;fragilidade

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"Onde Jade sofre um abuso dentro da casa"

"Onde Jade sofre um abuso dentro da casa"

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JADE PICON

Eu já tinha até perdido as contas de quantos drinks eu já tinha tomado, sem contar com as doses puras de tequila que tinha virado, eu estava bem solta. Nessa minha festa eu tinha me decidido a me soltar mesmo e me permitir curtir bastante.

Eu e Paulo havíamos ficado na última festa e foi maravilhoso, mas decidimos ir com muita calma e também não nos expor pra casa, estávamos respeitando ao máximo o nosso espaço, como sempre.

Tinha um treco na minha roupa que estava me incomodando muito, e como eu estava dançando muito, colocar uma roupa mais leve era uma boa ideia.

Vou pra dentro da casa, tropeçando um pouco entre as coisas, já estava sentindo as coisas começarem a girar e duplicar diante de mim, me seguro na parede para tentar não cair, mas quando vejo é Rodrigo que me segura.

— Calma, Piconzinha! — ele me ajuda a ficar de pé novamente — Essa noite tu se soltou de verdade, né?

— Tô aqui pra isso — solto uma risada e começo a andar com a ajuda dele — Eu só preciso ir no meu quarto me trocar...

Falo um pouco embolado, mas tenho certeza de que ele me ouviu, pois começou a me guiar até lá, já que o mesmo podia ter acesso, já que tirou uma plaquinha na última prova do líder que o colocava no vip.

Rodrigo foi super paciente e atencioso, principalmente na parte da escada, degrau por degrau me ajudando. Senhor, olha que ponto eu cheguei.

Assim que eu abro o quarto, eu me solto dele e começo a cambalear até às minhas roupas e catar um short leve e uma blusinha também nesse estilo. Antes de me trocar, eu olho para trás e vejo que Rodrigo continua ali.

— Obrigada, Ro... Rodrigo... — peço a ele.

— Se você quiser eu me viro aqui e tu se troca, pra eu te ajudar a descer e voltar pra festa — realmente, eu iria precisar de um suporte.

— Tá bom, então... — eu vou até perto da pia e pego a minha toalha e começo a me virar pra trocar de roupa.

Pra uma bêbada já é complicado trocar de roupa, imagina aqui dentro, sem mostrar nada, era pra ter chamado uma das meninas pra me ajudar. Graças a Deus, eu demoro muito, mas eu finalmente consigo, volto pra parte principal do quarto e Rodrigo está ali analisando as minhas fotos.

— Vamos? — chamo ele que se vira para mim, enquanto eu termino de prender o meu cabelo, de uma maneira horrível.

— Me responde uma coisa antes? — ele se aproxima um pouco de mim.

— S-sim... — eu recuo, minimamente e encosto na bancada que uso pra deixar minhas maquiagens.

— Tenho alguma chance com você?

Me surpreendo, pois não esperava isso e é uma pergunta muito perigosa. Rodrigo é um homem muito bonito, mas realmente não senti nenhuma atração, sem contar que meus objetivos aqui são outros.

— Rodrigo, eu... — eu me embolo, e ele chega ainda mais perto.

— Eu sei do teu rolo com o Pêá, o Brasil todo sabe — ele solta uma risada — Mas isso não te impede de fazer mais nada.

Uma sirene se apita na minha mente quando sinto o seu toque no meu braço e depois sou puxada pra um beijo. Arregalo os meus olhos e o empurro imediatamente.

— Rodrigo, não! — eu grito.

— Calma, Jadezinha... — ele volta a se aproximar e começo a me sentir presa contra o móvel pelo o seu corpo.

Ele tenta me beijar, de novo, mas sou mais rápida quando viro o meu rosto.

— Rodrigo, me solta! — minha voz já não tem tanta força, não sei se pelo álcool ou pelo desespero — Por favor...

— Você não precisa ficar assim, você vai gostar — suas mãos vão para o meu cabelo e eu começo a entrar em desespero, sua boca no meu pescoço piora tudo.

Rapidamente eu uso o meu joelho e acerto entre suas pernas, uso da sua dor e saio em desparada dali. Morro de medo de cair nessa escada, mas voltar e sentir os toques forçados de Rodrigo eram pior.

Não tinha ninguém na casa, então saio correndo para fora, onde a festa rola a todo vapor.

Meu rosto queima e as lágrimas começam a rolar, mas parecia que não tinha mais ninguém ali, só ele. Eu só conseguia correr na direção dele, eu precisava dele. Talvez seu corpo grande pudesse me acolher ou me dar a proteção que eu preciso. Ou talvez tudo o que Rodrigo fez, eu queria que fosse feito por Paulo.

Ele olha assustado na minha direção e se abre para me acolher, eu me jogo em cima dele, em seu abraço e me aperto toda contra seu corpo, acho que minhas unhas até chegaram a machucar sua pele de tanto que o prendi.

— Me ajuda... — eu peço com a voz embargada e abafada pelo seu corpo e o pano da sua camisa — Eu... E-eu não quero...

— Jade, o que aconteceu? — ele se solta um pouco pra poder me olhar, mas eu não quero essa distância — Me fala, Jade!

Ele se altera um pouco, mas eu sei que é seu nervosismo, eu não estou em um bom estado.

— O Rodrigo...

Eu não precisei dizer mais, Paulo já me largou ali e saiu em disparada pra dentro da casa, mesmo eu gritando o seu nome, não adianta muito. Os meninos percebem e vão até ele, junto com outras pessoas, Natália e Lina vem até mim.

Elas me ajudam a entrar e me colocam no quarto delas, na cama de casal onde Scooby e Pedro dormem. Eu ainda estava nervosa e chorando muito e elas me acalentaram enquanto ouvíamos a confusão que Paulo e Rodrigo armavam lá fora.

Um tempo depois, as coisas se acalmaram e Rodrigo foi retirado imediatamente do programa, Natália e Lina saíram do quarto e eu continuei quietinha, regulando a minha respiração e finalmente me acalmando.

Ouço uma pessoa entrando no quarto e subindo na cama, viro a minha cabeça e vejo Paulo. Ele não diz nada e me abraça, me apertando, de uma forma que ele parecia saber que era exatamente o que eu precisava, me ajeito mais em seus braços e me aproveito desse homem.

— Você tem autorização pra dormir aqui hoje. Já falei com o Pedro e daqui você não sai — ele diz.

Eu assinto e olho para ele.

— Me diz que você não fez uma besteira — peço. Eu não iria me perdoar se Paulo se desclassificasse por mim.

— Graças aos meninos, não — ele suspira — O que ele fez é imperdoável, Jade, não se abusa de mulher.

Eu fico em silêncio, mas concordo com tudo o que ele diz, sempre defendi isso na minha vida, mas nesse momento me sinto fraca e não consigo falar nada.

— Eu não iria conseguir ver você naquele estado e não fazer nada, independente de quem causou — ele diz, sua mais fazendo uma carícia deliciosa em meus cabelos.

— Eu estou bem... — digo mais pra mim do que pra ele.

— Eu vou fazer você ficar bem.

Então eu sinto os seus lábios de novo, quase uma semana depois, eu tenho esse homem novamente, se doando todo pra mim, mostrando o quanto especial eu sou pra ele, e eu me agarro nisso.

NOTAS FINAIS:

mesmo com alguns pedidos, eu decidi fazer um cap, totalmente necessário como esse, com um toque de superproteção do nosso boyzão.

o que acharam?
até a próxima <3

Momentos || JadréOnde histórias criam vida. Descubra agora