Capítulo 21

1.8K 185 18
                                    

Confusa e com sentimento estranho no seu peito Jennie voltou para o studio de gravação, queria voltar naquela lanchonete e ficar com Lalisa para ter certeza que nada iria acontecer entre ela e a outra menina, mas infelizmente ela não poderia fazer nada, as duas tinham algo sem nome e Jennie não queria nenhum relacionamento sério por hora, então por que da tanta importância para o que Lalisa faria ou não?

- Jennie? Jennie... Ih pifou...

- Oi? Desculpa, estava pensando em algo que a Rosé me contou... - Espera por que ela estava se justificando para um funcionário? Jennie estava se sentindo tão estranha.

- Você está estranha. - Disse o produtor musical, mas a jovem cantora revirou os olhos e pediu para ele repetir o que havia falado anteriormente.

Jennie e seus produtores ficaram até de madrugada mixando as músicas e corrigindo algumas falhas básicas. Quando Jennie finalmente pôde ir para sua casa seu motorista dirigia o carro pelas ruas calmas se Seul devido o horário e Jennie olhava pela janela pensando sobre tudo o que estava sentindo por Lalisa Manoban.

Ela não tinha a melhor experiência sobre o amor, seus pais viviam praticamente separados, mantinham um relacionamento sem afeto, sem demonstrações de tal sentimento, na mente da jovem coreana o amor era para as pessoas de cabeça fraca. Se sentir apaixonado era como uma doença, os sintomas: você perde o controle da sua mente, sentia ciúmes de perder o que você julgava ser seu, desenvolvia dependência de está sempre com a pessoa amada, não sentia vontade de tocar outros corpos além daquele que tanto amava... Entre outros sintomas.

Por isso Jennie concluiu que não queria está amando, mas suspeitava que já estava sentindo tudo isso por Lalisa Manoban, pensar sobre isso fazia Jennie sentir um arrepio por toda a sua nuca. Como ela se deixou levar por um sentimento assim? O motorista parou em frente a casa da cantora e avisou para ela, pois ela estava tão perdida em seus pensamentos que não havia notado que já estava em frente a sua casa.

- Obrigada Felipe. Até amanhã. - Disse Jennie sorrindo para o motorista que fez uma reverência.

Jennie foi para a sua cozinha colocou água na chaleira elétrica ela precisava urgentemente de um chá e pensar sobre o que ela deveria fazer, se entregar a esse sentimento poderia criar situações problemáticas. Exemplo, se por um descuido ela é flagrada com Lalisa em um momento íntimo, sua carreira vai a pique e a carreira de Lalisa que nem se iniciou iria junto.

Mas dá a chance de viver tudo o que esse sentimento poderia oferecer, seria no mínimo inédito. Seria uma experiência importante para ela, Jennie estava confusa e sua cabeça não parecia funcionar.

"Eu sei que deve está ocupada,
Mas eu só queria dizer o quanto eu
Sinto a sua falta - Lili".

Jennie meu a mensagem e um sorriso automaticamente brotou em seus lábios, como um sentimento como esse poderia ser considerado errado pela sociedade? Como um sentimento que faz tão bem a uma pessoa poderia ser considerado obsceno? Jennie suspirou jogando o celular do lado do seu travesseiro, estava cansada demais para tentar solucionar essas situações.

"Jennie seu pai e eu precisamos
Ter uma conversa séria com você.
Esteja em casa nesse fim de semana.
Se cuida! - Mamãe".

Essa mensagem Jennie só leu quando acordou de manhã, ótimo! Tudo estava muito perfeito para ter que confrontar problemas familiares, Jennie bloqueou a tela do celular e foi para o seu banheiro tomar um banho, mal conseguiu dormir quatro horas. E o dia já estava aí, tinha muitas coisas para resolver entrevistas e alguns ensaios fotográficos, campanhas para promover seu novo álbum.

O café da manhã nunca foi tão desejado como hoje, Jennie estava a caminho da rádio onde daria a primeira entrevista do dia, sem tempo de fazer deu desjejum, pediu a Felipe descer na primeira cafeteria comprar café e donuts, quando chegou na rádio Jennie cumprimentou os funcionários sempre bem humorada, afinal ela tinha uma fama a zelar.

- Como você está senhorita Jennie? - Perguntou o locutor do rádio antes de iniciar as entrevista em uma conversa informal.

- Bem, dormi quatro horas hoje... Estou energizada. Minhas forças foram completamente renovadas. - Brincou a jovem fazendo o homem rir.

- Eu te entendo completamente. - Disse o locutor, o homem pediu que alguém fosse buscar um café, água ou outras bebidas ao gosto de Jennie para iniciarem a entrevista.

Diferente dos outros jornalistas o rapaz era muito bem humorado e não fazia perguntas pessoais, sempre focando nas informações do álbum e sobre como Jennie se inspirou para compor algumas das canções que foram escritas por ela. Depois dessa entrevista, Jennie foi para a Vogue Korea, fez um ensaio e deu entrevista para a revista.

Por trás de todos os sorrisos Jennie tinha grandes questões para serem resolvidas. Sua cabeça estava uma bagunça e o nome dessa bagunça era Lalisa Manoban, Jennie precisava entender como lidar com toda esses sentimentos, não podia se dar o luxo de perder boas horas do seu dia pensando em Lalisa Manoban, não podia se deixar virar refém desse sentimento.

Mas cá estava ela, olhando a foto recém postada da sua garota, sua vontade era curtir e comentar coisas bonitas, mas infelizmente ela não tinha essa liberdade. Jennie curiosamente olhava os comentários nas fotos de Lalisa e seu estômago revirou ao notar que Lisa era muito popular entre os meninos e meninas e os comentários variavam entre...

Deusa 🧡
Máquina de dança 😻
Maravilhosa 😍
Gata 🙌🏻
Eu sou seu escravo Manoban 🌻❤️

O último comentário era até engraçado, mas o coração de Jennie acelerou e se Lalisa se interessar por alguém? Ela está solteira e se ela quiser, pode simplesmente ficar, namorar ou qualquer outra coisa com outras pessoas, a mente Jennie dizia " não jogue fora a sua carteira e todo o seu esforço" mas o seu coração gritava alto " vai lá e reivindique essa garota para você".

Com a cabeça a ponto de explodir tudo o que Jennie queria naquele momento era beber uma boa dose de whisky, queria passar o dia inteiro deitada em sua cama, comendo chocolate e abraçada em seu ursinho Boo. Jennie se quer entendia tudo aquilo que estava vivendo com Lalisa foi iniciado.

- Mas que droga!! Se é bom, por que eu tenho que parar? - Jennie gritou jogando o copo de whisky na parede do seu camarim.

O seu empresário entrou rapidamente pensando ser alguma coisa perigosa acontecendo com a cantora, mas era apenas Jennie levemente embreagada e com um sorriso maníaco nos lábios.

- Eu quero ir para casa. - O empresário coçou a nuca, Jennie não era o tipo de idol que tinha uma péssima imagem com bebidas ou drogas, por isso o homem ficou sem reação até que Jennie gritou com ele de novo.

- Jennie, vou providenciar um café forte para você, infelizmente você precisa terminar essa entrevista. - Disse o homem.

Jennie estava muito chateada já com a sua vida e disse ok e que não iria responder por seus atos, em dado momento da entrevista entrevistador perguntou sobre o que Jennie gostava e ela deu a resposta embolada...

- I like Girls... Generation... - O seu empresário foi do céu ao inferno em segundo quase teve um infarto.

A entrevista foi encerrada e Jennie saiu dos estúdios de filmagem com seu empresário atrás dela falando que Jennie não poderia brincar com situações sérias, Jennie entrou em seu carro e mostrou o dedo do meio para o seu empresário.

- Para a minha casa Felipe...

Continua...

Duas Vezes Amor - Jenlisa Onde histórias criam vida. Descubra agora