♤. 𝐈𝐌𝐀𝐆𝐈𝐍𝐄𝐒 𝐆𝐈𝐑𝐋𝐒

𝐒𝐏𝐄𝐍𝐂𝐄𝐑 𝐇𝐀𝐒𝐓𝐈𝐍𝐆𝐒; 𝗽𝗿𝗲𝘁𝘁𝘆 𝗹𝗶𝘁𝘁𝗹𝗲 𝗹𝗶𝗮𝗿𝘀

✍ por: oneshotnewbie | palavras: 1235| título: Protective

O celular de Spencer tocou em seu toque normal, despertando-a de seus pensamentos e a fez se assustar por um momento. O arquivo que ela havia alimentado com várias informações de -A desde o segundo em que as coisas ficaram mais perigosas, caiu na frente dela, na mesa de madeira, enquanto ela se deixava cair no sofá, exausta. A garota olhou para o teto enquanto massageava os pontos doloridos em suas têmporas.

Spencer respirou fundo algumas vezes para se acalmar antes de procurar o celular na mesa, pensando que você tinha mandado uma mensagem para ela dizendo que estava chegando atrasada de sua sessão de treino.

Costelas quebradas e lábios machucados. Minha raiva cresce e estou sempre perto. Diga ao Dr. Sullivan ou a qualquer um sobre mim e sua amada S/N pagará o preço.

-A 💋

Pulando as linhas várias vezes, a morena tentou obter um resultado significativo desde as primeiras mensagens do texto repulsivo, antes que sua foto aparecesse na tela do telefone e ela atendesse imediatamente.

— Spencer...— o nome dela ecoou abafado pelo receptor, a dor em sua voz não podia ser ouvida. O raspar dos mosquetões de ferro de sua bolsa e o chacoalhar de suas pulseiras e anéis no chão frio causaram preocupação e ela levantou as sobrancelhas.

— Babe, você está bem?

— Na verdade não.— você disse em um sussurro e se atreveu a tentar se levantar do chão, mas em vão. Em vez disso, você grunhiu, tentando não gritar de dor, e Spencer ficou em alerta.

— O que aconteceu?

— Fui atacada pelos capangas de -A

Assim que as últimas palavras saíram de seus lábios, Spencer arregalou os olhos em choque e o cansaço foi ultrapassado pela raiva. Com um empurrão habilidoso para fora do sofá, a morena pegou o arquivo e subiu as escadas indo para o quarto, onde colocou os papéis em seu esconderijo seguro, e desceu correndo para pegar as chaves do carro.- Onde você está?

— Estou na rua de sua casa no cruzamento.— você ofegou enquanto olhava ao redor, tentando se levantar novamente.

Você definitivamente sabia que tinha pelo menos uma costela machucada.

[...]

Depois que Spencer encontrou você, onde você a avisou de antemão, ela lhe ajudou a entrar no carro e levou você até a casa dela, mas apenas a seu pedido. Você não queria ir para o hospital, ou para casa para seus pais fazerem perguntas sobre seu estado.

Com ternura e com um braço em volta da sua cintura para apoiá-la, a morena te ajudou a entrar em casa e gentilmente te sentou no sofá antes de tirar o casaco e ordenar que você se deitasse.— Eu deveria levá-la ao hospital por precaução. Posso tratar arranhões, um lábio sangrando e contusões, mas não posso fazer um raio-X de sua costela.

Enquanto você se jogava agonizantemente no sofá com um pequeno gemido sôfrego, você acenou negativamente com a mão e ela revirou os olhos pela sua teimosia.

— Não está quebrada, então eu não vou morrer.— você brincou, mesmo não tendo certeza se tinha quebrado algo. Spencer assentiu ainda meio incerta sobre seu estado, indo até a cozinha.— Um par de analgésicos e compressas frias e eu ficarei bem!— você completa em um tom mais alto para que ela pudesse ouvir do outro cômodo.

— Tudo poderia ter sido muito pior!— ela gritou da cozinha antes de se juntar a você novamente e lhe entregar um pacote de gelo em uma toalha de cozinha.— Coloque isso em seu lábio.— você sorriu agradecida e imediatamente o pressionou na ferida, o frio fez você fechar fortemente as pálpebras.

Enquanto ela desaparecia de sua vista novamente para pegar o kit de socorros no banheiro, você a ouviu xingando. Spencer odiava quando você se machucava e não havia nada que ela pudesse fazer sobre isso, exceto assistir e cuidar de você depois. Este tem sido o caso desde o jardim de infância; se você caísse do balanço, ela ficava brava e não deixava você subir de novo. Se você teve seu coração partido, ela quebrou o cara de maneiras diferentes.

Spencer sempre foi protetora com você e sempre se culpava quando não estava por perto para protegê-la da dor.

— S/n? Você ainda está aí?— você a ouviu, abafando seus pensamentos.

Você não tinha notado que ela estava sentada na mesinha à sua frente e já estava começando a molhar o algodão com o remédio e colocando os emplastros.

Com um olhar questionador e um pouco preocupado que ela sublinhou com uma sobrancelha levantada, a garota te olhou nos olhos. Ela estava tentando descobrir o que você estava pensando.— Tudo bem? Talvez eu devesse ligar para Winn.

— Não, eu estou bem. Confie em mim.— você tentou acalmá-la e Spencer sabia que ela podia confiar em você. Você sempre foi honesta com ela, não importa o que acontecesse, então ela podia contar com você para avisá-la se você se sentiria pior.

Com um aceno ela começou a limpar o sangue já seco do seu queixo e lábio com o algodão, e você cerrou as mãos quando atingiu a ferida aberta. Você agarrou o tecido do sofá com dor.— Eu não quero que você vá a lugar nenhum sozinha até que saibamos quem é -A ou quantos deles estão por aí.

— Por quê? Poderia ter acontecido com qualquer uma de nós.

— Não.— ela suspirou, e queria trocar o algodão, mas você a impediu de se mover com um aperto suave em seu pulso, enquanto olhava para ela atentamente. Ela estava escondendo algo de você.

Relutante, ela largou tudo sobre a mesa e tirou o celular da jaqueta. Sem dizer uma palavra, ela abriu a mensagem que recebeu antes da sua ligação e esticou a tela na frente do seu rosto.

Confusa, você pegou o telefone dela em suas mãos e leu as linhas, enquanto ela silenciosamente voltava a cuidar de você. Você continuou repetindo a mensagem, sabendo o que estava acontecendo com Spencer naquele momento; ela estava apavorada. Ela sublinhou sua raiva e medo por você, gritando com você desesperadamente, sem querer.— Você é tão teimosa! Por favor, me escute só uma vez, por favor! Você não é invulnerável!

— Babe, acalme-se.— você tentou acalmá-la, o rosto dela já estava completamente vermelho.— SPENCER!

Ela interrompeu seu pânico e olhou para você com os olhos arregalados e a boca aberta.— Eu prometo que não vou mais sair sem Hanna, Aria, Emily ou você. Mas por favor, acalme-se ok? Nada aconteceu.

— Ouça, se alguma coisa acontecer com você... e não estamos falando de hematomas ou arranhões. Eu vou enlouquecer.

Você riu dessa frase e olhou para ela. O olhar era sério, as bochechas da morena coradas em apenas um vermelho claro. Ela tentou engolir sua raiva observando você e seus movimentos, olhando para seu sorriso e aquele brilho em seus olhos que apesar dos últimos anos de terror não se foi.

Você era forte, e ela tinha que ser também.

— Estou falando sério, vou encontrar -A e matar aquela vadia se ela tocar em um fio seu.

Você sorriu, inclinando-se para abraçar a garota, que retribuiu o aperto com cuidado para não lhe causar mais dor, aos poucos ela foi se acalmando em seus braços. E ali ela soube que jamais poderia perder você, e que faria o possível e o impossível para que você ficasse segura.