Carregando uma enxada para cultivar [PT-BR]

03. Esse ger é tão sem vergonha.

Xia Yi acordou com fome no dia seguinte. Talvez este corpo tenha passado fome demais no passado, ele descobriu que se sentiria mal sempre que sua barriga estivesse vazia. Não importa o quão profundamente ele estivesse dormindo, ele acordaria imediatamente.

Nenhum som podia ser ouvido no pátio. Xia Yi estava deitado na cama, lembrando-se de Gu Wen Zhu dizendo que ia sair hoje, ele imediatamente se levantou. Ele esfregou o estômago e foi para a cozinha para encontrar comida.

Ele levantou a tampa da panela e não encontrou nada dentro. Ele abriu o armário, a única coisa que restava era meia tigela de macarrão da noite anterior. Ele lembrou que Gu Wen Zhu lhe disse para fazer algo para comer sozinho. Ele então removeu a tampa do recipiente de arroz no canto, vislumbrou dentro e viu que mais da metade do recipiente estava cheio de macarrão de arroz.

Então ele espiou dentro do fogão, agachou-se e começou a se preocupar.

"179, você acha que podemos cozinhar uma refeição juntos?"

Xia Yi nasceu quando seus pais eram mais velhos, ele cresceu mimado. Ele tinha um emprego como artista na época em que seus pais faleceram. Ele ficava em sua oficina todos os dias e pedia comida sempre que precisava comer.

Depois de algum tempo, a fumaça preta encheu a cozinha. Xia Yi, com os olhos vermelhos, tossiu muito e saiu correndo.

"179, você nem sabe cozinhar."

"179, parece-me que você é um sistema completamente inútil. Vocês no mundo do sistema não precisam verificar a qualidade de suas performances?"

Sistema: Anfitrião, antes de ensiná-lo a cozinhar, primeiro você precisa acender uma fogueira.

𓅹

O sol estava se pondo. Chaminés já estavam subindo das casas distantes, adicionando uma camada de fumaça à aldeia cercada de montanhas.

Carregando uma grande cesta nas costas, Gu Wen Zhu também estava trazendo bagagem com ele na mão. Ele saltou da carruagem do velho Zhang. Daqui, bastava fazer uma curva na trilha da montanha e veria a aldeia.

Logo depois de fazer a curva, ele viu uma figura esguia e pequena, esperando ansiosamente, de pé sob a grande árvore velha na entrada da aldeia. Avistando-o à distância, a figura correu rapidamente nessa direção, as roupas enormes nele balançando com o vento.

Parecendo emocionado, Xia Yi correu em direção a Gu Wen Zhu, gritando em seu caminho: "Zhu, você está de volta! Eu senti tanto sua falta."

Gu Wen Zhu ficou atordoado quando ouviu Xia Yi. Ele congelou no local, petrificado. Ele queria dar meia volta e ir embora, mas achou que não seria apropriado, e acabou apertando a bagagem na mão.

Xia Yi rapidamente veio até Gu Wen Zhu, "Você está cansado? Você já comeu? Você está com fome, certo? Vai! Vai! Vai! Vamos voltar para casa e comer!"

Gu Wen Zhu abriu a boca, mas decidiu não dizer nada. Ele caminhou para casa com um rosto impassível, seguido por Xia Yi logo atrás.

Depois de chegar em casa, Gu Wen Zhu guardou sua bagagem e entrou na cozinha. Ao ver o fogão cheio de lenha sem deixar uma costura sequer, começou a franzir a testa. A lenha tinha sido fumegada do lado de fora, enegrecida, mas não tinha sido acesa.

"O que você comeu hoje?" Gu Wen Zhu perguntou com incerteza.

"Macarrão."

"Aquela meia tigela de sobras no armário?"

"Sim." Xia Yi abaixou a cabeça, envergonhado.

Gu Wen Zhu permaneceu em silêncio. Ele voltou para a casa principal e abriu o pano que envolvia sua bagagem. Ele pegou um pacote de papel oleado e deu a Xia Yi: "Você come isso primeiro, depois vamos fazer uma refeição."