No final do ano de 2019 e início de 2020, uma pandemia global se apossou de cada centímetro sobre a Terra, obrigando todos a se manterem em suas casas, cumprindo quarentena e lockdown para a segurança populacional humana. Na Tailândia não foi diferente e, um certo casal de ex inimigos mortais e atualmente namorados secretos passava o fim do mês de novembro de 2021 juntos em um modesto, porém confortável, apartamento alugado pelos dois, depois do aumento de casos e da ameaça de uma possível nova onda. Eram vizinhos desde o nascimento, entretanto, não poderiam passar esse período em suas respectivas casas, já que as famílias se odiavam, sendo essa a causa de seu amor em segredo, então decidiram dividir um apartamento apenas para eles enquanto passavam pelo momento de lockdown.
Tinham acabado de vir de uma viagem para colocar os sentimentos em ordem, a qual chamaram de Lua de Mel, quando abriram o coração pela primeira vez completamente e foram totalmente sinceros e honestos um com o outro. Ao retornarem, mentiram para os familiares e amigos — exceto para os melhores amigos e a irmã de um deles — sobre o fim do relacionamento, quando então, a ameaça de uma nova onda de casos foi mencionada. Os dois disseram aos familiares e amigos que alugariam um apartamento para si apenas, com o intuito de se concentrar melhor nos estudos e projetos. Ao todo, não era mentira, já que dedicavam boa parte do dia aos conhecimentos acadêmicos. Só não mencionaram que morariam com mais alguém, sendo essa pessoa, o filho do vizinho inimigo. E, no fundo, queriam passar um tempo junto, apenas os dois.Aquela era uma tarde de domingo. Pela vista da janela aberta da sala de estar do apartamento, o tempo estava parcialmente nublado e algumas gotas de chuva pareciam ter pressa para logo caírem. No sofá acolchoado e amarelo de frente para a televisão, se encontrava em sono leve e agradável Pran que adormeceu com o notebook sobre o colo enquanto estudava depois do almoço. Ainda estaria na mesma posição, se Pat não guardasse o aparelho e ajeitasse o namorado confortavelmente no móvel de modo que ficasse deitado e melhor posicionado.
Pat Napat Jindapat, estudante de engenharia, sorriu ao ver o namorado em sono profundo. O achou fofo e não demorou muito para ter uma de suas ideias para agradar Pran Parakul Siridechawat, ou como preferia pensar, aquele que dividiria o sobrenome consigo ou aquele com quem dividiria o próprio nome familiar. Ainda não havia se decidido. Sorriu arteiro e antes de pôr o plano em ação, buscou um cobertor para cobrir o amado, beijou-o na testa tendo os olhos brilhando de amor como sempre e seguiu para a cozinha.
Após algum tempo, Pran foi despertado pelo olfato. Os olhos embaçados e o rosto inchado foram recobrando a consciência conforme o cheiro de sua comida favorita fazia cócegas no seu nariz. Sorriu meio abobado, pois sabia que era Pat o agradando mais uma vez, o que lhe deixava sem jeito e tímido, mas demonstrava de forma romanticamente ácida — ou talvez, acidamente romântica — criticando com suas palavras, mas elogiando com o tom de sua voz e ações. Era seu jeito de demonstrar gratidão, amor, afeto, carinho, companheirismo... tudo isso. E era muito grato por Pat compreender a sua língua do amor.
Sentou-se no sofá e espreguiçou-se. A blusa de gola polo com mangas longas e listrada de branco e azul subiu, revelando seu umbigo e um projeto de pancinha — que começava a se desenvolver desde a pandemia — acima das calças de moletom acinzentadas. Deu uns tapinhas nela, orgulhoso, e sentiu o estômago roncar antes de se levantar ainda sonolento, calçando os chinelos pretos com meias cinzas cobrindo os pés.— Hmm! Que cheiro bom é esse? — Encontrou o outro de costas para si e de frente para o fogão. Não pensou duas vezes antes de abraçar o namorado por trás e o beijar no rosto.
— É o cheiro do seu namorado. — Respondeu humorado e o perguntou com malícia no olhar. — Gosta?Pat, por sua vez, vestia sua camiseta favorita, aquela que tinha os dizeres "Friend" e "Unfriend" estampados, shorts e chinelos pretos com meias brancas
— Não! — Mentiu e ambos sabiam disso. — Você não perde uma, ãh? — Soltou os braços dos arredores da cintura alheia e os descansou na própria, numa postura intimidadora mas, para Pat, era mais que adorável.
— Sabe que não!
— Pervertido de meia tigela! — Deu um leve tapa, porém estalado, mas nádegas do outro.
— Olha, que assim eu gamo ainda mais!
— Vai se tratar!
— Eu te amo e você me manda ir me tratar! — Fingiu estar surpreso e chateado.
— Eu que tenho que me tratar por estar com você!
— "Posso te amar? Quantos pontos vou ganhar?" — Respondeu cantando a canção que sabia que deixava o outro sem graça.
— Para! — O olhou sério.
— "O que eu devo fazer pra ficar com você? Eu de tudo irei fazer!"
— Já pedi pra parar! — Cedia aos risos que forçavam para saírem de seu abdômen. — Essa música de novo, não!
— "Ainda sou novo no amor! Você é meu tutor!"
— Eu vou te deixar sozinho, hein?
— "Não ligo pra quantos pontos fizer! Contanto que estejamos juntos, estarei bem!"
— Tchau! — Se virou, voltando para a sala.
— Ah, não! Não, não, não! Não vai, não! — O agarrou pela cintura e pôs os braços de Pran ao redor de seu corpo novamente, num abraço por trás como estavam antes. — Fica! — Pediu manhoso. — Fica aqui, namorado!
— Vai parar de cantar essa música então?
— Você vai cantar e tocar pra mim?
— Não sei se está merecendo! — Bancou o difícil obviamente brincando.
— "Tudo o que tenho no meu coração é VOCÊ!" — Continuou.
— Tô indo nessa!
— Não, não! "Eu vou ser bom! Vou conseguir meus pontos!" — Desligou o fogão e saiu correndo atrás do outro pela casa cantando e rindo. — "Continuarei na linha e, um dia, ganharei seu coração! Ponha sua mão na minha bochecha e faça isso mais uma vez!" — O puxou pela mão e passou a mesma em sua bochecha, enquanto prendia o corpo do outro pela cintura. — "Quando ganhar meu coração, você estará perdido!" — O prensou contra a parede do quarto. — "Olhos nos olhos e mais próximos ficamos! Dizem que a intimidade é uma benção!" — Pran tentou correr, mas foi capturado novamente e jogado na cama do casal, com Pat o segurando abaixo de si com o peso do corpo e prendendo os pulsos do Siridechawat com as mãos. — "Vamos ficar íntimos e nos beijar! Sem mais pontos, vamos ser um cas...
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E se Pat e Pran passassem por...
FanfictionColeção de imagines PatPran para aquecer os corações dos fãs de 'Bad Buddy Series'! Cada capítulo narrará uma situação diferente do cotidiano dos nossos estudantes de engenharia e arquitetura favoritos, namorando daquele jeitinho que a gente mais go...