Danrique

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—Dan! –vejo Eokor se aproximar de mim

—Opa! Tudo bem? Tem algum trabalho? –pergunto para meu amigo que sorriu

—Pois é, lembra? Estúdio de tatuagem –o de olhos verdes diz

—Puts!! É mesmo, vou lá, valeu por lembrar!! –digo me levantando do sofá da sala, eu e meus amigos morávamos juntos e tínhamos um negócio para criação de sites personalizados, a Brotheragem Corporation, cuido da área de fotografia, o Orion de edição e Eokor na área mais de programação do site, Texx ajuda mais em detalhes finais e no polimento do site, termino de colocar os equipamentos no meu carro, um Impala prata 1961, meu xodózinho, paro em frente o local, era realmente um lugar convidativo, saio do carro com a minha câmera em mãos e paro na porta —Juliano Ghost? –escuto o suave som de Jazz clássico vindo de dentro do local

—Pode entrar! –uma voz masculina diz vindo me atender, era um rapaz bonito, cabelos e olhos castanhos com os fios na altura dos ombros, estendo a mão para cumprimentar o mesmo

—Prazer, Daniel Henrique, sou o fotógrafo da Brotheragem Corp., mas pode me chamar de Danrique –digo simpático para o dono do local, pelo que me lembrava o nome dele era Juliano Ghost

—Nossa já são 15 horas? –o tatuador diz olhando o relógio

—Desculpa o adiantamento, o último trabalho terminou mais rápido do que eu esperava, desculpe atrapalhar seu almoço –digo encarando-o, acho que seria chato dizer que não estava fazendo nada

—Relaxa, não estava almoçando e o movimento está bem parado, estava fazendo uma nova tattoo em mim –ele me mostra uma tatuagem de âncora incompleta, estava ficando linda

—Posso fotografar você terminando a tattoo? Aí posso tirar umas fotos bacanas para o site do seu estúdio –digo segurando a câmera com empolgação, acho muito legal esse negócio de tatuagem, mas definitivamente não teria coragem de fazer

—Ok, a vontade –ele diz voltando para a sala de tatuagem, tiro algumas fotos do local e dele fazendo a tatuagem, não dá para negar o quão bonito era o rapaz, cheguei a tirar umas fotos dele que guardaria para mim, ele ficava lindo concentrado 

—Aqui é bem limpo –digo passando a mão pela estante sem encontrar um grão de poeira 

—Claro! Tem que estar tudo limpo e esterilizado para não ocorrer nenhuma infecção de pele pelo ambiente, todo cuidado é pouco –ele diz e eu concordo

—Você trabalha apenas com tatuagens? –digo começando a fotografar as tintas dele que estavam perfeitamente organizadas por escala de cor

—Ah não, trabalho com todos os tipos de Body Art, com piercings, alargadores, enfim –ele diz olhando para a tatuagem aparentemente recém terminada, buscando alguma falha ou algum detalhe para adicionar

—Bem, agora preciso de uma foto sua na fachada –digo me direcionando para a fachada do local, ele me segue e cruza os braços com uma feição séria em frente da fachada de neon —hm... Acho que uns sorrisos seriam mais convidativos, entende? –digo me ajoelhando no chão em busca do ângulo perfeito

—Eu não gosto de tirar fotos sorrindo –ele diz arqueando a sobrancelha, sinto meu coração acelerar

—Vamos! Eu tenho certeza de que tem um belíssimo sorriso escondido embaixo dessa falsa cara carrancuda!! –digo vendo as bochechas do tatuador corarem, ele sorri minimamente de forma forçada —hm, não ficou legal, tem que ser mais natural...A gente pode fazer umas sério, mas precisa de pelo menos uma sorrindo –ele sorri de forma irônica —e sem ironia!! Céus, você não vai se livrar de mim enquanto eu não tiver uma foto sua sorrindo verdadeiramente

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