Quando criança eu era muito querida e mimada por todos, tinha tudo o que queria, vivia num mundo totalmente diferente da realidade, era feliz mas, eu não tinha "noção" de como as coisas eram na verdade.
Por quê que isso mudou?
Bom, meus pais eram/são conservadores, meu pai, ele era empresário, era arrogante, rude, prepotente, ele era mau com os outros mas comigo era um ursinho carinhoso, sempre me deu tudo que eu queria, me enchia de presente, me dava toda atenção que podia, carinho, amor e tudo que uma criança precisa.
Ele estava sempre viajando a trabalho, era ausente e presente, mas mesmo assim ele fazia o possível e o impossível para me ver feliz.
Minha mãe, eu gostava muito dela mas não como gostava do meu pai. Ela era chata, raramente ela dava o que eu queria, não dava muito carinho porque ela não é de demonstrar afeto, mas mesmo assim eu admirava ela de uma forma ou de outra.
Eu era sozinha mesmo tendo irmãos (eles já eram velhos para brincar comigo ou passar tanto tempo em casa), mas nunca me importei, sempre tinha priminhas que iam na minha casa para brincar comigo então estava tudo bem. Só que o tempo passa e os ciclos têm de mudar.
Por ser precoce, eu implorava nos meus pais para entrar na escola, mas eles falavam que era cedo demais. Mas um tempo depois eles acabaram por ceder e começei a estudar, com 4 anos.
E comecei bem, só tirava notas altas, saía nos quadros de honra, era tudo perfeito. Fiz amigos, e num piscar de olhos já falava com todos, não era popular mas também não passava despercebida.Só que eu era conflituosa, infelizmente eu tinha puxado o caractér do meu pai, e eu me achava superior a qualquer pessoa e isso fez com que muitas das minhas amizades desandassem. Mas não mudou muita coisa, eu não me importava e tudo continuava perfeito.
Quando eu passei para a 2ª classe, as coisas começaram a mudar.
Eu continuava com as mesmas amizades, mas já notava uma certa falsidade das meninas principalmente.
Aí, eu comecei a gostar de alguém, Pablo, Pablo também era meu amigo e era o sonho das garotas lá da escola, felizmente, ele também gostava de mim.
Eu e o Pablo chegamos a namorar, namoro bobo de criança, nós tinhas 7 anos, mas só demorou um dia e aí eu tive de terminar, porque eu tinha medo dos meus pais descobrirem e além disso criei um sentimento por outra pessoa, mas continuamos amigos pelo menos.
Tudo corria bem até as coisas piorarem.
Tudo começou a desmoronar pouco à pouco e eu fui vendo que a realidade que eu vivia, que eu criei na minha cabeça não existia.
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Nem Sempre Há Um Final Feliz
Non-FictionVictória Montenegro vai mostrar que nem todos os livros tem um final feliz e as vezes não têm um final. Baseada em uma histótia verídica. !!PLÁGIO É CRIME!!