Medusa (Conto sáfico)

Unico

Então, eu tenho muitas ressalvas a fazer

Primeiro, levem em consideração que isso é uma fanfic, muito daí vem da MINHA interpretação e da MINHA imaginação, então se tiver alguém muito entendedor de mitologia grega e eu tiver errado alguma coisa, me perdoa, mas essa é uma uma historinha criada por mim

Segundo, essa é também minha primeira história com alguém PCD, eu tentei fazer o mais respeitoso possível, mas se tiver algum erro, me corrijam por favor, esse é um universo que eu ainda sou muito pouco familiarizada

Terceiro que essa é uma ONE, então ela só terá continuação se eu achar que precisa, mais pro enquanto eu tô bem satisfeita. Sei que vocês ficam empolgados pra ver mais mas nem tudo precisa durar pra sempre galera kkkkk

Mais uma coisa que eu vou deixar aqui o link da referência que eu peguei no Pinterest das cobras da Medusa, pra vocês entenderem com uma ideia visual oque ela tentou explicar:
(https://pin.it/6gnqeNh)

Dito isso eu espero que não tenham muitos erros e que vocês aproveitem e sintam a vibe da história

Enjoy

~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Eu estava sozinha

Sozinha pra mim nem era mas uma situação, o acaso, era meu maior e mais presente estado de espírito

Estar sozinha de tornou pra mim o significado de sossego, de auto conhecimento, eu poderia até admitir que eu não escolhi exatamente estar sempre sozinha, mas eu preferia encontrar o lado poético nisso tudo

Não entendi quando Poseidon resolveu que era a mim que ele queria, pouco se importando com as minhas vontades ou desejos, ele se sentia, como eu descobriria mais tarde que esse era um padrão entre homens como ele, poderoso demais pra se importar com algo se não com ele mesmo

Foi por todo esse mal entendido, esse desastre, que hoje eu sou como sou. Minhas únicas companhias por meus dias frios são minhas serpentes, que nem sempre são amigáveis ou receptivas, mas sussurram palavras de conforto a mim, na maioria das vezes

Depois de um tempo eu procuro não pensar nos momentos em que errei, quando deixei Poseidon tirar minhas roupas e me usar daquele jeito, quando não reagi a punição injusta e infundada de Atena, quando eu apenas fugi de todos pela vergonha e medo que a minha aparência e poderes me fizeram sentir

Morei em alguns lugares desde então, sofrendo sempre que alguém precisava chegar a menos de dois metros de mim ou quando aquela quantidade enorme de estátuas já não cabia mais no meu jardim

Resolvi, em um dia de outono, que moraria numa cabana no meio do maior nada que eu encontrasse, onde o contato humano fosse o menor possível, onde eu pudesse passar o maior tempo que fosse possível sem ouvir minhas únicas amigas desejando petrificar o próximo coitado

E eu fui feliz ali sozinha, fiquei quase completamente sem contato nenhum por três longos anos, era perfeito, calmo, escondido o suficiente pra que ninguém me achasse e pra que eu não procurasse ninguém, nem mesmo nas minhas maiores crises de carência

Até que num fim de tarde eu escutei

Escutei um canto suave, levemente rouco e desafinado vindo de alguns bons passos da minha casa

Minha mente entrou em colapso pensando em um milhão de possibilidades enquanto minhas cobras sussurravam que já estavam com saudade de ver a petrificaçao de perto, mas eu  já não aguentava mais ver a vida deixar os corpos de quem cruzava meu caminho