Love Story - Albether

Primeiro

De uma forma desconfiada, albedo não fazia questão de passar confiança para ninguém. Preferia ficar na sua, observando algumas pessoas em Mondstat quando se sentia só, ou se isolava em algum canto. Em dias congelantes como aquele, se sentava em baixo de uma árvore solitária e desenhava flores em seu caderno. Rabiscava uma flor doce que congelava perto do lago congelado no caderno, o som doce de sua voz fria era acompanhado pelos pássaros do frio que cantavam em busca de companhia.

- Albedo! - Se pode ouvir passos na neve e logo depois um barulho um pouco mais alto.

Deixou o caderno e o lápis de lado para se levantar e ajudar o viajante que havia escorregado na neve alta, o loiro segurou com firmeza nos cotovelos do outro o ajudando a levantar, recebendo um sorriso meigo de agradecimento. Os olhos curiosos do viajante examinou o rosto pálido de albedo, notando um possível sinal de expressão de..tristeza?

- Traveler..o que te trás aqui?

- Bom, estava me sentindo só e com toda essa neve é um pouco difícil encontrar uma boa aventura! - Seus olhos se fecharam em um sorriso, o viajante exalava seu sorriso bonito. - Então eu vim procurar companhia com a melhor pessoa.

Aether podia sentir o toque de albedo queimar em sua pele como fogo, era quente mesmo naquele inverno intenso. Albedo carregava dentro de si uma chama de fogo quentinha e aconchegante, por isso seria uma ótima companhia no inverno. Além de ser uma ótima pessoa para conversar.

- Vamos para dentro do chalé então, está mais quente para você. - Albedo se virou e recolheu seus materiais antes de estender a mão para Aether, este que aceitou o toque e segurou em sua mão, entrelaçando seus dedos, o que deixou Albedo com suas bochechas levemente rosadas.

Ambos foram para dentro de um pequeno chalé ali perto, caminhavam em silêncio. Aether pedia aos céus para que Albedo não pudesse escutar o seu coração acelerado, tentava controlar ao máximo sua respiração.Paimon estava a semanas o dizendo que deveria assumir logo seus sentimentos pelo alquimista, mas era tímido demais para isso. Porém seu coração implorava todos os dias pela presença do mais novo, o que lhe fez juntar sua coragem e ir atrás do mesmo. Enquanto Aether tinha seus pensamentos apaixonados descontrolados, Albedo tinha sua mente vazia, vez ou outra notava suspiros vindo do outro mas tentava não se importar muito.

Entraram juntos no chalé e tiraram a neve das botinas antes de entrarem. O ar quentinho fez Aether sorrir como uma criança feliz, seu sorriso era tão meigo que contagiou Albedo. Ambos se sentaram no pequeno sofá, não muito próximos, mas o alquimista notava o nervosismo do viajante apenas por sua perna que não parava de se balançar.

- Traveler.. - Albedo pensou bem no que dizer antes de abrir a boca - Se aproxime um pouco, você parece com frio, talvez o calor do meu corpo te aqueça.

Não precisou que o alquimista pedisse duas vezes, Aether se aconchegou em seu corpo, deitando a cabeça em seu peito. Albedo pode sentir suas bochechas coradas novamente, porém, passou o braço pelo ombro do outro e pode sentir o quão gelada sua pele estava. Já Aether conseguiu escutar o coração do alquimista se acelerar cada vez mais, se sentiu paralisado ao escutar um som tão bom quanto a voz fria do loiro. Albedo tinha um cheiro diferente, não ruim, era como giz, como uma flor. O viajante sentia vontade de enfiar o rosto em seu pescoço apenas para sentir aquele cheiro de uma maneira mais profunda e descobrir o que exatamente ele era.

- Parece estar mais frio que o normal. - A voz limpa do alquimista finalmente chegou aos seus ouvidos - Seu corpo está gelado.. - Albedo se afastou apenas para tirar seu casaco grosso e puxar Aether para perto novamente, colocou o casaco sob o ombro de ambos. Seus rostos estavam próximos de uma maneira tentadora naquele momento, podiam sentir o hálito quente um do outro tocando seus lábios. - Ficaremos mais quentes assim, posso sentir sua pele se esquentando.

- É confortável o suficiente - O viajante encostou sua testa fria na bochecha quente do alquimista, se envergonhou mas não o suficiente para se afastar e logo foi acolhido pelos braços quentes de Albedo.

Toda aquela situação era confortável o bastante para ambos, poderiam descansar juntos ali, Albedo podia confessar que estava entendendo o que acontecia com Aether, mesmo sem o viajante confirmar, ele conseguia sentir o nervosismo, o coração acelerado, os suspiros.. tudo aquilo indicavam apenas a uma coisa e o alquimista confessava para si mesmo que gostou de saber daquilo. Ele tinha Aether.

*

Naquele dia, ficaram juntos até o anoitecer. Albedo tinha em seus braços o jovem adormecido que babava pouca quantidade de saliva, era fofo de se ver e não estava se importando com sua roupa. Se sentia feliz de saber que o outro estava tendo um bom sono deitado sobre si, aos seus carinhos. Aether o fazia se sentir, amado. Diferente da situação que estava antes, se sentia solitária, sozinho o suficiente para se revoltar e destruir todos. Mas todo aquele sentimento de rancor, raiva, solidão se esvaziou com a presença do viajante. Ousou tocar os fios loiros do viajante em um carinho singelo, mas assim que o carinho se iniciou o garoto começou a tremer e pequenas lágrimas começaram a escorrer de seus olhos. Ele murmurava o nome da irmã.

- Aether.. - Albedo tocou seu rosto e o viajante acordou assustado, estava deitado sobre o corpo do alquimista.

Antes que pudesse responder algo, a mão quente de Albedo tocou seu rosto, acariciando sua bochecha, limpando algumas lágrimas que ainda escorriam por seu rosto. O viajante se sentia hipnotizado novamente pelos olhos azuis cristalino, não conseguia segurar dentro de si mais toda aquela paixão pelo alquimista. Segurou suavemente em seu rosto e o beijou com ansiedade, o medo de ser empurrado e brutalmente rejeitado era enorme, mas não se fez mais presente ao ter o beijo retribuído pelo alquimista. Uma mistura de ansiedade e euforia, era o que Aether sentia cada vez mais. Suas línguas finalmente se tocaram que deslizaram-se uma na outra, o sentimento era tão bom que se afastaram apenas pela falta de ar.

Um silêncio tomou conta do local e ambos apenas se encaravam com as bochechas coradas como tomates.

- Volte a dormir, viajante.. - Albedo segurou a cabeça de Aether e o fez deitar novamente sob seu corpo, com a cabeça em seu peito. - Você parece cansado, descanse.

Aether não poderia dormir com toda aquela euforia em seu peito, porém se forçou a fechar os olhos e tentar dormir. Até sentir as mãos do alquimista começarem um carinho em seu rosto, alternando de seu cabelo para sua bochecha. Se sentiu mais eufórico ainda, porém não resistiu descansar nos braços de seu amado então, adormeceu.

- Notas finais -

Bem soft.
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