Parece que em meio tanto carinho e desprezo me achei
Uma alma morta vagante pela terra de ninguém
Me sinto em um cemitério de almas vagantes
Um cemitério de zumbis falantes
Me sinto morta por dentro as vezes fico vazia e cheia
Minha pele arde minha cabeça vai e volta dói e lateja
Minha alma grita nas profundezas do meu ser
Enquanto choro silenciosamente nesse banheiro
Paranóias atrás de paranóias me sinto perdida em um limbo
Aonde é escuro e nublado e a minha mão ninguém vê para puxar e me dar abrigo
Estou perdida nos meus pensamentos mais obscuros
A minha vontade é de me fazer um furo
Tô tão solta e presa ao mesmo tempo que parece que têm soldados me segurando, me levando ao império
Meu peito está tão apertado que digo Que quanto mais pensar em tudo eu mais vou pra baixo, mais me perco no limbo
Eu grito socorros
Socorro!!!
Mas ninguém me escuta
Eu peço ajuda a Deus, a espiritualidade ou até ao Buda
Me sinto cada vez mais distante de mim mesma
Parece que estou sendo levada pela correnteza
E esse peso pesado que carrego em minhas costas
Me sinto incurvada e com torcicolo me deito
As noites têm sido cada vez mais difíceis
Pra dormir é complicado e ainda mais sozinha nesse inferno
Eu quero morrer
Quero morrer eu me digo
Mas penso nele e penso nos meus futuros filhos
Mesmo que pareça que tudo não vá dá certo
Eu penso positivo pois perto dele eu me sinto eu mesma
Eu tô morrendo
Eu tô desfalecendo
E na minha última suplica
Último suspiro
Eu desejo a todos vocês
Um ótimo velório meus amigos.