𝗔𝗣𝗥𝗘𝗡𝗗𝗘𝗡𝗗𝗢 𝗔 𝗥𝗘𝗖𝗢𝗡𝗤𝗨𝗜𝗦𝗧𝗔𝗥↳ᵃᵈᵃᵖᵗᵃᶜ̧ᵃ̃ᵒ

𝗖𝗔𝗣𝗜́𝗧𝗨𝗟𝗢: 𝟬𝟰

— Ai meu Deus! Me desculpe Josh, é que eu esqueci de pegar uma toalha quando limpei a casa e quando eu olhei você não tinha chegado e eu também não ouvi você chegando e…

— Calma, você falando nessa velocidade eu não tô entendendo nada. Acho melhor você vestir uma roupa e eu vou tomar banho, de preferência bem frio. — disse a última frase baixinho mas Any conseguiu ouvir,um pouco mas ouviu.

— É tudo bem.. — Ele se encaminhou até o banheiro, mas foi abordado por Any antes de passar pela porta – Josh, espera.

— O que é Any? Fale logo que estamos atrasados.

— Só quero saber qual desses vestidos é mais bonito. Esse? — apontou para um branco, tomara que caia, acima do joelho, bojo nos seios, vários strass sobre ele e um pouco rodado  — ou esse? — depois para um rosa bebê de alcinhas, exatamente na altura dos joelhos, decote nos seios e bem colado ao corpo.

Josh imaginou Any em cada um daqueles e em nenhum deles conseguia ver ela feia ou estranha.

— Coloca qualquer um desses, vai ficar tudo igual mesmo — correu para o banheiro, tirou a roupa e tomou um banho frio.

Aquilo não podia acontecer, ela não podia o dominar daquela forma a ponto de sentir desejo de tê-la, só de imaginar ela em um daqueles vestidos. Depois de alguns minutos saiu do banheiro já de calça mas ainda sem camisa, queria que o jogo voltasse ao de sempre, Any sentindo desejo por ele e não ele por ela, mas seus planos foram frustrados ao vê-la. Estava incrivelmente sexy e linda, usava o vestido branco com um salto alto prata e a franja presa para trás, a maquiagem estava forte e suas pernas bem a mostra e as marcas roxas haviam sumido, provavelmente um pouco de maquiagem.

— Já são quase oito horas, acho bom você se arrumar logo, meu pai detesta atrasos. Te espero na sala — andou um pouco e ao se virar atrás, viu Josh de boca aberta olhando pra ela, percebeu que talvez estivesse até um pouco bonita, mas só um pouco, depois que se casou com Josh sua auto-estima abaixou e muito.

Josh desceu poucos minutos depois e estava bonito vestia uma calça jeans com uma camisa xadrez de botões e o cabelo um pouco bagunçado. Any estava linda para Josh, e Josh  estava lindo para Any.

– Então..vamos? A casa deles é um pouco longe e nós já estamos atrasados.

— Ok, pegou a chave do carro ? — Josh assentiu e Any se direcionou a saída, sentiu seu coração parar por um segundo ao sentir mãos delicadas e macias sobre sua cintura, eram as mãos dele.

Não disse nada, somente aproveitou o que seria curto enquanto durasse, ficaram andando assim até chegar no carro. Onde surpreendentemente ele abriu a porta do passageiro para ela e lhe deu um beijo na bochecha.

É realmente tinha alguma coisa errada, aquele não poderia ser Josh ou poderia?

Chegaram na enorme mansão dos Rolim e Any percebeu que haviam trocado o segurança, desde a última vez que havia ido até lá.

— E vocês quem são? — perguntou o novo segurança enquanto reparava nas pernas de Any pela pequena brecha de vidro aberta, Josh se sentiu incomodado, não lhe agradava nem um pouco aquele brutamontes olhando as pernas de sua mulher.

— Eu sou  Josh Beauchamp e essa é Any Gabrielly, minha esposa e filha dos donos dessa casa. Poderia nos deixar entrar.

— Ah claro me desculpe senhor — Josh fechou os vidros rapidamente e esperou que  os portões se abrissem. Estacionou o carro em uma das vagas, Josh abriu novamente a porta para Any e pegou em sua mão  — Já sabe o que fazer não é?

— Sim, na frente de todos aqui somos um casal perfeito e feliz.

— Vejo que fez muito bem o dever de casa, querida — usou a ironia no ‘querida’.

— Fiz muito bem, querido — devolveu no mesmo tom de voz que ele.

Enquanto andavam pelo jardim até a entrada principal, uma das pulseiras de Any caiu e ela se abaixou para pegá-la no chão. Quando se agachou o vestido que já era curto subiu mais ainda e Josh teve uma bela visão de seu traseiro, virou o rosto para não se sentir ainda mais atraído por ela, coisa que já achava tecnicamente impossível. Ela se levantou e eles voltaram a andar como antes, sem trocar uma palavra até entrarem na sala onde os pais de Any conversavam juntamente com mais alguns familiares que estavam lá.

— Any, que saudade minha filha —  Priscila correu até onde eles estavam e abraçou a filha  — parece que você fica mais linda a cada vez que vem aqui.

— Não exagere mamãe, não sou bonita, não precisa falar que sou só por conveniência.

— Mas não falo isso por ‘conveniência’ você é linda sim. E você, Josh? Acho que precisa colocar um pouco de autoestima na sua mulher.

— Mas eu faço isso, não faço amor? Any é bajulada todos os dias como uma rainha.

— Espero que seja assim mesmo que trata a minha filha — Silvio, o pai de Any, se intrometeu na conversa  — ela deve e merece ser tratada como tal. Afinal foi isso que me prometeu quando entreguei ela a você no altar, certo?

— Sim... — Josh se sentiu mal, desde pequeno aprendera a honrar compromissos e promessas e bem… não era o que havia feito nos últimos anos.

— É verdade, Josh é um verdadeiro cavalheiro e nos amamos muito — Any se intrometeu na conversa e deu um beijo na macia bochecha de Josh. Que deu graças a Deus por ela se intrometer na conversa  — E o que temos para o jantar?

Passaram o resto da noite conversando entre familiares e amigos, a mesa estava cheia e todos conversavam animadamente. As vezes ‘sem querer’ Josh colocava a mão sobre as coxas dela ou a abraçava pela cintura, deixando Any um pouco desconfortável com a situação.

CONTINUA.