𝟎𝟏

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─ então eu me transformo em cervo e entro na Comunal da sonserina, assim podemo- sirius? Sirius? ─ James diz, assim saio do meu transe.

─ o que foi veado ─ digo, com um olhar entediado.

─ qual das partes do plano você escutou? ─ ele pergunta, subindo o óculos.

─ nenhuma ─ digo, com sinceridade. James suspira. Volto ao ponto inicial.

─ será que você pode apertar atenção? ─ James diz, impaciente.

─ não ─ digo, sem mover minha visão.

─ Sirius não dá mais, você não se esfor ─ corto James. ─ Remus está estudando. Aqui ─ digo.

─ e eu com isso? ─ ele diz.

─ Lily também está ─ digo. A postura de James muda completamente.

─ que? Aonde? ─ a voz dele parece doce como mel, nem aparece que segundos atrás ele estava irritado.

─ conjuntamente a Remus ─ digo. Ele começa a olhar pelas mesas ao nosso redor, logo achando o ponto que estava em transe.

─ olha, eu até entendo eu gostar da Lily, apesar dela não ser fácil. Mas porque o Remus? ─ ele pergunta, ainda olhando para o ponto.

─ não podemos escolher quem amamos, Prongs ─ digo, ajeitando minha camisa.

─ eu sei, mas, o que você vê nele? ─ ele pergunta.

─ meu futuro. Uma menininha correndo pela sala e uma casa bonita ─ digo, com um tom irônico.

─ você ensaiou quantas vezes pra dizer isso? ─ James diz, com um leve sorriso.

─ várias. Mas, falando sério, ele tem o jeitinho dele... Ele sabe o que eu penso ─ digo, rodando o anel do meu dedo mindinho.

─ e o que você pensa? ─ James pergunta. Solto uma risada abafada.

─ um amor, duas bocas. Um amor, uma casa. Sem calças, sem blusas. ─ digo. James arqueia uma das sombrancelhas.

─ Remus é ocupado demais para pensar coisas assim, Idiota ─ ele diz. ─ já volto ─ ele diz, indo até um garoto da Corvinal.

Realmente Remus é ocupado demais, mas não o suficiente para adiar seus desejos.

Contínuo rodando o anel de prata, volto meu olhar para o ponto inicial.

Remus tira seus olhos do livro, e me encara. Seus olhos âmbar encontram com a tempestade dos meus. Uma onda de calor me invade.

O canto de sua boca curva, com um sorriso amigável e perverso.

Sinto minhas bochechas queimarem.
Porra.

Ele quebra a corrente voltando sua atenção para o livro. Ele diz algo que faz Evans rir.

Volto a mecher no meu anel.

Depois de alguns minutos, James continua conversando com o corvino. A noite chegava.

Decido não esperar mais, saio da biblioteca e começo a andar em direção a Comunal.

Alguns primeiristas passaram por mim, provavelmente indo a aula de astronomia. Logo o corredor fica vazio.

Ajeito a gola da camiseta e deixo a gravata desarrumada como sempre, assim é melhor.

Conrinuo andando, até ser puxando e prensado em uma parede. Remus.

Pelo susto, arregalo meus olhos. Uma das mãos de Remus está ao lado do meu rosto, encostada na parede. A outra caminha até minha cintura.

─ um amor, Duas bocas. Um amor, uma casa? ─ ele diz. Sua voz sai rouca e baixa. Ele molha os lábios

Minhas respiração está descontrolada, meu corpo está quente. Ele se aproxima mais ainda, colando nossos corpos mais ainda. Um choque elétrico toma conta.

Seus olhos vibram em meus lábios, assim como os meus nós seus.

─ sem calças, sem blusas ─ digo, completando sua frase anterior. Minha voz sai mais trêmula do que gostaria.

O canto de sua boca de curva, fazendo um belo sorriso perverso.

Ele sabe. Ele sabe o efeito que faz em mim.

Ele aproxima nossos rostos, respiramos o mesmo ar. Nossos narizes roçam um com o outro.

Ele por fim sela nosso lábios. O que era para ser um selinho, virou um beijo lento, suave e emotivo. Ambos esperamos muito por esse momento.

Sua mão aperta mais minha cintura, arfo em reposta.

Uma das minhas mãos se permite vasculhar por debaixo de seu sueter, entrando em contato com seu abdômen firme. A outra, sobre para sua nuca, fazendo um carinho na região.

"Remus é ocupado demais para pensar coisas assim, idiota"

Minha mão sobe e desce pelo seu abdômen, toques suaves e objetivos são os melhores.

Nós separamos por falta de ar, nós encaramos por alguns segundos.

Seus olhos âmbar decoravam toda a extensão do meu rosto, como se fosse uma pedra valiosa, ou até uma poção rara.

Minha atenção era toda de suas cicatrizes, eram belas e atraentes. Leves sardas pelo nariz. Se pudesse responder a pergunta de James agora, diria tudo. Tudo nele me faz delirar.

Seus olhos ainda penetravam os meus, logo descendo até meus lábios e voltando ao ponto inicial. Ele queria mais. Porém queria permissão.

Não penso uma, nem duas vezes antes de juntar nossos lábios novamente.

Sua boca tem gosto de chocolate e café, tudo o que ele mais gosta.

Meus toques em sua nuca ficam mais suaves do que possa imaginar, ele arrepia. Toco a região como se fosse uma folha de cetim quase rasgando.

Retiro minha outra mão que estava dentro de seu sueter, redireciono para seu pescoço, apoio ela ali.

Nessa altura do campeonato, Remus não precisa mais de sua mão ajudando a me prensar, eu não fugiria dali. Não mesmo.

Sua mão vai até minha nuca, entrelaçando alguns dedos dentre meu cabelo. Arfo em resposta, ele sorri, sabendo o efeito que causou.

Por fim, nós separamos. Colo nossas testas, sorrimos como bobos. Ambos corados.


𝘴𝘸𝘦𝘢𝘵𝘦𝘳 𝘸𝘦𝘢𝘵𝘩𝘦𝘳﹙𝘄𝗼𝗹𝗳𝘀𝘁𝗮𝗿﹚Onde histórias criam vida. Descubra agora