Epílogo: O COMEÇO DO FIM

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Sinceramente, acho essa a parte mais chata da história, mas depois de alguns meses vocês merecem saber. Então vamos lá, como e porquê tudo aconteceu?

Já vou deixar avisado, nosso relacionamento nunca foi o mais normal e romântico, mas isso vocês já devem imaginar. Bom aquele dia, o dia em que eu o conheci, Isaac era só um garoto besta naquela festa que nem sabia beijar (muito menos foder) ele não tinha nada demais, mas a bebida e aquelas luzes irritantes do bar me fizeram enxergar alguma coisinha minimamente atraente naquele cara. Conversa vai, bebida entra e fomos pra um banheiro - a famosa rapidinha - um caos graças a ele, saí de lá nunca mais querendo ver a cara dele e aí que começa o problema.

3 dias depois, o aniversário do meu pai chegou e a incrível esposa nova dele seria apresentada para mim pela primeira vez, na verdade não foi só ela: SURPRESA! Ela tem um filho, dois anos mais novo que eu, de um outro casamento fracassado assim como o do meus pais, e adivinhem? Exatamente, Isaac, o estranho da balada que transei bêbada agora era apresentado como meu ˜irmãozinho˜ (UHG!). Tentei evitar ele a noite toda, mas obviamente ele não tentou o mesmo, será que é tão difícil esquecer a primeira vez?!

- Finalmente consegui te encontrar sozinha.

- Não sei se percebeu, mas meu intuito era que não conseguisse.

- Suspeitei, mas e aí maninha?

- NÃO ME CHAME ASSIM, ECA!

- Hahaha não é porque a gente transou que não podemos nos chamar assim.

- É exatamente por isso que não podemos, esquisito.

- Ta, como prefere que eu te chame?

- Que tal fingir que eu não existo, mais fácil!

- Na verdade, agora vamos ter que conviver, querendo ou não.

- É, pelo visto você puxou a insuportável da sua mãe.

- Já vi que você ama a madrasta, né?!

- Sim, se ela precisasse tirar um rim eu certamente faria isso para ela.

- Doar o seu rim?

- Claro que não, tirar o rim dela.

- OH! Acho que você esqueceu que eu sou filho dela.

- Impossível, maninho.

- Você pode falar, eu não... OK.

- Vou beber alguma coisa para suportar o resto dessa noite e você.

Depois disso só o vi quando foi sair e se despediu com sua amada mamãe. Passamos mais alguns meses sem de fato nos vermos, até minha banda preferida vir para a cidade, eu fui ao show com meus amigos e eles estava lá, alguma coisa nele realmente tinha mudado - talvez a puberdade o tivesse feito bem - e a bebida realmente desce estranhamente em mim, oque me fez cair na tentação daquele irmãozinho novamente e dessa vez o garoto parece ter praticado! Já sabia como fazer uma garota gemer e outras coisinhas mais...

- Olha você parece ter praticado - Eu disse saindo do colo dele.

- Achou que você seria a única para sempre, maninha?

- Você consegue estragar tudo!

- KKKK Desculpa gatinha, não podia perder a piada. Mas e aí, como vai a vida?

- Não precisa agir como se importasse, nós só transamos.

- E você não precisa agir como se não se importasse com nada. Sério, daqui a 2 meses nossos pais irão oficialmente estar casados, sabe que vamos conviver, não é?

- Não necessariamente, eu não moro com meu pai. E se depender de mim, nossos encontros não passaram de banheiros químicos de baladas.

- Você gosta que eu sei, era você que tava gemendo meu nome para todo mundo ouvir há alguns minutos.

- E não passa disso. Obrigada pela foda, Isaac.

- De nada, maninha. - Ele falar isso se tornou estranhamente sexy naquele momento.

E passou a ser cada vez mais, ele estava certo passamos a conviver (e transar) mais do que eu esperava, entre jantares de família e passeios no parque o sexo ficou frequente e eu caí naquele charme duvidoso. Até o casamento dos nossos pais obviamente ninguém sabia sobre esse caso entre "irmãos" e nem aceitariam, caso soubessem, mas naquela noite o safado estava tão tentador em um terninho azul escuro que eu não resisti e chamei ele para atrás do palco do salão.

- Péssima ideia, dona Lea. - Ele falou enquanto eu abria o zíper da sua calça, que já aparentava o volume do seu tesão.

- Não é o que seu membro está expressando. - Eu disse passando a língua sob o seu pênis.

- Ah! Assim eu não resisto... Vem cá, safada! - Ele me pôs sobre uma mesa jogada por lá, me abraçando fortemente e adentrando cada vez em mim, cuja pele já deslizava de prazer.

- Não era para estarmos fazendo isso, mas seu pau é tão saboroso, maninho!

- Sua putinha safada, gosta de sentir seu irmãozinho te fodendo é?

- Adoro! Agora me fode de verdade, como só você sabe. - Entre estocadas fortes e um ritmo intenso chegamos juntos ao orgasmo pela primeira vez. - Essa definitivamente foi nossa melhor transa!

- Já percebi que você gosta da adrenalina, agora vamos voltar para a festa, já devem ter percebido nossa ausência.

- Relaxa, eles acham que somos só bons amigos unidos pela irmandade desse casamento fajuto.

A partir desse dia, nosso relacionamento foi ficando cada vez mais intenso e até indiscreto, nossos pais passaram a evitar falar sobre nossa "fraternidade" e tentavam nos manter distantes, claro que isso não foi o suficiente. A essa altura já tínhamos desculpas o suficiente para nos vermos escondidos e não havia impedimento o suficiente para o tesão que sentíamos um pelo outro. Até que as rotinas estudantis da faculdade retornaram e aí é que não podíamos nos ver com a mesma frequência, o caçula era estudioso e dedicado demais para faltar às aulas quando eu queria trepar, então decidimos finalmente assumir um namoro, sério e monogâmico como os antigos faziam, mas foi uma boa solução. Depois de chocar toda a família daquela mulherzinha que meu pai arranjou, foi bom poder estar com ele sempre que queria, ele se tornou um cúmplice perfeito para as minhas fantasias mais obscuras e aquele garoto aprendeu direitinho a me fazer ficar com as pernas bambas.

Aquele apelido de maninha era um gatilho pra me fazer chegar ao ápice e Isaac aprendeu direitinho a usar nos melhores momentos, foi aí que começamos a fantasiar o dia em que nos vingaríamos daqueles olhares tortos da família e colegas da faculdade, qual é, faz quase um ano que estamos juntos e ainda não superaram?! Sinceramente a minha paciência estava bem curta e meu amado já esboçava um desejo tão profundo quanto o meu, foram dezenas de fodas fantasiando os corpos pelo salão - a nossa valsa perfeita - nunca chegamos a tentar nada parecido, não em pessoas além de nós dois. Nosso sexo passou a ser repleto de mutilações e isso me deixava doida de tesão, a combinação dele me chamando de maninha e eu sentindo o sangue escorrendo das suas costas me faziam chegar ao céu e a brincadeira passou a ser mais frequente até que o desejo de sucumbir essa fantasia estava impossível de guardar. Noivamos, 2 anos depois de assumir o namoro, mas é claro que os comentários sobre nosso relacionamento só pioraram e esse foi o maior contento para a gente, o plano estava escrito em nossos corações há algum tempo, não pedimos presente nenhum para o casamento, somente a presença ilustre de todos aqueles nomes escolhidos, a valsa seria perfeita e o ritmo da dança vocês já conhecem bem.

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