– E então querida, como está a escola? – minha avó me pergunta enquanto coloca um bolo na mesa.
– Ótima – respondo com um sorriso – finalmente consegui minha própria coluna no jornal da escola.
– E como estão suas notas?
– Acima da média - devo agradecer Kaya por isso, já que ela sempre me empresta suas anotações quando eu preciso, e sempre me salva de reprovar.
– E tem algum namorado de que eu precise saber? – ela me olha com um sorriso, não vejo meus avós desde o ano novo, e precisava usar pelo menos algumas semanas das férias para vê-los, dou uma risada.
– Não exatamente, ainda não é oficial – respondo pensando em Kyo, estamos ficando a seis meses e ele ainda não fez o pedido.
– Como um namoro pode não ser oficial? Ou vocês estão juntos ou não estão – olho para minha avó.
– Hoje em dia é um pouco mais complicado do que isso, vó.
– Desde que você esteja feliz, tudo bem para mim – ela vem me abraçar, eu retribuo – agora coma um pouco antes de ir ajudar seu avô no estábulo – eu assinto, já cortando um pedaço de bolo, antes da minha vó sair da sala, se vira para mim – E Emi, não sinta que precisa ficar o tempo todo aqui com a gente, por que não aproveita e vê seus antigos amigos?
– Não falo com eles há mais de dois anos vó – respondo e como um pedaço do bolo.
– Tudo bem – ela passa da porta, termino de comer o bolo e me levanto, me preparando para sair da casa e ir até os estábulos, meus avós são donos de uma fazenda enorme no interior, cresci aqui e desde pequena sempre quis ajudar nas tarefas, já que gostava bastante de brincar com os animais.
Quando entrei no internato, fiquei extremamente animada, poderia ir para a cidade grande e estaria mais perto de viver uma daquelas histórias clichês, onde a garota vai para uma escola onde pode mostrar seu talento, ficar com o garoto mais bonito e viver felizes para sempre.
Mas quando cheguei, vi como as coisas realmente são, os programas eram extremamente difíceis de entrar e eu não tinha nenhum talento extraordinário que me destacasse no meio de tantos outros candidatos, fui realista, abandonei meu lado caipira para me encaixar ali, descobri minha paixão por caçar histórias (grande parte por conta das fofocas) e entrei para o jornal da escola.
Nunca tinha pensado em seguir uma carreira jornalística até o começo do ensino médio, mas descobri que isso é algo que eu consigo alcançar, então coloquei meus esforços ali e agora finalmente havia ganhado minha própria coluna.
Eu sou responsável por tudo que se diz respeito aos esportes da escola, é uma das categorias mais importantes e que precisamos atualizar com frequência, além de que agora tenho que assistir todos os jogos e conversar com os jogadores e treinadores de cada esporte que a escola tem.
Já assistia a maioria antes, mas agora tinha mais responsabilidades, e uma pequena equipe de alunos do primeiro ano que estavam ali para me ajudar com qualquer coisa que precisasse, como marcar uma entrevista, descobrir horários ou até mesmo ir assistir um jogo quando eu não pudesse e anotar tudo.
No começo pensei que talvez gostaria de ser o tipo de jornalista que fica na frente das câmeras, mas realmente gostava de escrever, e era boa naquilo, claro que não via problema em aparecer em alguns dos programas semanais que o jornal escolar transmite, mas não é tão divertido como os bastidores.
Já tenho em mente o que quero fazer depois da formatura, e espero que tudo dê certo.
Chego no estábulo e procuro meu avô, o acho escovando o trovão, um dos cavalos que temos ali.

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PLAY DATE - Miya Atsumu
FanfictionMiya Atsumu x OC Feminina Emi está decidida a mostrar para seu ex que o superou, e que modo melhor de fazer isso do que arranjar um novo namorado? Essa é a história de como Atsumu Miya conseguiu juntar todas as peças de seu coração. LIVRO 2 SCHOOL...