O desafio

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Em um reino muito distante em uma época muito distante, uma princesa queria se casar mas ela era muito exigente e não aceitava qualquer pretendente pois ele deveria ser mais que perfeito então seu pai o rei propôs um desafio para a princesa se casar, o desafio era que cada cavalheiro que se candidata se deveria correr com seu cavalo até certo ponto e acertar o anel de noivado no dedo do casamento da princesa e ela estaria na torre mais alta do castelo, a princesa aceitou pois pensou que seria o desafio mais impossível  de se vencer, então o dia do grande evento chegou, a princesa já estava na torre junto com seu pai, o povo estava atrás de cercas para não invadirem o caminho dos cavaleiros, cada cavaleiro tinha um grupo de torcida com seus rostos e nomes pintados em panos pelo povo.

O primeiro cavaleiro usava a armadura de bronze e seu cavalo era castanho escuro, seu jeito era muito pomposo e ficou orgulhoso de ser o cavaleiro numero um, e lá vai ele, seu cavalo muito veloz corre em direção a torre, o cavaleiro de bronze se prepara para lançar o anel, seu cavalo foi excelente em sua corrida mas o cavaleiro de bronze lançou o anel com tanta força que ele fez uma curva no ar e acabou acertando na lama dos porcos, o cavaleiro ficou tão furioso que fez um grande escândalo e precisou de guardas o conter.

O segundo cavaleiro tinha a armadura cinza fosca e um pouco suja de terra, ele era conhecido por sua grande habilidade em lutas mas também pelo seu grande senso de humor ralo, seu rosto era tão serio e seu corpo muito rígido, ele era uma pedra fria, sua torcida era apenas alguns cavaleiros que se encontravam no bar, seu cavalo era cinza escuro, muito grande e forte e assim que tocou a corneta o cavalo começou a correr não era tão veloz quanto o primeiro mas o cavalo e o cavaleiro eram muito eficientes e assim ele lançou o anel com mais força que o primeiro e acertou as pedras da torre deixando um buraco e afundando o anel na parede e a princesa agradeceu por não ter acertado ela.

O terceiro cavaleiro vestia uma armadura azul escura assim como a cor de seu cavalo, seu diferencial era ser um arqueiro e é muito conhecido por sua excelente mira, alias o rei conhecia ele pois trabalhava para a realeza e também vinha de uma família rica, sua única torcida era o próprio rei que tentava disfarçar a alegria para a princesa não perceber, o arqueiro levou todo seu equipamento de ponta mas quando lançou o anel, o povo foi a loucura o anel estava indo em direção a mão da princesa mas por um calculo errado dos ventos e da luz do sol o anel acertou a testa da princesa que ficou com muita raiva, e a plateia vaiou muito o arqueiro que no dia seguinte iria pedir demissão para o rei.

O quarto cavaleiro usava a armadura dourada, ele era o mais bonito de todos os candidatos, seu cavalo era amarelo quase da cor de sua armadura, tinha muitos fãs na plateia e uma grande torcida, até a princesa ficou em choque tamanha beleza do candidato, ele acenava a todos e sorria constante mente, ele também era orgulhoso como o primeiro cavaleiro e escolheu o numero quatro pois era seu numero da sorte, a corneta toca e ele sai em grande estilo, parecia que o sol brilhava mais e a gramada mais verde, ele fez tanta pose para lançar o anel que ele não chegou nem na metade da torre e caiu na ponta da lança de um guarda que estava vigiando a porta da torre, e os dois ficaram vermelhos, talvez de raiva, mas a plateia continuou vibrando para ele e ele saiu sorrindo e acenando.

O quinto cavaleiro usava a armadura branca polida e brilhante e seu cavalo era branco celestial, todos estavam meio cegos tamanho brilho que ali se fazia, mesmo a princesa e o rei lá no alto da torre estavam sem conseguir ver muita coisa, o cavaleiro era serio, parecia que estava muito concentrado, sua torcida vibrava pois confiavam muito nele, com o som da corneta ele deu o comando para seu cavalo que saiu disparando em direção a torre, mas o cavaleiro estava nervoso e ninguém percebeu, por um comando errado em seu cavalo ele para bruscamente jogando o cavaleiro longe, caindo na terra formando uma grande nuvem de pó sua armadura ficou toda suja tirando seu brilho celestial, um fiasco, a plateia ficou em silencio e depois alguns vaiaram, a princesa já estava muito mais que convencida que ninguém iria ganhar.

O sexto cavaleiro era ruivo e escolheu a armadura e o cavalo vermelho, tudo na sua vida era vermelho, e era perceptível sua plateia toda vermelha também, as donzelas iam a loucura pela beleza e sensualidade do cavaleiro, a princesa admitia que ele era charmoso mas sabia que os cavaleiros que mais se achavam eram os piores competidores e ela ria internamente, o cavalo e o cavaleiro saíram disparando quando a corneta tocou, sua corrida mexeu com o coração de todos e o da princesa estava quase saindo pela boca, o cavaleiro estava confiante e lançou o anel sem muita preocupação, um pouco desleixado ele não viu que a aliança estava indo na direção da plateia e caiu bem na mão de uma senhora fazendeira que saiu correndo em direção ao cavaleiro e ele ainda em seu cavalo saiu fugindo o mais rápido possível. 

A princesa riu muito e o rei estava cogitando em fazer esse evento todo ano e transformar e turismo, mas ninguém contou que haveria outro cavaleiro, foi uma surpresa até para a plateia, ele estava muito longe do evento mas todos sentiram sua presença e intensão, usava uma armadura negra e brilhante seu cavalo era preto como nunca se tinha visto , ele ergueu uma mão mostrando a aliança dourada, ele começou a correr e se aproximar do grande evento, o publico ficou em silencio, a princesa estava até tremendo pois sabia que algo estava errado, o rei estava com os olhos bem atentos, o cavaleiro não parou nem uma vez, seu cavalo corria como nenhum outro, e o cavaleiro negro arremessa a aliança dourada em direção da mão da princesa e como algo sobrenatural o anel se encaixa com perfeição em seu dedo, a princesa sabia que havia achado seu candidato perfeito e abriu um grande sorriso, o rei quase desmaiou mas conseguiu fazer seu discurso, a plateia vibrou mais alto, o cavaleiro desceu de seu cavalo e a princesa corria em sua direção para abraça-lo e assim ela viu que não existia perfeição mas o que ela esperava era ser surpreendida por alguém.  

A princesa e os cavalheirosOnde histórias criam vida. Descubra agora