Part II

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JIMIN POV

Neste momento estou escondido num monte que dá vista para um supermercado que escolhi para abastecer os armários, tanto de comida como de algum medicamento que eu possa levar. O problema era que o mercado estava infestado daquelas coisas andantes e que nunca ficam satisfeitas. Até hoje não sei como é que isto foi acontecer,mesmo que o meu pai fosse o criador daquele edifício, eu não sabia nem metade do que acontecia ali.

Só me lembro de ver o Kookie e de falar com ele todos os dias, de lhe contar histórias para que ele não se sentisse tão sozinho, e de um momento para o outro termos de sair para fugirmos daquelas coisas.

Tenho de admitir, se alguma coisa acontece-se com o Kook não sei se seria capaz de continuar a lutar contra este mundo.

Eu o amo apesar de ele ser como é e isso não apaga o facto de ele ser a pessoa mais dedicada e protetora que alguma vez já conheci em toda a minha vida.

E aliás de estarmos juntos já á muito tempo, ele quer respeitar o meu espaço e esperar mais alguns meses para que eu complete a maioridade, por isso não passamos de beijinhos e carícias, não que me queixe porque eu adoro ficar agarrado a ele no telhado da nossa cabana a ver os últimos raios de sol de cada dia.

Saio dos meus pensamentos quando vejo um carro grande andar em direção ao mercado. Eles param e de dentro do veículo saem cinco homens armados.

Abrem a porta do mercado e como esperado a horda que estava lá dentro vai em direção deles falhando totalmente na missão de saciarem a sua fome e caído no chão com um tiro no meio da testa e assim que fica limpo, eles entram adentro e eu os perco de vista.

Aproveitando o trabalho deles, desço até ao mercado e entro por uma porta lateral que tinha reparado quando vim ver a situação do local. Assim que entro oiço as vozes das pessoas e para não chamar a atenção deles, vou agachado até uma cesta no meio do corredor a pegando e começo a recolher alimentos e coisas de higiene( que mesmo que estejamos num mundo apocalíptico, tomar um banho é sempre melhor do que não tomar).

Fui recolhendo o necessário sem fazer barulho, o que não foi mais possível pois senti alguma coisa a prender o pé, por isso dou um grito e quase ao mesmo tempo um tiro foi disparado e o aperto afrouxou.

- Andas a seguir-nos?

- Não senhor.

- Esperas-te que limpasses aqui para poderes entrar?

- Foi uma solução inteligente já que só tenho uma katana.

- O que fazes aqui?

- Só vim pegar algumas coisas e voltar de onde vim. Por favor senhor, deixe-me ir

- Estás com alguém ou algum grupo?

- Não senhor, sou um sobrevivente solitário

Passaram uns instantes e então o ouvi a dizer:

- Deixem-no ir!

Vejo as armas que estavam apontadas a mim abaixarem e antes que ele mudasse de ideias corri o máximo que consegui com as coisas que tinha recolhido em direção á cabana.

Como estava a anoitecer não iria demorar muito tempo para que os zombies voltassem á cidade para ficarem em estado de sonolência á espera de alguma presa.

Assim que chego á cabana vejo o Jungkookie sentado na poltrona.

- Cheguei Kookie, vou só arrumar o que trouxe e a seguir podes comer.

Dou-lhe um beijo na testa e vou em direção á pequena cozinha para guardar os alimentos e o resto das coisas que fui buscar. Assim que acabo vou para o cantinho do costume e tapo os ouvidos para que o Kook possa comer.

JUNGKOOK POV

Assim que vejo o meu bolinho no canto, levanto-me e vou até a cerca que está por volta da cabana á procura de carne morta que tenha ficado na rede e que por sorte tem, pego-a e volto para dentro para me sentar no cadeirão e comer.

O meu bolinho continuava agachado enquanto eu comia. Eu não gostava que ele me visse como se fosse um monstro (quer dizer, eu sou mas não gostava de mostrar mesmo que ele disse-se que me amava sendo monstro ou não).

Eu conheci o meu pequeno quando eu ainda estava naquela sala. Ele vinha e fazia-me companhia, era a melhor parte do meu dia e quando ele ia, já ficava a contar as horas e os minutos que faltavam para ele voltar.

No dia em que aconteceu aquilo tudo a única coisa que importava era protege-lo independentemente da situação e percebi que mesmo eu sendo como era, poderia ter sentimentos e mesmo amar o meu mochi.

NAMJOON POV

Desde de que este apocalipse começou andei sempre com o meu grupo. O grupo era constituído por mim, pelo Jin, que era o meu marido e um bom cientista; por Taehyung, que andava comigo no exército e com ele os seus namorados: Hoseok ou Hobi e Yoongi ou como ele gosta que lhe chamem, Suga.

Hoje fomos atrás de um mercado para que pudéssemos reabastecer de comida e de coisas necessárias. Achámos um e limpámos, depois disso começamos a recolher o que queríamos levar até que ouvimos um grito e encontramos um solitário que também recolhia comida. 

Quando perguntamos se ele estava sozinho ou se tinha algum grupo, ele respondeu que estava sozinho por isso disse que ele podia ir.

Assim que eu disse que podia ir, o rapaz começou a comer quase numa velocidade paranormal(o que achei um pouco estranho, se ele estava sozinho poque estava com tanta pressa?)

Fiz sinal ao grupo e começamos a seguir o miúdo que entrou numa floresta densa até chegar a uma clareira que tinha uma cabana. Aproximamo-nos da cabana e eu olhei pela janela e vi um monstro sentado num cadeirão a comer um cadáver(uma coisa que nunca tinha visto, uma daquelas coisas comer da sua própria "espécie").

Destravei a arma e no momento que fiz isso vi aquilo olhar na direção em que eu estava. Ele era quase um humano se não fosse pelos olhos negros e as veias negras a fazer contraste com a pele branca.

- Kookie já acabas-te?

Vimos aquele monstro levantar-se e ir em direção ao miúdo e sem esperar muito mais tempo, chuto a porta.

A única reação que aquela coisa teve foi de se pôr á frente do miúdo como se o quisesse proteger(uma coisa estranha,já que ele é um monstro)

- Afasta-te dele sua aberração

- Tu queres que me afaste meu anjo?

- Não Kookie

Eu e o resto do grupo ficámos espantados, nunca nenhum monstro tinha falado ou sequer percebido alguma coisa em todos este anos e este pode-se até dizer que tem uma ligação com o pequeno humano só pelo apelido que o ouvimos chamar.

- Fui o único que o ouvi falar? -Pergunto ao resto do grupo

- Não mesmo porque eu ouvi também -Diz o Suga

- Isto é fascinante! Temos de o levar para onde estamos, pode ser que consiga uma cura a partir dele em termos de resistência a estes mortos vivos, porque para ele conseguir estar a conviver com um, ele deve de ter alguma coisa que o ajuda a manter-se saudável.

The Apocalipse(Jikook)Onde histórias criam vida. Descubra agora