Para povo de Loleyal
Saudações do Rei Lelorio Edward L. ıııCaro povo de Loleyal, é com imenso prazer que convoco vocês para o nosso tricentésimo banquete anual de Oferenda.
A guerra e fome devastam os reinos mais próximos, enquanto na terra já não há mais fertilidade e riquezas. O inverno traz consigo a escassez e a escuridão.
O ritual de Oferenda é nossa única esperança e salvação, ajudem-nos a manter nossa terra viva e fértil.
O toque de recolher se inicia as oito horas da noite de hoje, ninguém sai ou entra em Loleyal até o fim da Oferenda.Honoravelmente, Rei de Loleyal
O inverno chegava a Loleyal como a morte chegava aos doentes. Devastando a terra fértil, dando morte as folhas e aos animais, tirando do sol seu brilho e dos pobres suas vidas. O povo morria nas ruas e muitos soldados davam seu ultimo suspiro em meio a neve nas florestas, as mães procuravam proteger seus filhos dos fortes resfriados que estavam por vir, enquanto de frio morriam os pequenos recém-nascidos. Entretanto, o inverno não havia de ser o único temor do povo, quando a carta enviada pelo rei chegara as mãos da população o frio já não mais era sua única preocupação.Os mais velhos especulavam sobre a importância da chamada Oferenda Loleyal, enquanto seus filhos temiam o pior, abraçados à suas crianças e desejando que tudo aquilo não passasse de um terrível e impetuloso pesadelo. Acontecia uma vez a cada ano, cada cidadão deveria levar um dos seus filhos para o banquete temendo que aquele fosse seu último. Na primeira noite, no dia um de dezembro, aconteceria o banquete e durante o nascer do sol no dia um de janeiro, ocorreria sua execução.
Quando e como tudo começou não se sabe, há quem diga que fora uma maldição jogada por uma bruxa, cuja qual colocara uma penitência perpétua ao reino de que para manter a terra viva teria de dar um dos seus filhos como oferenda. Outros dizem que a maldição do reino é a própria família real, cujo os cabelos loiros esbanjam riqueza e os olhos escuridão.
O céu se fechava assim como os portões que rodeavam o reino, quando o vento frio aparentava soltar murmúrios junto a tempestade, parecendo avisar ao povo que a paz havia sido ofuscada pela grande força das trevas. Alí ninguém mais entrava. Dalí ninguém mais saia.O que fazer quando o próprio tempo parece estar ao lado do Rei?