A xícara

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"[...]Tu podes ir pela vida fingindo que a tua caneca é cheia de virtudes, mas quando a vida te empurrar, tu vais derramar o que na verdade existir no teu interior. [...] Então, terás que perguntar a si mesmo. O que há na minha caneca? Quando a vida ficar difícil... O que eu vou derramar?"

As xícaras saltam, riem e dançam; mas em meio a tantas xícaras observo uma distante, a mesma não está rindo e nem dançando e muito menos conversando com as outras. Sua xícara está toda colada com fita, como se tivesse sido quebrada várias vezes, então penso: será que uma xícara assim ainda tem concerto? Porém, o que mais chama atenção nela são seus olhos que vislumbram o infinito que mais ninguém consegue ver. Logo noto que mesmo ela não estando tão feliz quanto as outras, o fato dessa xícara ter se quebrado mais vezes, permite que ela perceba coisas que nenhuma outra percebeu, e isso torna ela de algum jeito mais bonita que as outras.

Epifanias boas demais - ou caóticas - para serem guardadas. Onde histórias criam vida. Descubra agora