Capítulo I

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CAPÍTULO I - O COMEÇO DE TUDO

“Diga-me, depois que minha cabeça for cortada, ainda vou ser capaz de ouvir, pelo menos por um momento, o som do meu próprio sangue jorrando do meu pescoço? Isso seria um prazer para acabar com todos os prazeres

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“Diga-me, depois que minha cabeça for cortada, ainda vou ser capaz de ouvir, pelo
menos por um momento, o som do meu próprio sangue jorrando do meu pescoço? Isso seria um prazer para acabar com todos os prazeres.”

E essas foram as últimas palavras de
Peter Kürten o Vampiro de Düsseldorf . Esse cara chocou a todos lá na década de 20. O alemão tinha fascinação por beber sangue humano e essa era basicamente a sua grande motivação para os crimes. Ele foi condenado pela morte de 9 pessoas, em todos os crimes, requintes de crueldade.

- Isso é  interessante. - Fecho a página do computador e apago o histórico . Me girei na cadeira e encaro Liu que olhava confuso pra mim , porém logo brota um sorriso do seu rosto . - Então meu pequeno e lindo irmão .- Faço uma voz dramática enquanto me aproximo do mais novo . - Oh o que gostaria de comer ?. - O pego em meus braços ele me olha batendo as mãos "Ba ba" .- Ok vamos ver o que tem na cozinha .

Desço as escadas com Liu em meus braços me deparei com o meu pai sentado no sofá nada fora do normal.

- Ei moleque ?!.- Me grita , ignoro e abro a geladeira encontrando somente água e cerveja. - Felix não tá me ouvindo não ,moleque do capeta !.- Grita , revirei os olhos e fechei a geladeira.

- Seria bem mais educado você me chamar só de Felix , não de "moleque do capeta" .

Caminhei até o armário e o abro encontrando somente uma lata de feijão, logo a porta do armário é fechada bruscamente pelo idiota do meu pai . Ele me olhava com raiva e nojo algo que eu já estava acostumado.

- Vê como você fala comigo .- Puxa minha camisa,  parecia que ele não se importava com o fato deu estar com o filho mais novo dele nos braços .- Eu sustento a porra dessa casa e vocês dois , se quiser comer vai ter que merecer .- Me empurra fazendo eu bater minhas costas na pia da cozinha .

- Você não pode , eu sou menor de idade e trabalho escravo é crime seu velho maldito ! .- Tomei coragem e levantei a voz para ele .

Tom saiu dali , eu nem sequer o chamava mais de pai acho que ele havia perdido esse título a muito tempo. Olhei para Liu o mesmo não aparentava nenhuma cara que me preocupasse então estava tudo bem .

Coloquei o pequeno sentado na pia e sorri fraco pro mesmo, senti minha barriga roncar o pequeno olhou pra mim e riu logo a dele também roncou.

"Ba ba" - Diz olhando pra mim, isso partiu o meu coração não temos nada o que comer .

- Desculpa Liuzinho mas não temos nada o que comer .- Faço carinho no rosto do mesmo .

- Ei !.- Olhei pra trás e vi Tom o mesmo estava com o seu famoso cinto de coro .Sem mais nem menos ele chicoteia meu braço , fazendo até mesmo Liu dar um grito por conta do som e chorar em seguida. Meus olhos estavam marejados eu já queria chorar de dor , coloquei a mão de leve no meu braço e olhei pro mesmo . - Vai chorar ?.- Ri sádico. - Você não é homem não Felix?.- Me dá mais uma chicotada e logo em seguida mais e mais uma .

Eu gritava de dor a cada vez que ele me dava uma chicotada , o mesmo ria e continuava sem nem ao menos ter pena de mim . Liu chorava alto também talvez o choro do meu irmão estava fazendo o mesmo me bater mais forte do que o comum .

Minhas pernas começaram a ficar bambas , meu corpo foi se encontrando com o chão de pouco em pouco até que eu estivesse totalmente no chão. Mesmo assim ele não parava , nem mesmo sua risada de fumante parava . Sabe aquele nível de dor que você não consegue nem mais distinguir o que tá rolando a sua volta e você só sente essa maldita dor? pois é , é bem isso que eu tô sentindo  agora .

- Para por favor .- Sussurro enquanto olhava pra uma mini poça de sangue que se formava perto de mim , e por fim me minha vista escureceu e logo perdi minha consciência .

Infame Felix Onde histórias criam vida. Descubra agora