Fogos de artifício

Único: Explosões e fogos de artifício

Créditos de betagem à Rakkimun
Capa feita por LuaCastle
Fanart da JM-chrome (tumblr)

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Ekko estava com a cabeça apoiada no balcão de sua oficina. Era o Dia de São Valentim, e ele tinha o forte desejo de se declarar para sua melhor amiga desde a infância.

Ela era alguém muito especial. Seu jeito louco e inconsequente, apesar de constantemente demonstrar insegurança sobre si mesma em diversos aspectos, faziam seu coração ansiar por fazer aquela amizade se tornar algo a mais.

Mas como surpreender a mulher que era imprevisível?

Esta era a grande dúvida do rapaz, o que lhe causava um enorme bloqueio criativo. Bateu levemente sua cabeça no balcão enquanto amaldiçoava a ele, e ao mundo, por não ter ideia mínima de como presentear a garota que ele conhecera por toda a vida.

Olhou algumas fotografias dos dois juntos e encantou-se, como sempre fazia, ao ver a composição dos longos cabelos azuis com aquele sorriso de orelha a orelha. Powder se tornava uma mulher incrível à medida que crescia, claro que tinha seus poréns — como ser uma encrenqueira e gostar de pregar peças em sua irmã, uma policial de Piltover — mas, já diriam os filósofos, o amor revela certos detalhes.

Ela era uma mulher genial, com ideias vívidas e que fazia de tudo para colocá-las em prática. Entre eles havia diversas convergências em suas personalidades: Ekko era mais frio, calculista e gostava de ir com calma e estabilidade na maior parte do tempo; enquanto Powder preferia o caos, era agitada e fazia tudo como vinha em sua cabeça, o súbito era seu lema. O que realçava a química entre os dois.

Química. Era isso que ele precisava! Ao mirar uma foto deles no festival de ano novo, Ekko soube o que tinha que fazer.

Não era surpresa para ninguém que a bagunceira de cabelos azuis amava explosões, ainda mais quando elas eram pirotécnicas e coloridas. Por isso que em todos os festivais Powder ficava com os olhos brilhando com aquele milagre da química.

O rapaz pegou tudo aquilo que precisaria, e pôs-se a trabalhar. Fez misturas com cloreto de cobre e com o de lítio, separadamente, e sorriu quando viu que finalmente estaria pronto para fazer o mais belo show de fogos que ela poderia ver.

Ele pegou o celular e mandou uma mensagem para a moça, com um sorriso esperançoso no rosto:

"Hey! Estará ocupada essa noite?"

"Hum, possivelmente sim...", Powder não tardou para responder, o que por um lado deixou Ekko feliz, mas quando leu a mensagem na íntegra, seu sorriso diminuiu.

"Por quê? O que estará fazendo?"

"Ah, você sabe! É Dia de São Valentim, eu tenho o encontro da minha irmã para arruinar!", o rapaz quis bater sua cabeça contra uma parede, não era possível Powder ainda ter essa de não aceitar compartilhar sua irmã.

"Fala sério, Powder! Você tem que parar com essa infantilidade e aceitar o namoro da sua irmã..."

"Mas eu aceito! Eu só gosto de ver minha futura cunhada surtando um pouquinho!"

"Você não tem jeito...", ele riu fraco. Tomou fôlego, pensou novamente se deveria fazer aquilo, mas forçou a si mesmo a digitar o que queria e enviar sem pensar duas vezes: "Deixa sua irmã um pouco de lado, você gostaria de dar uma passada aqui? Sabe, nenhum de nós namora, então vamos ver alguma comédia romântica tosca e ficar rindo da cara do casal!"