Any está feliz, aos vinte e dois anos está cursando administração em uma ótima universidade, é vizinha de apartamento de sua melhor amiga e tem o melhor e mais perfeito namorado do mundo.
Mas tudo de repente muda no momento em que Josh, o irmão da s...
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____POV'S Josh
Assim que chego no bar, encontro com o Lamar. Eu não tinha planos de sair hoje depois de tudo o que bebi ontem a noite, mas ficar em casa também não é uma das melhores ideias do mundo.
__Você vai mesmo sair com ela?
Aponto com a cabeça na direção da Heyoon. Ele olha calmamente para ela e depois concorda com a cabeça.
__Lamar: Ela é até bem gostosinha.
Acabo rindo da sua cara de pau.
__Melhor você não aprontar com ela, cara. Porque adivinha quem prepara nossos drinques?
Ele ri. Mas eu sei que isso vai ser só mais uma noite pra ele.
[...]
Heyoon vem até nós e diz que seu turno acabou. Acho que essa é a deixa para eles saírem discretamente pra seja lá onde for que o Lamar vai levar essa garota. Eles se despedem e eu fico sentado perto do balcão como sempre.
Lamar até queria que eu saísse com eles, com alguma garota que ele com certeza arrumaria, mas eu preferi ficar aqui mesmo. Já passa das duas da manhã e daqui a pouco eu já vou embora.
Fico conversando com a garota ruiva que a Heyoon pediu pra cobrir o turno dela. Ela é interessante, mas a aliança na mão direita dela parece ainda mais. Ficamos então falando sobre a Los Angeles, porque o sonho dela é estudar e morar por lá.
__Então, tem esse bairro lá e é até bem tranquilo em relação a...
Mas eu nem termino minha frase, porque alguém acaba de segurar meu ombro me virando para que eu fique de pé.
Só vejo os olhos furiosos do Ethan e quando vou tentar entender o que tá acontecendo, ele me dá um soco no canto esquerdo da boca. Dou alguns passos para trás, cambaleando.
Esse filho da puta me pegou despreparado.
Ergo meus olhos na direção dele. Ele ainda parece furioso. Levanto minha mão na direção dele, pedindo pra ele se acalmar, mas ele diz:
__Ethan: Não vou me acalmar, porra nenhuma, seu desgraçado!
Ele dá um passo em minha direção, mas alguém o está segurando pelos braços.
__Olha cara, eu não sei o que está acontecendo...
Mas ele me interrompe:
__Ethan: Ah, você sabe sim! Sabe muito bem, seu babaca!
Eu então me dou conta de que ele realmente sabe de tudo o que aconteceu. E eu não fico com raiva que ele saiba, porque isso pouco me importa.
Eu estou furioso, porque Any contou pra ele, contou que nos beijamos e pela forma como ele reagiu a isso, ela deve ter mudado os fatos e a forma como tudo aconteceu.
Mas o que eu esperava? Que ela contasse tudo para ele, que eles terminassem e ela viesse correndo atrás de mim? Talvez eu tenha pensado isso.
E me sinto um idiota agora.
Ele se solta dos caras que o estão segurando, dizendo que está tudo bem.
__Ethan: Eu não quero que você encoste na Any outra vez na sua vida.__ ele diz ainda me encarando.
Mas enquanto ele se vira para sair, eu digo:
__Você não tem moral pra me dizer uma coisa dessas!
Ele me encara por um segundo, dá um riso irônico e se vira. Ele sabe do que estou falando.
__Ethan: A Any nunca acreditaria em nada do que você dissesse a ela.__diz debochando da minha cara.
Apenas abaixo meus olhos por um tempo. Ele tem razão, mas eu não vou dar o braço a torcer e o encaro outra vez, enquanto ele continua:
__Ethan: Ela é louca por mim, ela sempre volta pra mim e você nunca vai ter chance alguma com ela.
Ouvir aquilo é horrível, de uma forma que eu não esperava.
Ele se vira outra vez com aquele sorriso no rosto e quando acho que ele vai embora, Ethan se vira para mim outra vez, me pegando de surpresa e me dá outro soco, agora no olho. Tento seguir ele, mas as pessoas me seguram e diz para que eu deixe pra lá.
Estou com tanto ódio desse cara agora, que eu poderia acabar com ele se essas pessoas me deixassem sair.
Mas eu ainda estou meio tonto e a garota ruiva do bar, acho que o nome dela é Tori, me faz sentar outra vez na cadeira onde eu estava, enquanto me entrega um copo com uísque.
__Tori: Acho que você vai precisar.
Coloco o copo com gelo na altura do meu queixo para aliviar a dor. Isso vai deixar uma merda de uma marca no meu rosto amanhã.
[...]
Eu chego em casa e vou direto para a geladeira pegar gelo. Coloco alguns cubos em um guardanapo e seguro firme na altura do meu olho.
O carro daquele merda não estava no estacionamento, então suponho que ele deve estar com outra garota agora que não seja ela.
Porque em momento algum, ele me deu a entender que estava com raiva do que aconteceu, ele estava com raiva de mim e o fato de que ele não voltou só me faz acreditar ainda mais nisso.
O Ethan não sente nada pela Any, não da forma como ela merece e isso só me faz querer ir até o apartamento dela agora e contar sobre todas as garotas com quem eu já vi ele traindo ela.
Mas como ele mesmo disse, Gabrielly jamais acreditaria em mim. Jogo o gelo na pia e vou para o meu quarto dormir um pouco.
[...]
Acordo e vejo que já são onze da manhã. A Joalin já deve ter ido pro shopping, como ela geralmente faz no domingo.
Eu olho no espelho e estou com a cara que eu achei que estivesse, porém ela parece bem pior quando ergo meus olhos e encaro meu reflexo por um tempo.
Saio do meu querto e desço as escadas, tomo café da manhã, não porque estou com vontade, mas sinto que fazer isso pode melhorar um pouco essa droga de ressaca.
Mas isso parece que não vai acontecer e percebo isso enquanto fico olhando para a TV e essa dor de cabeça não passa.
Procuro um remédio nas gavetas da cozinha, mas não consigo encontrar, então resolvo ligar pra Joalin e ela diz que os analgésicos acabaram e que vai trazer, mas eu não consigo esperar, quero essa dor de cabeça longe agora.
Vou até meu quarto e pego a minha carteira, a chave do carro e meus óculos escuros. Não está disfarçando muito, mas é melhor do que sair com esse roxo enorme em volta do meu olho.
[...]
Compro o analgésico e volto para casa. Assim que a porta do elevador se abre, eu vejo aquela cena, Any está beijando ele em frente a porta do seu apartamento. Eles se viram e vem em direção ao elevador e é quando eles me veem.
Ela olha para mim como se estivesse surpresa em me ver, demora seus olhos em meu rosto, depois olha pra baixo como se estivesse ressentida com alguma coisa. Mas o idiota do namorado dela me olha com aquele mesmo sorrisinho irônico de ontem a noite.
Eu passo por eles sem os conprimentar e sigo em direção ao meu apartamento. Entro e logo fecho a porta atrás de mim. Quero tanto socar a cara daquele merda agora, que tento respirar fundo pra me segurar e não ir agora mesmo fazer isso.
