Maré Calma

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LONDRES, Novembro de 1813

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LONDRES, Novembro de 1813

 Londres amanheceu chuvosa, mas isso não impediu que o movimento diante da residência Uzumaki fosse intenso.

 As pessoas sabiam que algo de grave tinha acontecido naquela casa, tinham visto os cavalos dos policiais na porta na noite anterior, tinham visto a família Uchiha chegar às pressas e tinham visto o senhor daquela casa partir furioso. 

 A mente de Sasuke era um borrão, acordou sentindo medo, com o nó em sua garganta e um aperto em seu peito. Queria seu alfa. 

 Ficou preocupado quando acordou naquela manhã e soube que Naruto e Itachi tinham partido atrás de Neji, sentia pela marca o quanto o marido estava com raiva e queria ser capaz de acalmá-lo.

 ─ Coma algo, Sasuke. ─ Mikoto tocou o braço do filho.

 ─ Comerei quando Naruto chegar. ─ foi o que respondeu

 ─ E ele vai chegar. ─ Deidara garantiu.

 Sasuke ainda vestia-se com a modéstia da recolha, tinha o corpo coberto por um grosso roupão e tinha os cabelos soltos, sentou-se diante de sua penteadeira e notou que, embora tenha sido o único que dormiu, era o ômega mais cansado e abatido naquele quarto.

 Silenciosamente, Deidara se aproximou e tomou a escova de cabelos, começou a escovar os fios de Sasuke com delicadeza. Aquela era a forma de demonstrar que estava ali para ele, para o que precisasse.

 ─ Milorde aceita ao menos um chá? ─ Karin insistiu com voz doce, mas Sasuke negou.

 Como se não bastasse toda preocupação, ainda havia mais no peito de Sasuke.

 Ele estava triste, fechou os olhos por um momento e lembrou-se dos momentos de terror ao estar sob o comando de Neji. Lembrou-se de todas as vezes que o primo tinha sido gentil consigo e de como o considerava um homem agradável.

 Era tudo falso, uma máscara sobre os desejos que ele nutriu por Sasuke enquanto o último era apenas um bebê. Era repulsivo e deprimente.

 Tão indigno que a pele do ômega se arrepiou novamente. Quão sádica era a natureza por permitir que algo como a voz de comando existisse? Talvez fosse um teste para separar os alfas bons, teste no qual Neji tinha falhado. 

 Com o estômago embrulhado, Sasuke não conseguiu não pensar no que teria acontecido se Suigetsu não o tivesse impedido. Seu primo o teria levado? O teria violentado? 

 Há quanto tempo Neji fantasiava de forma doentia como faria aquilo? Sasuke sempre correu risco perto dele? 

 De repente os sorrisos e toques não eram mais sucintos, todos tinham sua motivação nojenta por trás.

 ─ Eles chegaram! ─ foi Karin quem tirou Sasuke de seus pensamentos. O ômega pôde ouvir o barulho dos cavalos parando. 

 Se levantou e correu para o andar de baixo o mais rápido que pôde, alcançou a sala de estar quando Naruto e Itachi passavam pela porta. Só de ver seu alfa, o lobo de Sasuke ficou mais calmo e foi um alívio ser tomado por seus braços. 

Para Lorde Uzumaki, com amor (Um conto NaruSasu)Onde histórias criam vida. Descubra agora