ᝯִ ♥︎ ⠀𝟬𝟬 : 𝖻𝗎𝗍𝗍𝖾𝗋𝖿𝗅𝗒 𝖾𝖿𝖿𝖾𝖼𝗍

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prólogo
efeito borboleta

❛ prólogo ❜efeito borboleta

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ㅤㅤㅤ Definimos como efeito borboleta toda ação, ou fala, que pode desencadear inúmeros caminhos divergentes em certos aspectos no nosso destino

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ㅤㅤㅤ Definimos como efeito borboleta toda ação, ou fala, que pode desencadear inúmeros caminhos divergentes em certos aspectos no nosso destino. Simples escolhas levam a resultados catastróficos, assim como escolhas grandiosas podem levar a resultados simplórios. Tudo depende de qual a vida está determinada a escolher. Um belo exemplo disso se dá pela maneira como os passos alegres de (Nome) a guiavam em direção ao apartamento daquele que tinha seu coração entre os dedos, segurando-a como a bela rosa com pétalas tão amarelas quanto o sol poderia ser em um dia de verão. Ela estava feliz, mas a ignorância dos fatos que lhe cercavam certamente tornaram-na cega. Sua ingenuidade e crença nos finais felizes motivaram-na a manter sua perspectiva positiva à respeito da índole das pessoas e deixa-se de notar como todos a sua volta eram aproveitadores baratos, mentirosos e o pior de tudo: astutos.

Segurando uma pequena vasilha de vidro, a mulher parecia perdida em pensamentos sobre os momentos vividos com o parceiro de longa data, tendo as maçãs do rosto acentuadas com tons rosados e um brilho perceptível no olhar, sua empolgação podendo ser entendida até mesmo por um simples movimento dos dedos. Uma comemoração especial para um casal supostamente especial: o aniversário de dois anos de seu relacionamento.

Não que a protagonista fosse à favor de comemorações por situações como essa, ainda mais tendo sido uma frequente crítica de eventos semelhantes, mas agora era uma circunstância diferente, já que era algo pessoal; somente do interesse dela e de seu amante. O coração em seu peito batia de modo acelerado e suas mãos suavam, mas segurava com firmeza o objeto em mãos para que não viesse ao chão, ainda mais quando tão próxima à entrada no apartamento dele.

Os ombros ficaram tensos no momento em que ficou diante da porta, os ouvidos capturando sons abafados vindos de algum ponto no corredor. Talvez fosse um dos vizinhos na última porta na esquerda, ou na da direita e por.um instante, a (cor cabelo) desejou não ser alguém tão sonora como aquela moça.

Após ter alcançado as chaves no bolso e entrar no apartamento, (nome) se permitiu suspirar, aliviada por finalmente conseguir se encontrar no conforto do ambiente já conhecido, seus pés clamando por alguns momentos de descanso. Ela não prestou tanta atenção nas coisas ao redor até deixar a vasilha sobre a bancada entre a sala de estar e a cozinha, suas pálpebras se arregalando levemente ao notar a bagunça no centro da sala. O pequeno vaso de flor que costumava ficar sobre a mesinha de centro estava jogada no chão, assim como o móvel, e várias peças de roupas femininas estavam largadas próximas à entrada do corredor para o restante dos cômodos. Uma bagunça incomum, dado que o proprietário sempre fora alguém bastante organizado.

⸺ Suguru? ⸺ chamou, batendo de leve as palmas de suas mãos contra o colo, notando só então como os gemidos do lado externo pareciam mais altos e próximos de onde estava. Seu sangue gelou, pensando imediatamente no companheiro de quarto do parceiro, que tinha o costume de levar algumas pessoas para seu quarto de vez em quando. Ela só não esperava que ele ainda estivesse ali, já que havia pedido que o mesmo os deixasse sozinhos para aproveitarem o aniversário do casal - o que ele pareceu aceitar, com muita relutância.

(nome) bufou antes de se encaminhar até o centro da sala e começar a recolher os panos, os amontoando em um canto escondido ao lado da mesa de centro, irritada. Mesmo que Satoru Gojo fosse uma pessoa com comportamentos infantis, ele sabia manter as suas palavras quando envolviam-na, então era até surpreendente que o mesmo tivesse decidido deixá-la para trás e curtir como o "cara do amor" que dizia ser.

Um cara idiota, é isso que ele realmente é.

Abandonando a garrafa de vinho sobre a mesa de centro, desviou das camadas de roupas e travesseiros pelo caminho e foi em direção ao quarto de Geto, rezando para que os barulhos estivessem vindo do quarto de seu colega Gojo. As palmas de suas mãos já estavam suando no momento em que encostou sua orelha contra a superfície de madeira da madeira, arregalando os olhos quando sussurros do nome Geto ressoaram.

Seus movimentos acabaram sendo impulsivos e com toda a força que tinha, abriu a porta e encarou a dupla escondida abaixo dos lençóis, o choque ficando evidente quando se deparou com o dito cujo ali, tão assustado quanto a garota ao seu lado. (nome) conseguiu escutar seu coração rachando aos pedaços conforme assistia o moreno se levantar ainda despido e caminhar até ela, parecendo gritar lamentos contra sua pessoa conforme se ajoelhava e chorava contra seu estômago, mas todas as palavras caíram em ouvidos surdos e antes que ela escutasse cada mentira, as memórias do que eles poderiam ter tido começaram a pegar fogo, se tornando apenas fotografias perdidas no tempo.

⸺ (nome) por favor, me perdoa.

Finalmente abaixando seu olhar para encara-lo, a mulher pensou em inúmeras maneiras de se vingar pelo que havia acabado de descobrir. Será que ela praticaria o mesmo ato desleal que tivera de presenciar? Ou deveria insultar todas as suas gerações, e arrastar a garota pelos cabelos para fora dali? Não, nada disso parecia com ela e sua reação não seria algo da qual teria orgulho no futuro, mesmo que viessem a lhe trazer conforto no presente momento. Não demorou para que suas mãos tentassem desprende-lo de si o mais rápido possível, as lágrimas que teimavam em cair finalmente tinham sua liberdade e desciam sem controle de seus olhos.

(nome) nada disse e apenas agiu, se vendo finalmente livre dos braços daquele que um dia considerou como seu lar e partindo rumo a saída, ignorando quaisquer contestações do ex cônjuge, a bagunça da sala e até mesmo o olhar de pena que recebeu de Satoru quando ele colocara os pés dentro do apartamento — e foi aí que ela percebeu que ele tinha noção das coisas que vinham acontecendo e ela se sentiu traída por ele também.

A mulher não se arrepende de ter partido sem dizer uma palavra, não se arrepende de ter deixado a aliança jogada contra o carpete fofo e nem mesmo se arrepende de ter caminhado até lá, mas depois de tudo o que passou, (nome) apenas consegue se arrepender de ter abandonado tudo o que conhecia para viver com Suguru.


E agora, ela estava perdida em um mundo desconhecido para lidar com as consequências sozinha.

E agora, ela estava perdida em um mundo desconhecido para lidar com as consequências sozinha

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𝘀𝗮𝘃𝗲 𝘆𝗼𝘂𝗿 𝘁𝗲𝗮𝗿𝘀, 𝗌𝗎𝗀𝗎𝗋𝗎 𝗀𝖾𝗍𝗈Onde histórias criam vida. Descubra agora