Eric e S/n são namorados á pouco tempo, o garoto continua o mesmo de sempre, preconceituoso e sem senso. Já S/n é uma garota simpática e gentil.
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- Vai, anda, quero ver - Eric manda, enquanto Hugo segura as muletas do Bento
- Não! Me devolve, isso é meu - Bento diz irritado, sentado no banco da escola
- Vem pegar - Hugo provoca se afastando ainda mais do menino
- O que está acontecendo aqui?! - Pergunta S/n, chegando perto deles
- O-Oi vida, tudo bem? - Pergunta Eric garguejando e tentando disfarçar
- S/n, eles não querem dar minhas muletas! - Bento dedura os valentões, irritado
- Hugo, me da agora! - Manda S/n, Hugo olha para Eric que acena um "sim" com a cabeça, permitindo que entregue
- Toma Bento - Ela diz, entregando á Bento seus pertences - Não se preocupe, se depender de mim, esses idiotas não vão mais te encomodar - Diz S/n
- Obrigado - Bento agradece secamente, saindo de perto dos três
- O que foi isso? - Eric pergunta bravo
- O que foi isso pergunto eu! Eric, você não pode tratar as pessoas assim! - A garota xinga, e Hugo sai de perto dos dois, antes que sobre pra ele também
- S/n, o que deu em você para ficar defendendo o Bento? Ta gostando dele por acaso?! - Eric faz outra pergunta, dessa vez em um tom mais alto
- Primeiro, não! Eu não gosto do Bento, eu só tenho algo chamado Res-pei-to! - S/n diz, soletrando a última palavra - E segundo, regule esse tom de voz ao falar comigo!
- Desculpe, mas você sabe que eu não gosto quando defende os meus alvos - O garoto reclama
- Eu já estive no lugar dos seus "alvos", já senti na pele o que eles passam, então, por favor, PARE, você não sabe o quanto isso destrói a vida dos outros, não sabe o quão é horrível passar a noite INTEIRA chorando por que um idiota quer opinar e falar merda sobre você, não sabe como é difícil odiar a SI MESMO porque alguém diz que você deve, então, por mim, PARE - S/n diz, sem desviar dos olhos do namorado, e logo sai, sem deixar ele responder
Eric fica parado, sem mexer um músculo sequer, pensando no que sua garota disse, pensando em cada palavra.
Quando um sentimento estranho surge, um que ele nunca tinha sentido antes, o remorso.
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