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𝗔𝗟𝗘́𝗠 𝗗𝗘 𝗨𝗠 𝗦𝗢𝗥𝗥𝗜𝗦𝗢 𝗔𝗣𝗔𝗜𝗫𝗢𝗡𝗔𝗡𝗧𝗘, 𝗘𝗟𝗘 𝗘𝗥𝗔 𝗚𝗘𝗡𝗧𝗜𝗟

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𝗔𝗟𝗘́𝗠 𝗗𝗘 𝗨𝗠 𝗦𝗢𝗥𝗥𝗜𝗦𝗢 𝗔𝗣𝗔𝗜𝗫𝗢𝗡𝗔𝗡𝗧𝗘, 𝗘𝗟𝗘 𝗘𝗥𝗔 𝗚𝗘𝗡𝗧𝗜𝗟. 𝗘 𝗣𝗘𝗦𝗦𝗢𝗔𝗦 𝗚𝗘𝗡𝗧𝗜𝗦 𝗚𝗔𝗡𝗛𝗔𝗠 𝗠𝗘𝗨 𝗖𝗢𝗥𝗔𝗖̧𝗔̃𝗢.

Eve piscou, e novamente, estava naquele mesmo cenário onde o homem de aparência mais velha —
Jonh — e a mulher esbelta, ─ Savanah, ─ lhe encaravam preocupados, próximos dela e lhe tocando suavemente.

Aquilo, o toque, morno e suave, real demais a acordou de suas divagações. Inspirou fundo e o cheiro da nicotina com perfume masculino impregnou suas narinas, ela sorriu.

Ah, sim, eu senti falta disso, não importa-se fosse ou não, real.

O homem, considerado seu pai, levou a mão com a costa da mão até a sua testa, seus olhos claros estavam escuros e ela quase se queixou a ele o motivo disso, mas permaneceu calada, o olhando. A feição preocupada relaxou assim que fitou-a e no automático, Jonh sorriu, aliviado.

─ Minha rosa, como é que está? — questionou, sua mão grudada nas suas que eram pequenas comparadas as dele, Eve sorriu.

— Estou bem. O que houve? — Eve analisou Savanah que parecia alarmada demais, seus olhos sérios em cima de si, virou-se pra ela. — Mamãe?

— Meu raio de sol, você precisa acordar. — Savanah lamentou, fragilizada.

Seus olhos brilhavam pelas lágrimas que iniciaram um caminho entre suas bochechas pálidas, Eve parou de sorrir e tocou-lhe a face, deslumbrada com o quão familiar seus rostos eram.

Mas Eve acabou crispando os lábios e cerrando os olhos enquanto que tentava analizar as feições deles, não havia nada ali, apenas um breu embaçado que lhe impedia de raciocinar e gravar as faces daqueles que — sendo reais ou não — considerava-os seus pais reais.

Murmurou baixinho em desgosto ao afastamento de ambos, sentiu a maca hospitalar embaixo de si ranger e tudo ao seu redor girar. Viu eles se abraçarem, sorrirem e continuarem olhando ela. Seus traços, dedos, pés e rosto se desfizeram como papel em água, tira por tira, até que a única coisa que sobrasse fosse a enorme e solitária extensão branca de seja lá onde estivesse.

Levantou, um pouco tonta porém, e firmou os braços no vazio de seus lado, sentindo o que pensava ser duas paredes.

Se tornou estreito o local em que estava, comprido, porém estreito, e muito.

Um corredor?

Tomou enfim coragem e inspirou o máximo de ar que pode, para começar a andar e atravessar aquele enorme breu branco e gelado. Quanto mais avançava, mais apertado o corredor invisível ficava, tão apertado que Eve não teve mais pra onde ir, suspirou e girou de costas, voltando pra onde estava.

ɴʏᴍᴘʜ - 𝗧𝗪𝗜𝗟𝗜𝗚𝗛𝗧 | 𝗔.𝗖 & 𝗝.𝗛Onde histórias criam vida. Descubra agora