01

834 93 126
                                    

POV: MEREDITH

Hoje seria o primeiro dia de aula. Meu último ano na escola.

Essas férias foram um saco.
Passei com a minha mãe, quer dizer, praticamente sozinha. Ela não tinha tanto tempo pra mim, passava mais tempo nas reuniões do que me dando atenção.
Um saco!
Hoje eu voltaria para a escola. Espero que esse último ano, seja o melhor.

Já estava terminando de me arrumar para descer e tomar café.
Olhei no celular e vi que marcava 6:20.
Daria tempo de tomar café tranquilamente.

Terminei de ajeitar meu cabelo e fui colocar meus sapatos.

Peguei meu suéter preto e coloquei por cima da roupa.
Peguei o blazer que faz parte do uniforme e coloquei no braço.
Coloquei minha mochila nas costas e peguei minha mala.

Eu passo o ano todo na escola, só saio nos finais de semana, ou quando tem um jantar importante da família. Caso contrário, estudar o tempo todo.

Desci as escadas, coloquei a mala na sala e segui para a cozinha.

Minha mãe estava sentada tomando café, e para minha surpresa, Carina também.

Corri para abraçar Carina, que depositou um beijo demorado em minha bochecha.

- Ciao amore mio- Carina falou quando me sentei.
(Olá, meu amor)

Sorri e virei para minha mãe que não tinha a cara muito boa.

- Buongiorno mamma - Falei colocando a torrada na boca.
(Bom dia, mãe)

- Lhe darei 10 minutos para você estar pronta. Hoje você entrará as 7h, e você sabe que o caminho até lá é um pouco longo. - Falou sem me encarar - Espero que não demore, senão, irá de pé. - Falou se levantando da mesa.

- Ok, mãe - Falei abaixando minha cabeça.

Carina segurou a minha mão e eu olhei pra ela. A mesma suspirou e começou a falar:

- Mer, você não pode deixar a mamãe falar a todo minuto com você dessa forma, meu amor. Você tem 18 anos, é dona do próprio nariz.

- Fala isso pra ela, Carina. Essa mulher faz questão de puxar o meu saco. Eu tenho 18, mas infelizmente tenho que respeita-la. Ela me dá tudo, se eu falar algo, é capaz dela me deixar o tempo todo na escola e cortar tudo o que eu tenho tenho direito - Falei olhando pra ela.

- O papai não deixaria, Mer. Você tem 18 anos, mas ainda mora com ela. Ela tem direito de te dar as coisas.

Quando eu iria abrir minha boca, escutei a voz da minha mãe.

- Meredith, ainda está aí?Vamos, agora! Eu tenho uma reunião e preciso deixar você na escola, vamos - Falou rude.

Assenti e me levantei.

Dei um beijo na bochecha de Carina que me desejou boas aulas e segui para a sala.

Olhei para a cozinha e vi minha mãe dar um beijo na testa de Carina e acariciar seus cabelos.
Suspirei triste, peguei minha mochila e segui para fora.

Já dentro do carro e seguindo para a escola, eu imaginava como seria meu último ano. Eu esperava de coração, que fosse o melhor.
Eu estava sentindo que algo irá mudar.
....

Desci do carro e revirei o olho.

Mamãe colocou as malas para fora do carro e falou:

- Espero que eu não tenha problemas com você, mocinha. Não quero pisar nessa escola para resolver nada seu, entendeu? - Ellis falou me olhando de forma severa.

Professora Montgomery-MeddisonOnde histórias criam vida. Descubra agora