Inner Demon

Cap-56

"O ódio é algo fácil e frívolo de se obter. Já o amor, é belo, porém, enigmático e dificultoso, e, para tê-lo, é preciso de uma diligência que nem todos estão dispostos a cumprir."

-Chen Ming.

- - -

Enquanto os dois direcionavam-se para o palácio, chuva começou a cair.

Chen Yang ainda estava com a sua cabeça direcionada à espada de Li Zetian... Haveriam mais como aquela?

"Com certeza. Nas minhas vindas ao reino mortal, conheci um vendendor clandestino de armas. Algumas eram bem poderosas por sinal. Se você quiser ter alguma chance de sobreviver, deve ser lutando, e com uma arma comum, você não conseguirá vencer. Transferir energia demoníaca para essa sua espada gastará muito, pode ser prejudicial, então será mais fácil usar uma arma que já possua a própria energia." Mei Tianyi disse lentamente.

Chen Yang prestou atenção em suas palavras, por enquanto, Mei Tianyi precisava de seu corpo para preservar seu humilde fragmento de alma, então ele não deveria prejudicá-lo:

"Que conhecido é esse? Onde eu o encontro?" Chen Yang perguntou.

Ele e Li Zetian já estavam bem próximos do palácio.

"Sorte sua que ele não fica muito longe. Seu nome, pelo que me lembro, é Yao MiZi. Ele gosta de viver aqui no reino mortal. Se não me engano, Yao MiZi deve estar vivendo naquela cidade que estávamos ontem. Seu negócio é clandestino, ele tem um estabelecimento, algo como uma funerária, e também uma loja de armas e arsenais. Muito lucrativo. Peça ajuda aqueles seus amigos, aquele lá, e aquela garotinha, eles devem saber, já que moram lá."

"Certo! Obrigado!" Chen Yang agradeceu pela ajuda de Mei Tianyi.

Li Zetian notou que Chen Yang parecia perdido, como se sua alma não estivesse no corpo, como se ele estivesse andando automaticamente.

"Ei?" Ele chamou.

"Hm??" Chen Yang olhou para Li Zetian.

"Chegamos."

Os dois estavam consideravelmente encharcados.

O palácio imperial estava como da última vez que Chen Yang havia ido a GuanZhou.

Chen Yang lembrou que, durante o massacre, ele não havia encontrado Li Wei ou Qin Hua.

E se eles foram transformados em cadáveres vivos??

Chen Yang pensou, mas talvez, haveria outra forma de transformar alguém em um cadáver vivo? Algo como algum veneno, ou líquido, até mesmo o sangue infectado?

Sua mente continuava viajando em suas hipóteses.

Novamente, após uma rodada de inspeção pelo quarto de Qin Hua, eles encontraram outras cartas, vindas de Chen Ming .

Quando se tratava de seus pais, Chen Yang se sentia meio aflito e culpado, mas não demonstrava.

Li Zetian não dizia nada. Ficava apenas no canto observando o quarto de Qin Hua meio melancólico, pois ninguém sabia o que havia acontecido com seus pais. Qin Hua havia desaparecido um tempo antes do massacre de GuanZhou.Apenas seus irmãos, que infelizmente estavam sob o controle de algum ser maligno.

Chen Yang abriu uma carta, que dizia:

"Qin Hua, você é a única pessoa na qual confio. Estou sendo perseguida em todos os lugares em que vou, por isso não a visitei novamente.
Temo que.. meus dias estão chegando ao fim.
RanShao está ultimamente muito mal, muito doente... Yang-er está tendo surtos de vez em quando, não estou conseguindo controlá-lo... alguns dias atrás ele machucou o pulso de Yin-er gravemente. Tanto eu quanto Yang-er estamos sendo perseguidos. Estamos pensando em tentar fugir, antes que as coisas saiam do controle...
-Chen Ming."

Chen Yang pegou a outra carta.

"Minha vida está chegando ao fim.
Eu me casei com um demônio, mesmo sendo uma exorcista, vivi um amor ardente. Todas as rosas possuem espinhos, e as consequências desse amor foram essas. Não viver em paz, viver sempre escondida na escuridão, dormir sem saber se no dia seguinte iria acordar novamente. Porém, mesmo assim, todos esses dias, eu vivi feliz.
Descobri que o ódio é algo fácil e frívolo de se obter. Já o amor, é belo, porém, dificultoso, enigmático, e, para tê-lo, é preciso de uma diligência que nem todos estão dispostos a cumprir.
-Chen Ming"

Chen Yang percebeu que a relação entre seus pais era um pouco mais profunda do que "ter um filho para servir de sacrifício."