03. Dia de Praia

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Forks, Washington

O sol ainda nem havia se levantado completamente quando Perséfone entrou sem cerimônia no quarto de Henrik, já vestida com um jeans escuro e uma blusa de manga longa. Henrik, por outro lado, estava apenas com a calça do pijama, os cabelos desalinhados e a expressão de quem não queria lidar com nada antes de um litro de café.

- Você se move como uma maldita assombração. - ele resmungou, esfregando os olhos enquanto ia até o armário.

- Não, se eu me movesse como uma assombração, você nem me ouviria. - ela respondeu com um sorriso presunçoso, jogando-se na cadeira ao lado da escrivaninha. - E antes que você pergunte, sim, eu já decidi. Vamos cuidar da Bella.

Henrik bufou enquanto pegava uma camisa preta e a vestia.

- Eu sabia. Você não consegue evitar.

- Ah, como se você não fosse fazer a mesma coisa! - Ele olhou para ela pelo espelho e ergueu uma sobrancelha.

- Não sei do que está falando. Eu estava considerando, sei lá... deixar a matilha dos lobos resolver isso. Eles parecem bem entusiasmados com a ideia de proteger a garota. - Perséfone cruzou os braços e estreitou os olhos.

- Você quer mesmo confiar em um bando de adolescentes temperamentais e peludos para manter Bella viva contra uma vampira sádica que claramente tem tempo livre demais? - Henrik suspirou.

- É, não. - Perséfone sorriu, vitoriosa.

Ele terminou de se vestir e pegou um colar de prata, ajustando-o no pescoço.

- Isso me lembra da vez em que tivemos que lidar com aquela seita no Egito... - Perséfone soltou uma risada.

- Você quer dizer aquela que acreditava que podiam nos aprisionar dentro de um sarcófago amaldiçoado? - Henrik apontou para ela.

- Exatamente essa.

- Você deveria ter deixado eu lidar com aquilo.

- E perder a chance de vê-los entrando em pânico quando perceberam que sua 'maldição milenar' não funcionava em mim? Nunca.

- Você fez questão de ficar sentado na tumba deles e fingir que ia passar a eternidade lá só para vê-los desesperados.

- Claro! Foi hilário. - Perséfone revirou os olhos, mas não conseguiu esconder o sorriso.

- Isso ainda não supera aquela vez em Roma, quando achavam que eu era alguma espécie de deusa da guerra. - Henrik gargalhou.

- E você não fez nada para desmentir, né?

- Claro que não! Eles estavam me dando oferendas e eu comia melhor do que o imperador! - Ele terminou de amarrar as botas e se encostou na cômoda, observando-a.

INCURABLE SCARS, Jacob BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora