Prólogo

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Izabelly narrando:

Mexo em algumas gavetas desse quarto e finalmente encontro uma camiseta.

Era enorme e preta, do jeito que eu gostava. Espero que não se importem que eu use ela. Juro que assim que eu me organizar irei em uma loja comprar algumas, já que por ironia eu esqueci todas em casa, já que achei que aqui estaria completamente frio. Deixo a camisa sobre a cama e sigo até a minha mala.

Pego minha toalha e meus produtos e caminho para o banheiro. Tiro toda aquela roupa suja de café e coloco no cesto de roupa suja.

Adentro no box, coloco uma água bem gelada para refrescar esse calor e passo meus produtos como de costume.

Deixo que a água fria me desperte e lavo meu cabelo que agora estava curto e tingido de vermelho.

Sinto um aperto no peito ao lembrar que deixei a minha família no Brasil. Faz poucos dias que cheguei e já estou com muita saudade.

Respiro fundo tentando me acalmar, aqui tudo será diferente. Será melhor do que era antes e eu não vou deixar essa porra de ansiedade me atrapalhar.

Não demoro muito ali. Desligo o chuveiro e me enrolo na toalha. Volto para o quarto e me seco, passo meus hidratantes como de costume, meu perfume e visto somente uma calcinha e a camiseta que achei.

Me jogo na cama e mexo no celular. O Twitter não estava tão interessante hoje então mexo nas minhas malas a procura de algo que realmente prendesse minha atenção.

Meus livros!

Me sento na cama após escolher algum que eu não havia terminado e coloco os óculos.

Não preciso dizer que eu sou apaixonada nesses romances literários e que nesse momento estava em mais um dos meus surtos.

Ligo a minha caixinha e conecto no Bluetooth pra deixar ainda mais agradável o momento.

Não sei quanto tempo fico ali. Mas logo me assusto com um cara parado na minha frente.

- Ei, o que faz aqui? - Digo.

- Eu que devo te perguntar. - Ele diz.

- Escuta aqui. - Digo pausadamente. - Eu fui autorizada a utilizar esse quarto aqui e não irei sair dele.

- Você está no meu quarto. - Ele diz. - E usando minha camisa.

- Quer sua camisa? - Digo a retirando e jogando nele. - Ela eu posso até te dar, mas desse quarto eu não saio.

Vejo ele me analisando e sinto meu rosto queimar após me tocar que não estava com nada além de uma calcinha.

- Na verdade, fica com a camisa, ela ficou melhor em você do que em mim. - Ele diz mordendo o canto dos lábios e joga ela de volta pra mim. - Agora chega pra lá que eu quero deitar na  minha cama.

- Idiota. - Digo revirando os olhos após vestir a camisa.

Ele simplesmente ignora, tira a camisa e não posso deixar de observar aquele corpo escultural. Disfarço e após deitar ao meu lado, ele passa o dedão no canto da minha boca.

- Não precisa babar. - Ele diz e afasto a mão dele.

- Sai louco. - Digo e ele gargalha.

Só espero não ter que aturar isso todos os dias. Ele vira pro canto, pega o controle do ar condicionado e deixa bem mais gelado.

Um arrepio percorreu meu corpo, mas tendo voltar a me concentrar no meu livro.

Infelizmente minha atenção estava longe. Olho para o lado e vejo que o mesmo estava deitado mexendo no celular.

[...]

Dangerous WomanOnde histórias criam vida. Descubra agora