Os quatro pilares (e meio) de Hollywood

CAPÍTULO 3

LEO

    Se fossem doze e meia era muito cedo, eu ainda estava morto da festa, - Que tinha ocorrido ontem - não lembrava de nada que aconteceu depois do terceiro gole de álcool, posso ter estrago minha vida completamente, ou a melhorado, não sei.

    Única coisa que sei, é que estou ouvindo alguém gritando com Ben la fora, como bom amigo que sou, fui la ver - mas admito ter esperado a gritaria passar pra voltar a dormir, ja que não passou, tive que ir ver.

    Quando abri a porta tomei um susto por a casa estar limpa, mas logo lembrei que não fiz a festa em cada pois não queria limpar sujeira de bêbado.

    Fui até a janela da sala, abri um pouco a cortina e vi que era uma mulher que estava fazendo sucesso em alguns filmes de comédia - ela era branca, e loira - que estava brigando com o Ben, e pela sua cara, não estava nem ai, não deve nem saber o por que da gritaria.

    Fiz um café enquanto esperava a gritaria acabar, e assim que terminei de pôr meu café na xícara, a gritaria acabou, pensei que meu dia estava começando a melhorar, - mas não estava - logo vi minha mãe entrar com algumas sacolas do mercado e puxando a mão do Ben, assim que seus olhos viram minha pessoa, eles ficaram sérios, até demais.

- Bom dia - digo tomando o primeiro gole de café -
- Leo precisamos conversar - disse minha mãe -
- Eu nem tomei café ainda, da um tempo mãe
- Leo, vocês precisam mesmo conversar - Ben disse com uma voz calma -
- Ah meu Deus, quem morreu?
- Ninguém
- Então pode esperar, mãe
   
    Minha mãe se senta no sofá do meu lado, me olha nos olhos e diz;

- Por que não me disse?
- Não te disse o que?
- Que você é uma bixa

    Me engasgo com o café assim que ela diz aquelas palavras, posso sentir as mãos de Ben batendo nas minhas costas, mas so consigo pensar como ela descobriu aquilo, será que ela viu algo? Sera que alguém mais sabe?

- Responde Leo - ela não se mexeu, e não tirou os olhos de mim, nem quando estava morrendo engasgado com café quente -
- Mãe - dou uma risada meio nervoso - de onde você tirou isso? Ja ta ficando velha?
- Querido, todo mundo viu
- Meu Deus quem viu o que?
- Você ta muito religioso esses dias, Leo - disse Ben, sabendo que sou ateu -
- Você e o Raiden amorzinho
Por um momento, so prestei atenção nela me chamando de "amorzinho", se ela me chamou assim, quer dizer que ela não me odeia.

- Você tacou um beijão na boca dele na festa na frente da Doll e das câmeras - o idiota ressaltou o "beijão" -

    Aquela felicidade durou pouquíssimo tempo, quando eu percebi o que eles disseram, eu estraguei tudo, estraguei minha carreira, a dele, nossas vidas, tudo que podíamos ter - profissionalmente - com certeza acabou de ir por água a baixo, esse beijo foi um suicídio duplo.

     Pensando nisso, meu coração fica acelerado, os pensamentos voam pela minha cabeça tão rápido que me deixa tonto, a sala ea cozinha é como se fossem uma só na minha visão que estava ficando escura e turva, senti lágrimas querendo sair pelos meus olhos, mas não conseguindo, e vai ficando cada vez mais difícil respirar. Sinto que vou morrer.

Eu quero morrer.

    Mas não posso, não posso por mim, por minha mãe, pela minha vida, e por tudo que vou tenho que viver.

    Que pena que esse discurso motivacional, não fez meu pequeno mal-estar passar.

    Sinto um copo gelado na minha mão, -  provavelmente água - enquanto luto pra respirar, escuto minha mãe mandar eu beber.

    Passo um tempo assimilando tudo que aconteceu e me recuperando desse pequeno incidente.

- Eu... me sinto melhor
- Que bom meu querido

Senti uma paz nesse momento, que durou bem pouco

- Não se preocupe, vamos tirar isso de você amor
- Tirar... o que de mim?
- o homossexualismo