Capítulo 10: Ainda Minha Amiga?

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Capítulo 10: Ainda Minha Amiga?

Escrito por: Lee_Black_Lupin

"I've lived so many lives...
and I've never opened a book without that purpose"

- Lee Afonso

(1095 Palavras).

Ponto De Vista Lira...

15 de Agosto de 2004 (Domingo)

- Luna, como já foi dito eu sou seu avô,- Black disse. - És filha do meu filho, o mesmo que eu achei que tinha morrido com pouco mais de alguns meses de vida. 

- Por que achou que ele estaria morto?- Luna perguntou.

- Estávamos em guerra,- ele explicou.- Minha esposa, junto da família dela foi atacada pelo exercito de um homem horrível, e não houve sobreviventes, eu achava, meu filho sobreviveu, pois ele não estava lá, foi posto em um orfanato para não ter que crescer com uma guerra no lado de fora da casa. Acreditem até á poucas semanas que ele estava morto. Até que uma velha amiga, que dá aulas em uma escola para crianças diferentes, informou-me o que tu estavas destinada a estudar nessa mesma escola. 
"E eu e Remus fizemos de tudo para descobrir onde tu estavas, quem era a tua família, - seu olhar passou da Luna para mim.- E o que tinhas vivido.  

Luna olhava para ele com uma cara esquisita. Ela olhou para mim e depois para Lupin, para em seguida voltar para Sirius. 

- "Crianças diferentes"?- Luna perguntou, confusa.

Isso é a sério? Ela poderia fazer enumeras perguntas e fez logo essa?

Black olhou espantado para ela, e olhou para mim como se dissesse algo do género «ela perguntou mesmo isso?».

- Responda-lhe, Black,- disse-lhe. - Luna faz essas perguntas normalmente. 

-Ei!- Ela reclamou.

- Para crianças que não são como muggles,- ele disse.

- Muggles?- Luna perguntou.

- Pessoas como Lira,- ele apontou, Luna ia reclamar por mim, mas Black acrescentou:- pessoas que não são bruxas. 

- bruxas?- Luna tinha os olhos arregalados. 

- Sim, como eu e eles os três,- ele apontou para os Lupin e Tonks. - tal como tu, nunca fizeste algo estranho como mudar a aparência de alguém ou fazer com que algo se parta quando estás com raiva. 

Ela olhou para mim e disse:

- Mas isso pode ser por eu ser uma mestiça?- Luna perguntou.

- Moons,- eu disse.- Nenhum meio-sangue faz os cabelos de Sr.D ficar amarelo néon sem que ele perceba durante uma semana. Ou parte uma janela durante uma discussão que te deixou irritada.
•••••••••

16 de Agosto de 2004 (Segunda)

Ajudei a miúda a se posicionar e a incentivei a disparar, Lana, uma filha de Deméter, que não tinha nem um pouco de jeito no arco e flecha. Ela era simpática, e muito bonita. Os cabelos e os olhos castanhos escuros, cheia de sardas por todo o rosto. Ela  era mais velha que eu, e supostamente seria Luna aqui, mas ela estava lá no cu de judas, a se preparar para encontrar o avô.

Isso tinha-me preocupado muito, Luna era a minha família, a única que eu confiava, e eu era a família dela, daria a minha vida pela dela se fosse necessário. 
Só que agora é diferente. Luna encontrou sua verdadeira família. Que a procurou e fez com que se conhecessem.

Em breve, Luna provavelmente iria-me deixar, como toda a minha família tinha feito, então decidi que me afastaria, para que não doesse tanto. 

Terminei de dar a aula e fui ter com Annabeth, ela lia um livro, provavelmente de arquitetura, á sombra de uma árvore. 

Quando me viu a chegar perto franziu a testa e disse:

- Aconteceu alguma coisa, Lira?- Annabeth chegou-se para o lado e deixou-me sentar ao pé dela. Eu o fiz.

- Nada,- ela franziu a testa, claramente sem acreditar, mas não comentou nada. 

Ela deixou-me por a cabeça no colo dela, e eu pedi que ela começasse a falar de arquitetura. Anne o fez, com um brilho lindo nos olhos cinzentos.

Em dado momento, a concha do jantar tocou. Nós duas fomos para o refeitório, quando me sentei na mesa de Hermes procurei Luna. Não o devia fazer, mas fiz. 

Ela não estava lá, provavelmente já teria ido para a casa do avô e eu estaria á próxima semana sozinha. 

Mal toquei na comida, não o consegui. 

Fui me deitar mais cedo que o costume, hoje era o segundo dia que o acampamento estava com quase ninguém. Isso significava que poderia dormir e não ficaria incomodada com o barulho, como se isso me incomodasse.

Tive um sonho esquisito, mas familiar. 

Estava no campo de papoilas, o homem loiro estava lá. Ele levantou os braços, oferecendo-me um abraço. Eu o aceitei, abracei-lhe com força, e senti que iria começar a falar. 

Eu não sabia o porquê, mas esse homem me fazia sentir segura, a maioria dos meus sonhos eram passados aqui com o homem.

Nos sentamos no chão e eu comecei a fazer uma coroa com as papoilas, enquanto ele me perguntava o que tinha acontecido.

- Luna encontrou sua família de sangue,- eu disse,- ela vai conhece-los, e passar uns dias com eles.

- E tu estás com medo que ela te deixe?- Ele perguntou.

Eu concordei, fungando um pouco.

- Ela não vai te deixar, minha flor,- ele disse, passando-me uma papoila.- Luna é a tua família, não é?

- Sim, mas isso não significa que Luna sinta o mesmo, senhor.- Eu respondi, fazendo mais um nó. 

- Ela sente, minha flor,- o homem sorriu.

Eu terminei a coroa de flores e coloquei na cabeça loura do homem. Ele sorriu e agradeceu. 

- Está muito boa, minha flor,- ele disse.- Melhoras-te muito. 

Sorri com isso, ele me ensinara a fazer essas coroas, em uma das conversas que tivemos.

- Voltando ao assunto principal,- o homem disse,- Luna não te vai deixar. Sempre vais ser uma irmã para ela. 

Eu fiquei um tempo calada, começando a fazer outra coroa de flores. 

- Acha?- murmurei.

- Não,- ele disse. Parei o que fazia e olhei em pânico para ele, mas o mesmo só sorriu calmamente e continuou:- Tenho toda a certeza, minha flor.

- Como tem tanta certeza?- perguntei. 

- Lira, minha flor,- ele disse, colocando a coroa, que tinha acabado de fazer, na minha cabeça.- Á certas coisas que simplesmente não podes dizer que não tens certeza.

Ele sorriu e eu simplesmente acordei. O sol entrava pela janela, Luke estava ao lado do armário, estava a vestir a camisola do acampamento.

Ele olhou para mim e sorriu: 

- Bom dia, Lira,- ele disse a sorrir.

- Ah... Bom dia,- murmurei. 

- Não te demores, se não perdes o pequeno almoço- Luke disse. 

Eu me levantei e fui fazer a minha vida, estava disposta a fazer com que não pensasse em Luna.

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Tradução da frase do começo: Já vivi tantas vidas... e eu nunca abri um livro sem esse propósito

Postado: 6/3/2022 

A Prinsesa E A Bruxa 1 • Caminhos Cruzados.Onde histórias criam vida. Descubra agora