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Olá, voltei rápido!

Vamos lá... capítulo pequeno e ponte para os próximos acontecimentos....

Boa leitura rsrs

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Olharam-se como se estivessem num sonho, ou talvez pesadelo pra Sheilla. Marianne sempre teve um corpo bonito, os olhos claros expressivos. Era linda e tinha charme, e sabia muito bem usá-lo.

- Quanto tempo? – Marianne perguntou.

- Pois é... – Sheilla queria sair correndo dali ao mesmo tempo em que queria mostrar tudo o que tinha conquistado na vida e esfregar na cara dela.

- Te vi na televisão, você está morando no Rio agora?

"Agora?!" – pensou a chef.

- Moro aqui há anos, depois que saí de casa.

- Está sozinha? Vamos jantar e colocamos o papo em dia?

Sheilla teve vontade de dar um soco na cara dela, depois de anos, de abandoná-la e traí-la, agora queria colocar o papo em dia. Era muita cara de pau.

- Não posso, estou ocupada, só vim comprar um remédio.

- Se sente mal, o que aconteceu? – a mulher tocou o braço dela tentando ser gentil.

Sheilla se esquivou num gesto brusco e fechou o cenho.

- Não encosta em mim. Dá licença, preciso ir.

Pegou o remédio e saiu sem nem pegar o troco. Entrou no prédio ainda tendo cuidado para que a outra não a visse, não queria ninguém atrás incomodando. Seu coração disparou e suas mãos estavam trêmulas. Sabia que se um dia visse sua ex se sentiria assim. Respirou fundo e aos poucos foi voltando ao normal. Não queria entrar no apartamento daquele jeito, Gabriela ia perceber logo de cara. Antes de subir pro quarto lavou o rosto no lavabo. Quando entrou, viu a morena deitada de lado, abraçada num travesseiro. Colocou a mão na testa dela e percebeu que estava bem quente.

- Ei querida, trouxe o remédio. – entregou o copo com água e um comprimido. – Comprei um termômetro, não sabia se você tinha. – deu a ela pra medir a temperatura.

Gabriela já estava visivelmente abatida. Sheilla ficou penalizada e de certa forma se sentia culpada, afinal estava assim por sua culpa.

- Tá vendo, por causa de um pneu você ficou assim.

- Poderia ser por qualquer coisa, não deixaria você na mão.

- Se tivéssemos chamado o seguro, você não estava gripada.

- É bom que assim eu ganho colo. – fez bico pra dramatizar.

- Ah, você ganha colo sempre.

Sheilla se ajeitou na cama e fez Gabriela deitar com a cabeça em seu peito. Instantes depois tirou o termômetro e realmente ela estava com muita febre.

- A febre está um pouco alta. Trinta e nove. O remédio vai ajudar. Está sentindo mais alguma coisa? Quer que eu faça algo pra você comer? Não quis comer o pão.

- Não, só sinto dor no corpo mesmo. Quero colo, isso vai me fazer bem. – falou fechando os olhos e abraçando a mais nova.

Sheilla beijou o topo da cabeça dela e ficou fazendo carinho em suas costas até que Gabriela acabou dormindo. Ficou pensando no encontro com Mari e qual seria a chance de encontrar com ela de novo? Não sabia se torcia pra isso acontecer ou se rezava para não vê-la outra vez. O sentimento de vingança que tinha no coração havia diminuído depois que encontrara Gabriela. Antes, quando estava só, nenhum dia se passava sem que ela se lembrasse da ex, com ódio, rancor, sentimentos ruins misturados numa vontade de esfregar toda sua trajetória na cara dela. Nem se deu conta de que tudo isso havia dado lugar para o amor. Olhou pelo vidro da porta, a chuva tinha diminuído e agora caía uma garoa, que esfriou ainda mais o tempo. Dormiu abraçada a ela, num sono tranquilo, seguro e bom.

Unbreak My Heart - [SHEIBI]Onde histórias criam vida. Descubra agora