Prólogo

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Clay se acordou, mas não estava nada afim de se levantar. Olhou para a pequena cômoda marrom claro ao lado da cama de solteiro para encontrar um relógio digital velho e ver que horas eram.

“10:36”

Puta merda. A faculdade!

Enquanto isso do outro lado da cidade, estava George, tomando um café, comendo uma empada de frango e apreciando as árvores tão grandes e vividas do outono.

Clay se levantou correndo da cama, colocando qualquer camisa e saiu correndo, pegando sua bicicleta velha e meio enferrujada e pedalando o mais rápido que suas pernas poderiam aguentar.

Pedalar, rápido, rápido, rápido, rápido!

Então se sentiu colidir com um corpo, Clay soltou um grande grito, assustado por quem acabará de atropelar.

Clay se levantou rapidamente, olhando para o chão para ver o estrago que fez, vendo um belo garoto e sua preciosa bicicleta espatifados, o garoto parecia bem, mas sua bicicleta nem tanto.

Clay nervoso como estava, travou enquanto observava o lindo menino se levantar e olhar para ele confuso, esperando ele ao menos dizer algo.

O garoto bonito vendo que Clay não iria se mover, levantou a bicicleta dele e quando Clay notou que o menino estava segurando sua bicicleta, com a correia estraçalhada, ficou tão envergonhado que sentiu suas orelhas queimarem tanto que chegava a doer.

– Eu sinto muito. — Gaguejou tanto que o menino bonito quase não conseguiu entender o que ele dizia.

E tudo que Clay menos esperava, era que o menino bonito iria soltar uma gargalhada. Uma bela de uma gargalhada.

– Tá tudo bem! — O menino abriu a boca e então Clay notou o sotaque que obviamente não era carioca, e sim gaúcho.

Clay ainda nervoso como estava, não pegou a bicicleta das mãos do menino e quando notou esse erro, pegou rapidamente a bicicleta, quase a derrubando novamente no processo.

– Eu... Eu realmente sinto muito! — Clay se repetiu enquanto via o menino bonito tirando a sujeira da roupa e ele pode notar então que era mais alto que o menino.

– Realmente, tudo bem. — O menino afirmou de novo, se preparando para ir embora.

Clay não queria que o papo acabasse tão rápido, o menino parecia tão legal. Em um ato desesperado de puxar assunto, exclamou quase que em um grito:

– Qual o seu nome?!

O menino que já estava de costas, pronto para se mandar, se virou e encarou Clay de uma forma enigmática.

– George. — O então, George, esperou um pouco para ver se o outro garoto iria dizer seu nome e quando percebeu que não, decidiu então perguntar. – O seu..?

E Clay se sentiu ainda mais envergonhado.

– Clay! — Exclamou desesperadamente apenas para receber a risada de George novamente.

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⏰ Última atualização: Feb 18, 2022 ⏰

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