vinho barato e efeito choi beomgyu.

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"você tem certeza disso, beomgyu?" a voz saíra baixa e até um pouco instável, enquanto os olhos se perdiam entre as ruas escuras próximas do local. yeonjun estava claramente nervoso. já havia cometido alguns pequenos delitos, principalmente pichação, mas nunca em toda a sua vida havia pensado em pichar as paredes da igreja mais respeitada da pequena cidade onde morava, ainda mais com o próprio filho do pastor o incentivando a fazer o tal. "se a polícia pega a gente aqui, é capaz de..."

beomgyu não hesitou em interromper a fala do rapaz ao puxá-lo para um selar apressado e um tanto frenético, apertando a gola da camiseta que o choi mais velho usava durante o ósculo. o gosto do álcool presente na boca do mais novo apenas deixava yeonjun mais tonto e mais entregue ao toque do namorado. o mais velho não conseguia, nem se quisesse, resistir aos beijos de choi beomgyu. sempre foi assim e acredita que será assim por bastante tempo ainda. a realidade é que o filho do pastor sempre foi a mente endemoniada por trás dos delitos que yeonjun cometia, desde pichações nas paredes da cidade a pequenos roubos de bebida alcoólica e cigarro em lojas de conveniência. por conta desses pequenos crimes, yeonjun já passou pela polícia várias vezes - e possui uma ficha criminal considerada extensa para um garoto de 22 anos - e por várias vezes já prometeu a si mesmo que iria se aquietar e parar de ser pego pela polícia, mas sempre caía nas graças de beomgyu.

"o que você tava dizendo mesmo?" o mais novo disse com um sorriso sapeca brincando nos lábios, ainda segurando a camisa do mais alto após o beijo. beomgyu sabia muito bem o efeito que tinha em yeonjun, e não hesitava em tirar proveito disso e conseguir tudo que queria do mais velho. querendo ou não, o namoro dos dois sempre foi baseado em um yeonjun completamente rendido e um beomgyu se aproveitando completamente da situação.

"droga, gyu... só vamos fazer isso logo."

o mais novo sorriu com a resposta, e sorriu ainda mais ao ver o namorado soltar sua cintura para então pegar as latinhas de tinta spray e começar a pichar as paredes da igreja de seu pai. enquanto assistia o rapaz focado nos muros, beomgyu puxou da mochila duas latinhas de cerveja e as abriu, deixando uma ao lado do namorado antes de beber a outra. com certeza ver as artes que yeonjun fazia nas paredes era uma das suas coisas favoritas, e não podia negar que o achava extremamente atraente enquanto usava uma lata de tinta spray e se mostrava completamente concentrado enquanto pintava as paredes brancas.

15 minutos depois os dois garotos corriam pelas ruas de yeongju, rindo pro vento completamente bêbados e felizes. eram cerca de duas e meia da manhã, e ambos estavam parados no meio de uma rua qualquer já longe da igreja, sentados no asfalto e sentindo a brisa gelada bater em seus rostos enquanto dividiam uma garrafa de vinho barato que beomgyu havia conseguido pouco antes de se encontrar com o namorado. "você é maluco, sabia?" um riso soprado saiu do choi mais velho, que puxou o corpo de beomgyu para mais perto de si. "não acredito que você me fez pichar a igreja do seu próprio pai." a frase saindo abafada, visto que, naquele momento, os lábios do garoto estavam grudados no pescoço do namorado, distribuindo beijos e leves mordidas na pele branca.

"yeonjun... tem uma loja de conveniência no fim da rua e o vinho ta acabando..." a voz do mais novo saiu fraca e baixa, seguida de um suspiro pesado. assim como beomgyu tinha efeito em yeonjun, este também tinha seus efeitos sobre o mais novo. sabia exatamente os pontos fracos do garoto e atacava justamente ali, tal como fazia no momento. sentia as mãos do namorado apertando seus ombros e a cabeça pendendo para trás, deixando com que seus lábios transitassem livremente pela região do pescoço.

"a gente compra mais depois, hm?" disse agora puxando o mais novo para seu colo, fazendo questão de o apertar contra si.

"não... eu quero agora. por favor."

yeonjun parou tudo que estava fazendo para encarar os olhos pidões do rapaz em seu colo, e, com um suspiro pesado, o observou levantar de seu colo e colocar a mochila que levava consigo nas costas. acabou se levantando também, não evitando o sorriso idiota ao ver o mais novo tão feliz com a ideia de comprar mais bebida. certamente teria que o controlar mais tarde, afinal, não podia deixar o filho do pastor e um dos homens mais respeitados de yeongju aparecer bêbado em casa no meio da madrugada, caso contrário estaria completamente fodido.

"a gente pode comprar aqueles cigarros de menta também?"

"não, gyu. talvez amanhã. e não faz bico!"

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oi :) faz tempo que não posto nada por aqui, mas tava sentindo falta de desenvolver uma história. se alguém ler isso aqui peço que tenha paciência comigo e que aproveite a essa short fic <3

chasing highs | beomjunOnde histórias criam vida. Descubra agora