Querido diário, ainda lembro como se fosse ontem a primeira vez que fiz isso
Eu era só uma menininha querendo desabafar
Mas sem quem ouvir, bom...hoje eu tenho um amigo pra isso
Ele é bem quieto mas é muito empático e dificilmente não sabe o que fazerDiria que me sinto protegida com ele
E detesto muito quando ele fica cabisbaixo e pensativo
Depois de uns idiotas falarem dos seus cachos
Maldita sociedade...nessas horas eu herdo o espírito de meu falecido paiDificilmente o vi ficar irritado...exceto quando via algo extremamente errado
Tipo aquela vez que o busquei no buteco e ele estava discutindo com um cara
Quando cheguei em casa ele me explicou
Era por que o homem queria jogar água em um mendigo por estar dormindo na sua portaMeu pai tinha um grande coração...sinto saudades dele
Desde que se foi minha mãe é mórbida
A cada dia mais distante, as vezes nem a reconheço
Embora eu já tinha visto de leve essa face dela, agora é a todo momentoE aí eu me pego pensando o que eu fiz para merecer tudo isso
Todo ano quase uns 3 ou 4 namorados novos da mãe
Todo dia quase sempre um idiota irritando o menino da casa verde
E aí eu me pego pensando...como não beber ou fumar para aturar tudo isso?Eu me sinto estranha com tudo isso... é complicado, é ruim... é triste
Sinto uma amargura enchendo meu peito e eu só quero deitar e chorar
Ou gritar e quebrar tudo até a exaustão dominar
Já são quase 00:00...vou na casa do cachiadinho...Ass : Anna B.
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Diário de Anna
Teen FictionUma história contada através de versos e de forma sútil sobre a vida de uma garota/moça chamada Anna