Capítulo 1 - O pretendente

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Capítulo 1

As nuvens estavam pesadas e o vento parecia uivar. Observava calmamente o temporal que se aproximava encostada em minha janela. Vejo uma luz vir do céu e clarear todo ambiente. Uma agonia toma conta de mim sinto meu coração apertar. Havia algo de errado...

Mãos geladas tocaram meus ombros.

- Querida, saia de perto da janela, não quero que pegue um resfriado - disse minha querida avó com uma voz dócil. Afasto-me da janela e ela á fecha.

Meus pais ainda não tinham voltado da temporada de caça. Eu estava muito preocupada com eles, pois ultimamente têm ocorrido muitos acidentes na floresta.

- Vovó, você acha que meus pais estão bem? - falo com os olhos ainda fixos na janela que agora estava fechada.

- Eles estão bem! É só um temporal, querida. - afirmou com a intenção falha de me acalmar.

Eu tinha certeza que algo estava errado. Não era o temporal que me preocupava e sim algo a mais... Aquela dor no peito; aquela sensação...

- Era para eles já terem voltado... - falo agora encarando os olhos esmeralda de minha avó e pude ver no profundo deles que ela também estava preocupada, talvez ate mais que eu. Novamente uma luz toma conta do local só que dessa vez seguida de um estrondoso som. A chuva começa a cair com toda sua força e minha avó se dirige até a lareira acendendo-a. O calor do fogo foi acolhedor naquele dia frio de tempestade. Olho para minha avó que se ajoelha em minha frente e acaricia meu rosto com um sorriso simpático. A companhia dela de algum modo me tranquiliza.

- Quer que eu te conte um conto? - perguntou. Ela sabia que eu adorava ouvir suas historias. Afirmo com a cabeça e me ajeito sentando no chão e ela puxa uma cadeira para mais próximo de mim. - Há muito tempo atrás existiu uma rainha aqui no país do fogo. Mas ela não era uma rainha qualquer ela possuía poderes místicos que a levou a ser banida de seu próprio reino. A jovem rainha que havia assumido o trono apenas com 19 anos decidiu se abrigar em uma floresta perto das redondezas de Konoha. Lá ela fez novas amizades e vivenciou grandes mistérios conquistando o coração de todos que conhecia... - Meus ouvidos estavam atentos a cada palavra de minha avó.

- Continue vovó! - digo esperando ansiosamente que minha vó terminasse o conto.

- Já terminei minha querida. - falou ela e eu fico insatisfeita. Onde foi parar o meio dessa historia?

- Cadê a emoção desta historia? O que ela vivenciou na floresta? - falo num tom irritado

- Só indo lá para se descobrir! - respondeu ela próxima de meu ouvido quase como um sussurro. Após ela ter dito isso ouço um ranger de porta e um vento frio invade o local apagando além das velas; o fogo da Lareira. Minha vó que se encontrava em minha frente estava com notorio espanto. Eu sigo seu olhar até a porta deparando-me com meu pai, que se encontrava todo molhado e com as mãos sujas de sangue.

- Pai!? - digo assustado com o estado que ele se encontrava. Olho para trás dele e vejo que ele não estava acompanhado de minha mãe. - Onde está a mamãe?

Ele abaixa a cabeça e pude ver lagrimas correrem pelo seu rosto. Mesmo estando molhado era possível se ver as lagrimas que não paravam de cair. Ele volta seu olhar para mim e eu não parava de me perguntar o porquê dele esta chorando. Demorou alguns instantes para eu entender, talvez já tivesse entendido só não queria acreditar. Sinto como se alguém tivesse enfiado uma faca no meu coração, foi só uma lagrima descer e pronto já não conseguia segurar mais, olho para meu pai que chorava juntamente a mim e vou correndo até seus braços, dando-lhe um abraço bem apertado e abafando as lagrimas em sua roupa molhada.

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