Prólogo

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15 de agosto de 2022...

Me lembro perfeitamente daquele dia, daquele acidente, naquela estação, na estação 19, como se fosse ontem, as pessoas gritando, o barulho do trem se partindo ao meio, de quando embarquei naquele trem.

Dia após dia, semana após semana, mês após mês, não importa quanto tempo passasse eu não conseguiria esquecer, mas porquê? porque não consegui esquecer essas memorias? Porque as piores memórias são as mais insistentes? porque ainda me lembro delas?

Há 5 anos atrás eu nunca teria imaginado que aquilo teria acontecido comigo, conosco, mas aconteceu...

" Nunca se esqueça, lembre-se de tudo, de cada detalhe, só assim você poderá superar" foi isso que ela me disse antes de... mas como posso simplesmente lembrar? lembrar de tal acidente? de tal coisa? como poderia esquecer se aquilo ficava vagando pelos meus pensamentos?

Depois de me afundar em meus pensamentos sinto alguém tocando em meu ombro - aahh!- grito espantada, mas logo aquela expressão de espanto se tornou em expressão de alívio era apenas Henry meu meio irmão mais velho ele tinha por volta de 26 anos, ele era apenas 1 ano mais velho que eu.

- Porque você está aqui? - pergunto espantada

- Estava passando pelo corredor e vi você com aquela cara de quando você se lembra do-

- Entendi! - o corto antes que continue com a palavra, a temível palavra. Ele sabia que aquela palavra me dava muitos gatilhos, mas sempre acabava soltando-a, mesmo que fosse sem querer

- Ah, me desculpa. Como eu falava eu vi você com aquela cara, então achei melhor vim ver o que estava acontecendo - ele sabia que quando eu pensava naquilo, precisava de um ombro amigo ou de apenas um abraço - eu também vim porque já é a segunda semana que você está na casa da mamãe, aconteceu alguma coisa entre...

- Podemos não falar sobre "esse" assunto?

- como você preferir " minha rainha" - solto um pequeno sorriso ao ouvir aquilo, o Henry sempre conseguia me fazer sorrir não importava o que estivesse acontecendo em minha cabeça- fico feliz por ver você sorrir, mesmo que seja um sorriso mínimo aliás, faz tempo que não via você sorrir assim já estava com saudades

- Ultimamente não tenho tido  tempo para sorrir, tenho muito trabalho com minha empresa, você sabe!

- Claro a desculpa da "empresa" você sabe que não me engana mais, não é? - levo as mãos ao meu rosto cobrindo-o - você tem razão, mas-

- E se a gente ir Lá fora para tomar um ar fresco, você fica presa nesse quarto o dia todo- ele fala me puxando para fora antes que eu termine a frase ou diga que sim ou que não.

Ele me puxa até uma praça que nos sempre íamos para esfriar a cabeça - você realmente não quer fazer terapia? - ele me pergunta me olhando, ela já tinha me perguntado sobre isso um trilhão de vezes eu realmente estava pensando em fazer, mas..

- Já falamos sobre isso henry, não acho que seja uma boa eu fazer isso...

- Você deveria fazer mais você é muito teimosa e não faz

- Você sabe que não é fácil, ainda porque-

- Eu sei que faz 5 anos, e que não é fácil superar o aciden...

- Chega henry!!- me levanto rápido e vou até uma arvore que tinha ali perto

- Me desculpa não quis mencionar, mas...- vejo a expressão de culpa dele eu sabia que ele só queria ajudar, e sabia também que eu não podia reprender ele daquele jeito, já fazia 5 anos desde o acidente e já estava na hora de superar, mas...

- Eu que deveria te pedir desculpa

- Não,eu sei que você não gosta desse assunto e eu fui mencionar ele

- Não, mesmo que eu não goste desse assunto, eu não tinha razão para ficar brava ou gritar, já está na hora de eu superar esse assunto

- Mas...

- Que tal um sorvete - falo antes que termine a sua frase

- Ok, mas você vai pagar para nós dois

- Ta,ta, agora vamos antes que eu mude de ideia

Depois de comparar os sorvetes, sento junto a ele em uma praça perto da sorveteria

- Você tem razão - digo levando o sorvete a minha boca

- O que? como assim- uma expressão de curiosidade se instala em seu rosto

- eu deveria fazer terapia - digo olhando para ele

- Sério?! - ele diz arregalando os olhos sem acreditar

- Sim andei pensando bastante nisso e... bom já faz 5 anos não é - digo olhando para baixo

- Aahh, isso é ótimo! vou falar com um terapeuta muito bom, ele realmente vai te ajudar- ele diz pegando o celular

- Calma, tenho que me preparar ainda - digo segurando seu braço

- Ok,ok eu me empolguei muito admito- ele diz com as mãos para cima

- Bom melhor a gente ir para casa agora, mamãe já deve estar preocupada - digo puxando-o já sabendo o que estaria me esperando quando fosse para o tal terapeuta...
───────╮•╭───────

Oie

Espero que vocês gostem dessa história, ela é minha primeiro obra que escrevo e público aqui.
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Ps: irei revisar a história a cada 5 capítulos postados.

É isso beijos da autora

Assinado: E.F Storm

O acidente na estação 19Where stories live. Discover now