentiu os seus olhos marejarem, estava muito magoado e o seu lobo quebrado.

Poxa, eram melhores amigos desde que se entendiam por gente, Chenle não conseguia entender o que se passava e o alfa não facilitava nem um pouco.

Chenle passou as mãos pelo rosto, secando as lágrimas que insistiam em derramar pelo seu rosto. decidido a dormir e ignorar qualquer pensamento que fosse acerca do alfa.

Tudo daria certo, estava prestes a adormecer, quando escutou o seu telemóvel tocar. Esticou-se para alcançar o objeto e não conseguiu conter a agitação do seu lobo ao ver o nome de Jisung na tela.

Hesitou em atender por alguns minutos, mas pressionou o botão verde, esperando escutar a voz do alfa.

— Lele? — o mais novo chamou, não obtendo resposta alguma. — Lele...?

Chenle tentou falar, mas para ele parecia impossível, sentiu um bolo a formar-se na sua garganta e nenhum som saía da sua boca.

— Eu sei que... estás magoado e que.. a culpa é minha. — o alfa decidiu continuar a falar, sabia que o ômega ouvia — Mas será que podemos falar, eu preciso te explicar muita coisa e... — suspirou — Eu tenho de te pedir deculpa, pessoalmente.

O Zhong sentiu lágrimas rolarem pelo seu rosto e fungou.

— Por favor Lele.. eu posso passar aí em casa amanhã...?

— Uhum... e-eu tenho de ir Ji, falamos a-amanhã.. — e desligou a chamada.

O ômega sentia o seu rosto molhado pelas lágrimas mas não ligava para isso naquele momento, a confusão tomava conta de si e só conseguia chorar e soluçar, estando abraçado a uma das suas almofadas.

Como estava tão disperso, não se apercebeu do som da porta a ser fechada no andar de baixo, e muito menos notou o som de passos nas escadas ou as batidas na porta do seu quarto.

Apenas notou que a sua mãe estava em casa quando se sentiu acolhido nos braços da mais velha. A ômega ficou preocupada com o seu filho, mas aconchegou-o nos seus braços, tentando fazê-lo parar de chorar.

Sabia que quando o seu filho se sentisse confortável lhe contaria o que tinha acontecido, mas naquele momento só quis confortar o seu pequeno e fazê-lo parar de chorar enquanto fazia carinho nos seus cabelos e via o ômega cair no sono.