País desconhecido, 3 mil anos A.C
A mulher puxou o ar para seus pulmões de novo, escondida atrás de uma árvore, tentando não fazer barulho.
O bebê nos braços dela se mexeu, e ela o puxou para mais perto.- Xii querido.. - Ela diz num sussurro quase inaudível.
O bebê, como se entendesse, a olhou e não fez nenhum som.
O som atrás dela chamou a atenção e ela saiu correndo, tentando não fazer barulho com os passos.Ela tentou ver da onde vinha os barulhos de cavalos, mas no total escuridão, ela não enxergava nem o que havia em sua frente.
- Sei que está por aqui, Elisa.. - Ela ouviu aquela voz nojenta dizer.
Ela continuou correndo, mesmo que isso estivesse ardendo seus pulmões.
Ela tinha que o salvar, tinha que correr para que seu filho tivesse uma chance.Achou que tinha despistado quando um cavalo pulou em sua frente, ela se virou para mudar de rumo, outro soldado estava ali, e assim ela se viu cercada.
Ela levou o embrulho em seus braços até seu peito, o prendendo em si com força.- Por favor Salomon, - Elisa implorou. - É o meu filho.
O homem desceu do cavalo, e andou devagar até ela.
- Veja só homens, - Salomon fala sorrindo. - A coelhinha não foi muito longe.
- Façam o que quiser comigo, - Elisa pede. - Mas por favor, deixe o meu filho.
- E deixar que Arthur tenha um herdeiro que pode voltar e tomar meu trono? - Salomon fala a olhando perverso. - Foi por isso mesmo que matei aquele boçal do Arthur.
Elisa sentiu seu peito doer com as palavras de Salomon, ouvir aquilo sobre o homem que ela amava, doeu em sua alma.
A lembrança de ter visto sua alma gêmea ficando para trás para salvar sua esposa e seu filho, veio em sua mente.
"Corra lisa.", Arthur disse para sua mulher, e depois daquelas palavras de Salomon, Elisa soube que Arthur morreu para salvar sua vida.- Por favor.. - Elisa implora. - O meu filho..
- Sabe que isso é culpa sua, não é? - Salomon fala olhando para ela. - No momento que Arthur colocou os olhos em você, uma simples plebeia, a quis como sua esposa, sujando o nome real, consegue pensar em algo mais nojento que isso?, - Salomon tocou nos cabelos de Elisa, enquanto ela nem se mexeu. - Como se não bastasse, ainda teve um filho, manchando o sangue puro.
- Arthur me amava.. - Elisa diz num ato de coragem, não querendo ouvir o homem insultar seu marido.
- Arthur era um estúpido, - Salomon a responde. - Por isso mereceu a morte.
- Você não pode julgar quem merece ou não morrer.. - Elisa a responde.
Salomon a olha com ira, e com um sinal de mão, um homem tirou o bebê dos braços de Elisa enquanto outros a seguraram.
- Não, - Elisa pede. - NÃO, por favor..
O bebê, longe dos braços da mãe, chorou.
- Que tal se arranca-semos a cabeça dele? - Salomon sorri enquanto diz.
- Me mate.. - Elisa implora. - Deixe meu filho..
Elisa viu exatamente quando a espada passou pelo corpo do bebê, e em choque, ela caiu de joelhos, lágrimas caindo sem parar.
O soldado jogou o pequeno corpo no chão, e Elisa correu até o corpinho, a segurando, chorando sem parar..
- Não.. - Elisa lamenta. - Meu bebê...
- E agora soldados, - Salomon começa. - Que tal levarmos a coelhinha de volta e mostrar onde é o lugar de uma plebeia?
Os soldados sorriram em resposta, e mesmo que Elisa tivesse com o vestido todo sujo de sangue de seu filho, eles a ergueram, a levando, enquanto ela ficava com os braços esticados, tentando voltar para o corpo do seu bebê.
Elisa perdeu as contas de quantos anos estava ali, presa, quando finalmente a fome veio e levou sua alma, mas ela não foi para onde o seu marido e seu filho estava, quando ela acordou, estava em uma imensidão azul.
A marca da Lua estava fixo em seu peito, e ela não demorou pra ver os poderes que tinha agora, ela não sabia o por que tinha acordado daquele jeito, e ela não se importava, ela só queria voltar até aquele castelo, para se vingar.Ela apareceu em frente à Salomon, que estava com uma concubina, que se assustou quando viu Elisa e fugiu.
- Ora ora coelhinha, - Salomon diz, com a escuridão, não vendo a mudança em Elisa. - Sentiu saudades, eu ja ia descer para te ver.
Elisa voou rápido até ele, ficando em cima do seu corpo, ela cravou sua unha em sua pele e ele gritou com a dor.
- GUARDAS. - Ele grita.
- Os guardas não poderão lhe ouvir, - Ela responde. - Estão ocupados demais queimando..
- Por favor.. - Salomon implora.
- Eu também lhe implorei, - Ela fala. - Também pedi por favor, e o que você fez?
Um veneno foi injetado no sangue dele, e aos poucos, a carne de seu corpo, foi se desintegrando, ele sentindo uma dor dilacerante.
- O que.. - Ele tenta dizer, sangue saindo de sua boca. - O que você é..
- A Lua. - Ela responde, sendo a última coisa que ele ouviu.
—————-
A Lua urrou com ódio quando ela viu Helena defendendo Erebus.
- DESGRAÇADOS. - Ela gritou com raiva.
O mundo era podre, a humanidade em si era um veneno, ela só queria que tudo desaparecesse, ela queria que todos sumissem.
Seu plano era perfeito, mas sempre tinha um que o amor pelos humanos ia além da compreensão.- Eu vou mostrar, - Ela fala com raiva. - Eu mesma o farei..
O cabelo dela, que antes era branco, escureceu, o rosto que antes era de pura inocência, agora era de ira. Veio a tona, sua verdadeira face.
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Escolhida pela Lua
FanfictionChloe, a primeira filha da grande Lua, ganhou dela o poder de controlar o clima, se tornando imortal e impiedosa. Mas Chloe vai ter que lidar com sentimentos poderosos quando se reencontrar com o seu passado. Uma fic sobre saga Crepúsculo da Stephen...