DEVIL TOWN // PJM

segundo dia no inferno, LITERALMENTE

Meu segundo dia nesse mundo, e hoje eu pretendo ficar em casa, não quero me encontrar com aquele ser novamente, o que será esse mundo? E como eu entrei aqui? nada faz sentido, será que meus pais sentiram a minha falta? Ou até mesmo a Eun ji e os outros.

–Porque logo eu? Eu poderia estar na minha casinha fazendo muitas coisas.

Quer dizer, eu to na minha casa, mas com toda certeza não é a mesma, o que eu vou fazer aqui sozinha cercada de demônios? mas, parando para pensar, se tem demônios, pode ter anjos também?! Bom, acho que não quero saber isso.

(...)

A noite se aproximava e eu estava indo em direção ao meu quarto, porém escuto um ruído vindo do... Céu?

–A não, era só o que me faltava.

Fui até a janela para ver o que estava acontecendo, mas acho que não foi uma boa ideia, o céu estava todo vermelho, alguns seres voando e brigando entre si e a lua também estava com o tom bem avermelhado e brilhante, uma explosão tinha acabado de acontecer me fazendo fechar a janela rapidamente e correr para a minha cama, eu só sabia chorar, não sei o que pode acontecer se algum desses seres conseguirem entrar aqui, eu estaria completamente ferrada.

Ouço batidas na porta de casa e levanto totalmente assustada indo em direção a ela, esses seres não sabem bater na porta né? no meio do caminho acabo pegando uma vassoura para me defender, eu sei, não vai adiantar em nada mas eu tenho que tentar, fui chegando mais perto da porta e ouvi uns sussurros baixinhos pedindo ajuda, será um humano? mas como?

Toc Toc

– Por favor, se tiver alguém ai dentro, nos ajude.

A voz era masculina, consegui notar o nervosismo em sua voz, eu estava com muito medo de abrir a porta e dar de cara com um demônio, vai que ele se camuflou em um humano? não duvido nada, esse mundo é todo estranho, mas outra voz ecoou através da porta.

– Irmão, desiste, se tiver alguém ai, provavelmente não vai querer ajudar a gente.

Dessa vez a voz era feminina, são irmãos, mas ainda tenho minhas duvidas.

–Tem razão, vem vamos arrumar um lugar para ficar.

Calma, então eles são mesmo humanos? e estão procurando um lugar para ficar? e se eu abrir para eles? talvez eu não fique mais sozinha aqui.- Esperei uns minutos e abrir a porta bem devagar vendo os dois prestes a descer as escadas. eram humanos mesmo!

– ESPERA, EU POSSO AJUDAR VOCÊS.

Os dois se olham relutando um pouco mas logo vinheram em minha direção, percebi que o menino estava com um machucado no braço.

– Como sabemos se podemos confiar em você?

– não precisa confiar em mim, olha o caos que está acontecendo lá fora, querem mesmo ficar ai fora?

Eles continuaram me olhando provavelmente pensando no que fazer, mas dois dos seres desconhecidos apareceram no topo da escada brigando entre si, automaticamente puxei os dois para dentro e tranquei a porta.