Condolências

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Mas quem é vivo sempre aparece, certo?

Olá, meus amores! Tia Lua estava com muita saudade de vocês e de postar por aqui, eu sinto muito pelo sumiço, estive muito ocupada com o meu *Casamento* *--*, mas agora já voltei ao que faço de melhor: Proporcionar dor e sonhos molhados, hahaha

 Essa história é uma adaptação de um dos meu livros preferidos, "Para Sir Philip, com amor", de Julia Quinn, mas sem compromisso de seguir o enredo original. 

Além disso, é um desenvolvimento mais lento que o de costume, então o nosso querido Limão, pode demorar um pouco. Eu espero que gostem. 


Boa leitura >,<

DEVONSHIRE, Fevereiro de 1812

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DEVONSHIRE, Fevereiro de 1812

O processo do luto era curioso, era um sentimento diferente em todas as vezes, mas ao mesmo tempo, era igual. Tinha vivido o luto pela primeira vez aos 13 anos quando o pai morreu depois de uma longa febre, não tinha informações o suficiente para saber o quanto aquilo significava, por isso o sabor foi amargo, mas lidou com aquilo.

Daquela vez o luto viera acompanhado de culpa e até mesmo vergonha, era um homem e tivera participação efetiva em tudo aquilo, mal conseguia respirar sob as roupas pretas. Tudo pareceu tão impessoal, tão frio e plural que o incomodava, mas a quem queria enganar? Não conhecia a esposa tão bem a ponto de planejar o funeral perfeito.

Quando a porta abriu, foi como se tivesse sido acordado de um transe, só então percebeu que fincou as unhas nos braços da cadeira de madeira. Relaxou a musculatura da mão levantando o olhar para a mãe que passou pela porta, o vestido preto não era muito diferente do usual, ela estava enlutada desde a morte do marido, aquele era um estado comum para ela.

- Querido, precisa descer. – disse ela se aproximando da mesa – Não pode passar o resto do dia enfurnado nesse escritório.

- Não consigo olhar para eles. – sua voz saiu baixa – Não tenho a resposta que querem.

- A única coisa que sabem é que a senhora desta casa afogou-se tragicamente. – Kushina deu a volta na mesa e Naruto apertou os olhos impedindo que as lágrimas viessem.

- Nós dois sabemos que não foi um acidente, ela fez isso por alguma razão. – Naruto se levantou afastando-se da mãe – Eu estou fazendo o certo, mãe? Tomei a decisão certa?

- Uma mãe jamais superaria o fato de uma filha tirar a própria vida. – disse Kushina com plena certeza – Um acidente é mais fácil para todos.

- E para a memória dela. – Naruto levantou os olhos para a bela pintura da esposa na parede, o retrato fiel do artista capturou bem a expressão bela e melancólica dos olhos perolados – Não quero que pensem nela assim, ela não merece isso. Eu não vou falhar com ela outra vez.

Para Lorde Uzumaki, com amor (Um conto NaruSasu)Onde histórias criam vida. Descubra agora