Capítulo Único;

1.3K 102 106
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

18 DE FEVEREIRO

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

18 DE FEVEREIRO

Como jornalista, sempre fui treinada para ter uma boa memória e cada momento da minha vida foi guardado. Lembro-me da primeira vez que tomei sorvete, da primeira vez que pisei no escritório de um jornal esportivo, da primeira vez que assisti uma corrida e obviamente, me lembro da primeira vez que coloquei os olhos nele. Não que fosse difícil esquecer, o homem tem quase dois metros de altura e uma confiança de dar inveja. Nossa primeira conversa foi, em suma, apenas sobre seu sotaque, que eu achei adorável desde o primeiro minuto.

Mas resumidamente, lembro-me de tudo, especialmente dos momentos com ele.

De seu rosto ao me ver atravessando o salão, vestida em branco, para então me aconchegar em seus braços.

De todas as nossas escapadas pelo paddock, quando a sensação de estar longe dele era dolorosa demais para esperar mais algumas entrevistas.

E então aqui estamos.

A luz da lua entra pelas persianas acinzentadas, das quais me lembro de ter implicado nas primeiras noites que passei aqui. Agora tudo parece natural e encaixado, como sua respiração em meu ouvido e seus dedos firmes em minha barriga.

Minha barriga. Eu estou verdadeiramente nervosa e ao mesmo tempo, quero gritar para Nova York inteira.

A água da banheira começa a esfriar e Torger deixa um beijo casto em meu ombro. Acompanho-o vestindo meu roupão ao levantar, sentindo um pouco de tontura ao erguer a cabeça. Não sei como ele ainda não percebeu, eu sou péssima em guardar segredos.

— O que foi, schatzi*? — pergunta, encaixando a cabeça no meu pescoço e sinto os mesmos arrepios como se fosse a primeira vez que fazemos isso.

É isso, eu preciso contar.

Levo minha mão até seu cabelo, enroscando os dedos nos fios escuros e molhados, e prendo a respiração antes de abrir a boca para finalmente contar o que vem me incomodando há uma semana.

Entretanto, eu estou assustada, eu sei que é uma situação delicada... Talvez não seja o que ele queira no momento e eu não gosto nem de pensar na possibilidade de ele me deixar, justamente no dia do meu aniversário.

Também tem parte de mim que questiona minhas habilidades, como pessoa e agora como mãe... É demais para mim, e se eu não conseguir? E se eu for uma péssima mãe?

— Ei, você sabe que pode me contar qualquer coisa, sim? — Viro meu rosto em sua direção, soltando-me de seu abraço para olhá-lo nos olhos. Concordo rapidamente, minha garganta está um pouco seca. — Não há nada que você diga que vai me fazer te amar menos.

— Eu estou grávida, Toto. Vamos ter um bebê — falo de uma vez.

Toto para por um instante, e então abre um sorriso largo em minha direção. Sinto que vou chorar.

— Eu sabia! — exclama, segurando meu rosto em suas mãos, e me envolve em um beijo calmo. Minha cabeça flutua ao sentir sua mão em minha barriga. — Por que não me contou logo? Deus, Lua! Eu vou ter um filho!

Eu sei que meu rosto está todo retorcido tentando não chorar, mas foi uma missão impossível continuar me segurando quando meu marido se abaixou, um pouco desajeitado pela altura, e colocou a lateral do rosto em meu ventre, como se tentasse ouvir algo de dentro.

— Ei, menininho...

— Pode ser uma menina — falo, limpando o rosto, o sorriso nunca deixando meus lábios.

— Ei, você...zinho... Eu nunca pensei que poderia amar alguém como amo sua mãe, mas agora sinto que esse amor é muito maior do que aparenta e nele cabem vocês dois.

— Toto... — E mais uma vez eu chorava e soluçava pelas suas palavras.

Quando nos casamos, no ano passado, eu nunca imaginei que ele poderia ser tudo o que eu precisava, em todos os momentos.

Ele é tudo o que me completa. É como uma mansão com uma vista linda, mas de decoração delicada. Me aconchega, me protege e pode ser cedo demais para dizer isso, mas ele é a minha melhor parte, e eu o quero comigo pelo resto da minha vida.

Porque eu gosto de você — declara, daquele mesmo modo de sempre.

Porque eu amo você — respondo, apertando meus braços em sua cintura e ele acaricia minha bochecha.

— Eu te amo, Schatzi.

🌻

"Noite longa, com suas mãos no meu cabelo

Ecos de seus passos na escada

Fique aqui, querido, não quero te compartilhar"

— Delicate, Taylor Swift.

Schatzi = querida (alemão)

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Schatzi = querida (alemão)


Delicate [Toto Wolff] ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora