Izabelly narrando:
Escoro minha cabeça na janela e vejo que o dia já estava clareando.
Não faltava muito pra chegar em Los Angeles pelo que parece.
Ajeito minha blusa de frio e pego um livro para ler, já que eu não consegui dormir, além disso que não ia tomar um remédio para dormir aqui no avião.
Sabe-se lá o que eu poderia desabafar pra velhinha do meu lado, caso eu estivesse sob o efeito dele.
Coloco meu óculos e leio atentamente o meu livro. Nem preciso dizer que estava segurando os surtos pra não acordar todo mundo.
Esses romances ainda irão me matar um dia! E saibam que eu morrerei feliz.
Como eu já previa, não demora muito para que o avião finalmente pousasse. Cá estava eu em Los Angeles. Longe daquele país de merda, longe de pessoas tóxicas.
Enfim, eu poderia começar de novo aqui, pena que longe da minha família.
Após desembarque, passo pelo controle de fronteira para conferirem meu visto e os outros documentos necessários, pego minhas malas e vou para o local de espera.
Não haviam muitas pessoas essa manhã. Olho para os lados e logo minha atenção para sobre duas mulheres sorridentes. Uma delas segurava um cartaz escrito "Seja Bem vinda, Izabelly".
Caminho até lá e a mulher que parecia mais nova me ajuda com as malas.
- Olá, Izabelly. - A mesma diz. - Seja bem vinda.
Bendito dia que resolvi fazer aulas de inglês!
- Seja bem vinda. - A outra diz. - Eu sou Tamora Hudson e essa é minha filha Karissa.
- Muito obrigada! - Digo e caminhamos pra fora do aeroporto. - Prazer em conhecê-las.
- O prazer é nosso! - Tamora diz.
[...]
- Estão entregues. - Karissa diz após ajudar com as malas. - Nos vemos em breve.
- Muito obrigada! - Digo e ela apenas sorri e vai pra casa dela.
- Então, por dois dias seremos só nós duas aqui. - Tamora diz . - Meu marido está viajando e acabei ficando sozinha aqui, pelo menos agora tenho companhia.
- Fico feliz em te fazer companhia. - Digo. - E obrigada mais uma vez por me receber.
- Não foi nada. - Ela diz. - Vou te ajudar levar as malas lá em cima e depois podemos fazer um tour se quiser.
- Seria ótimo! - Digo e ela me ajuda a subir com as malas pela escada.
Chegamos no segundo andar e haviam quatro portas.
- Aqui temos o meu quarto. - Ela aponta pra primeira porta. - A segunda é um dos banheiros, a terceira é o quarto de hóspedes e a última porta é o seu novo quarto.
- E o quarto das meninas? - Pergunto enquanto caminhava até a última porta.
- Elas moram a um quarteirão daqui, portanto não tem quarto delas. - Ela diz. - Cole e eu nos mudamos pra cá pra ficarmos perto delas.
- Que legal! - Digo e adentrando ao quarto.
Era lindo, uma decoração neutra, mas ao mesmo tempo muito chique. Será que decoraram só pra me receber?
Guardo minhas coisas nas gavetas e nem vejo Tamora saindo. Dou uma volta pelo quarto e pelo closet e em uma das mesas de cabeceira eu vejo um porta retrato.
Era um garotinho de cabelos escuros, ele era tão fofo. Será quem é? E por quê não ouvi ninguém falar dele ainda?
Organizo também meus preciosos livros e ouço Tamora chamar meu nome para comer algo.
Não demoro muito pra descer e chegando na cozinha ela estava me esperando com panquecas e leite com achocolatado.
- Vê se come, tenho certeza que não deve ter comido direito na viagem. - Ela diz se sentando e eu me sento também.
[...]
A tarde estava bem fria, Tamora e eu estávamos caminhando pela calçada enquanto ela me mostrava o bairro, ela me mostrou onde as meninas moravam, mostrou o mercadinho do bairro, o parquinho.
Quando estávamos quase próximos da "nossa" casa, uma menina para a Tamora.
- Boa tarde vizinha! - Ela diz.
-Boa tarde, Naty. - Tamora diz. - Quero te apresentar a minha nova hóspede.
- Olá, seja bem vinda! - Ela diz. - Prazer, meu nome é Nataly.
- Obrigada. Meu nome é Izabelly! - Digo e estendo a mão para cumprimentá-la.
- Brasileira? - Ela pergunta.
- Sim! - Digo e ela aperta a minha mão calorosamente.
- Mano, finalmente alguém que eu posso me comunicar sem utilizar meu inglês nível Duolingo. - Ela diz em português rindo.
- Finalmente! - Respondo em português também. - Achei que não fosse encontrar uma brasileira tão cedo.
- Agora que encontrou, seremos boas amigas. - Ela diz e Tamora nos olhava sem entender nada.
- Ela também é do Brasil! - Ela volta a dizer em inglês e dá alguns pulinhos.
- Sim, ela é! - Tamora diz. - Fico feliz que tenham se conhecido, passe lá em casa depois!
- Pode deixar! - Ela diz. - Tchau nova amiga.
- Tchau, nova amiga! - Digo também e rimos.
Ao chegar em casa vou direto para o quarto, não posso deixar de fazer um tweet sobre ser vizinha de uma brasileira.
Assim que envio, não demora muito até que chegue uma notificação no meu celular
"@lilhellgirl_ respondeu seu tweet: Mano, eu sou sua vizinha brasileira :)"
[...]
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Dangerous Woman
FanfictionDireito é um belo curso a se fazer. Mas será que o Brasil é um país que realmente daria boas oportunidades pra uma garota que acaba de fazer 18 anos? Tenho certeza que não! Uma viagem é tudo que precisa para mudar de vida, talvez um intercâmbio seja...