1 - Desiludido

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Mais uma fanfic, começada de um surto, sem continuação alguma.

Nao sei o que foi isso, mas me tentou a publicar.
E é isso que eu vou fazer.

E lá estava o ruivo em mais uma de suas aventuras, queria achar algo interessante, algo que tivesse sido jogado no mar ou caído de um barco

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E lá estava o ruivo em mais uma de suas aventuras, queria achar algo interessante, algo que tivesse sido jogado no mar ou caído de um barco. Mas no fundo queria finalmente ver um humano.

Era arriscado e perigoso, nas histórias pelo menos, sua espécie era caçada, usada e morta por eles, mas mesmo assim, queria ver um. Não conseguia não ter essa curiosidade, queria ver, queria saber se era verdade tudo que as histórias falavam.

No final, tudo que falavam sobre si, era verdade, era mesmo um irresponsável e inconsequente. Talvez ainda iria pagar por sua irresponsabilidade, por chegar tão perto da superfície, mas isso seria para o Eijirou de um futuro que provavelmente não existiria. Sendo assim, continuaria saindo e procurando alguma coisa para sanar sua curiosidade sobre os humanos.

Vagava pelo mar observando os peixes e criaturinhas aquáticas nadando felizes, não havia sereianos por ali, ficava perto demais da superfície para se aproximarem, ficava perto demais dos humanos.

A luz que entrava na água deixava sua ondulação mais linda ainda e suas jóias douradas reluziam à claridade ofuscante, dava pra ver as plantas verdes-escuras balançando junto a maré e os cardumes de peixinhos comendo e nadando em volta delas.

Era uma beleza diferente da beleza que tinha no fundo, onde era escuro, pesado, e cheio de sereianos chatos. Perto dali era diferente,era calmo e ele podia se mover com uma leveza incrível, era bom.

E ficou melhor ao ver uma sombra estranhamente grande interromper a luminosidade do dia que cruzava a barreira fina e delicada da água, e logo depois alguns peixes se moverem assustados em uma tentativa de fuga.

Era um navio, um navio de humanos.

Agitado assim como os peixes se moveu inquieto procurando algo em que pudesse se esconder e ficar espiando. Finalmente a Deusa do Mar escutou seus pedidos. Iria ver, mesmo que de longe, os tais humanos que tanto lhe causavam angústia.

O navio se movia rapidamente cortando o mar e sendo impulsionado pelos ventos que batiam nas velas negras, uma coisa que chamou a atenção do ruivo que ainda estava encantado demais para perceber que, inconscientemente, era induzido por si mesmo a chegar mais perto. Perto o suficiente para estar a centímetros de cruzar a barreira que, a séculos, nenhum sereiano cruzou.

E quando percebeu, já era tarde.

O encanto se desfez ao ver redes feitas de uma corda grossa demais para ser cortada com os dentes, serem lançadas em si. Os pesos nas pontas o impediram de se soltar e o desespero tomou seu corpo, ele não conseguia sair, muito menos se mexer direito.

E era culpa sua. Era sua culpa ter sido pego, por ter sido descuidado, por ter caído no encanto estranho que os humanos tinham, o encanto que tanto ouviu falar e duvidou a vida toda. Por sua culpa seu povo poderia ser cassado novamente, ele poderia morrer e a culpa era somente sua.

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⏰ Última atualização: Aug 14, 2022 ⏰

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